terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Cidadela de Cascais

Quando o Déjan visita Portugal, procuro mostrar-lhe o mais possível do nosso país e assim, apenas resta levá-lo ao Nordeste transmontano para ele ter uma ideia geral do país.

Aqui, na região de Lisboa, na capital e não só, tem visto muita coisa e em todas as visitas há algo de novo a mostrar. Por ele, passava todo o tempo na Baixa, local que o encanta sobremaneira, e desta vez pôde apreciar pela primeira vez o Cais das Colunas, até então e por causa das obras do metro, removido.
Fartámos-nos de calcorrear ruas e avenidas e esta semana andámos pelas ruas manhosas do Cais do Sodré, descemos a Almirante Reis, da Alameda ao Martim Moniz e de carro percorremos algumas zonas que ele não conhecia, como Telheiras, a Av.Lusíada e a zona do Lumiar e Calçada de Carriche.

Fomos a Cascais e visitámos um local que eu também desconhecia, a não ser por fora – a Cidadela!
 E que bela visita foi…É um local que bem se referencia no topo da maravilhosa baía e dentro da fortaleza, encontram-se hoje belos motivos de interesse; além de uma magnífica e moderna pousada
variadas lojas pequeninas de artigos vários e bares e restaurantes.Mas o realce vai para o Palácio da Cidadela, que após muitos anos fechado ao público se pode agora visitar.


Este Palácio pertencia ao Exército e era ali que funcionava o palácio do Governador, até que D.Luís I resolveu transformar o palácio em residência de Verão e até escolheu este local para morrer pois queria finar-se junto ao mar, segundo se diz. Também D.Carlos ali passava os Verões e aí tinha muito do seu “mundo” dedicado a uma das suas grandes paixões – o mar e as ciências náuticas. Já durante a República houve dois Presidentes que usaram este palácio; Craveiro Lopes, como residência de Verão e  Óscar Carmona ali estabeleceu quase permanentemente a sua residência oficial.
É um palácio com belas salas, com destaque para os soalhos e para os tectos e é pena não haver muitas fotos disponíveis pois são consideradas propriedade da Presidência da República, entidade que toma conta do Palácio, num protocolo com a Câmara de Cascais.
Possui uma capela ampla e bonita e tem uma dependência do Museu da Presidência da República, essencialmente vocacionada para as Ordens Honoríficas Portuguesas.
 A visita guiada foi excelente e como foi só para nós dois decorreu num ambiente muito agradável e descontraído.
Vale a pena visitar este sítio.

domingo, 21 de outubro de 2012

Every time you go away





Find-us end December, in Belgrad, to move together our seventh anniversary.
 I miss you, Dejanito.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sigur Rós: Dauðalogn



Este é um dos dois vídeos premiados no concurso promovido pelos Sigur Rós entre os seus fans e amadores de vídeos, para "ilustrar" canções do seu álbum "Valtari". É lindíssimo e adapta-se perfeitamente à maravilhosa música deste conjunto musical islandês.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Louco

Eu não queria, (estou a ser sincero), tocar no tema mais falado, (pelos piores motivos), no nosso país, nos últimos tempos – a situação político-económica em que nos encontramos. Falar nisto é além do mais, sujar as mãos, pois quando se fala em determinadas pessoas e em determinadas decisões, decerto ficamos completamente submersos em porcaria.
Mas há limites para tudo, e parece-me que há alguém que atingiu o limite da decência e da racionalidade, tendo nos últimos dias mostrado, que mais do que um político obcecado ou cego, é realmente um ser perigoso, é um louco! E um louco perigoso!
Estou-me a referir a essa figura bizarra, misto de Mr.Bean e de experiência falhada de um Frankenstein de terceira ordem, que se chama Vítor Gaspar.
Já não falo num Passos Coelho, que me parece um títere nas mãos de um deslumbrado com a ambição – Miguel Relvas; nem de um homem que mostra à evidência as limitações que possui para exercer o cargo mais alto da nação – Cavaco Silva. Passo por cima dos detentores de grandes fortunas, desde banqueiros, gestores ou donos de grandes cadeias de híper mercados e ignoro mesmo os subservientes – que os há sempre - e que continuam com os antolhos que usam os muares. Gaspar, que se julga a ele próprio um iluminado, crê em absoluto no experimentalismo político, tipo “terra queimada”, mas de índole direitista e conduz o nosso país para um abismo certo e a curto prazo. Falam as eminências pardas que nos (des)governam que não há alternativas e a única que haverá será a bancarrota. Pergunto eu, se algum dos muitíssimos portugueses que já estão na bancarrota e os muito que para lá caminham, se importarão com essa eventual bancarrota? Eles já lá estão… E, há sempre alternativas, pois o exemplo de uma Islândia, mesmo de uma Irlanda falam por si, e mesmo com situações radicais haverá alternativas. E não esqueçamos que a UE, nomeadamente a zona euro, dificilmente deixará cair um dos seus membros, pois isso seria o começo de uma desagregação que até a Alemanha não deseja – e a Grécia é disso exemplo. Agora que com as últimas medidas, a classe média, nomeadamente a classe média alta, vê começarem a desaparecer as muitas regalias que sempre teve, talvez a contestação vá para patamares que a classe mais baixa e que mais tem sido prejudicada ainda não conseguiu. É imperioso fazer alguma coisa, e curiosamente está nas mãos de um homem a possibilidade de o fazer e já: basta que Portas seja coerente com tudo o que sempre defendeu e diga não a uma paz podre dentro do Governo. E até nem isso seria necessário se tivéssemos na presidência da República, um homem à altura, em vez de um individuo que se tem mostrado mais preocupado em proteger os corruptos amigos das suas relações.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Welcome, my love!


 A primeira vez que vi o teu rosto, foi no já distante mês de Setembro de 2006, nove meses depois de ter “encontrado” num sítio de encontros da net. Foi no aeroporto de Belgrado, e as sensações desse encontro já aqui foram retratadas mais que uma vez. Depois disso, muitas vezes te tenho reencontrado após separações impostas por duas vidas difíceis de conciliar, devido à distância; mas nunca desde então, a separação foi tão longa – um ano – e, muito curta vai ser esta visita (pouco mais que uma semana). No entanto vai ser a vez em que as sensações de ambos vão estar mais perto dessa data de há seis anos. O nosso relacionamento, acredito que seja quase único, pois quantos não teriam já sucumbido às tão difíceis provas a que nos temos submetido. Temos tanta coisa a separar-nos: a idade, países diferentes, culturas diferentes, a forma de aceitação da nossa sexualidade diversa por efeitos de uma homofobia quase total num dos países, a indefinição profissional de um de nós, eu sei lá, tanto escolho, que é realmente um amor vencedor. Talvez mesmo, o segredo seja superar os obstáculos. Uma certeza, porém; a próxima separação será curta, pois tenciono ir passar com o Déjan o final do ano, que coincide por assim dizer com o sétimo aniversário do nosso relacionamento. Mas agora, o que importa, é viver e viver intensamente estes dias. Welcome, my love!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O "regresso"

Pois aqui estou “de regresso”.
 E é bom frisar que não é um regresso efectivo, nos moldes em que este blog estava, antes desta pausa, orientado. Não, agora vou “passando por aqui”, sempre que haja um assunto ou tema que o justifique, sem a obrigação de postar de x em x dias, sem entrar em sagas ou grandes rubricas.
Devo confessar que acho normal esta evolução; tudo tem um começo e um fim. E eu limito-me a adiar o fim deste blog, mas tenho que reconhecer que a blogosfera actual é muito pouco parecida com a blogosfera que eu conheci e que era entusiasmante. Restam não mais do que meia dúzia dos blogs que havia quando aqui comecei a minha odisseia bloguista: o Miguel e o André são dois exemplos dessa perseverança e do tipo de blogs que havia antes.
Claro que há blogs muito interessantes actualmente, mas são diferentes dos que eu seguia antes, onde se usava a caixa de comentários para debater ideias e não para apenas se estar sempre de acordo com as fotos que se expõem… Se virmos bem, muitos comentários em muitos blogs são exactamente iguais, no seu dia a dia.
E essa não é a minha blogosfera. A blogosfera que eu conheci, deu-me a possibilidade de conhecer ao vivo tanta e tão boa gente, que algumas dessas pessoas são hoje amigos que ultrapassaram a esfera da blogosfera: o Félix, o Paulo, o Miguel, a Maria Teresa, eu sei lá…
Para isso muito contribuíram os jantares anuais de blogs, que realizei durante cinco anos consecutivos, e nos quais estiveram sempre mais de 30 pessoas; hoje, isso seria impossível. Vir do Porto, do Algarve, de Coimbra de propósito para vir a um jantar de blogs, era, e foi muito bonito; e orgulho-me muito de ter fomentado esse espírito.
Como muito me orgulho, e sem falsa modéstia, de ter “lançado”, e em boa hora o fiz, alguns blogs que antes apenas tinham um seguidor, eu, ou poucos mais, e que depois de ter falado neles com entusiasmo aqui no blog, tiveram o reconhecimento do seu valor e hoje têm uma interessante lista de seguidores; dou como bons exemplos, um mais antigo, o blog do Francisco e outro mais recente, o da Margarida.
Enfim, vou estando por aqui; lendo sempre os vossos blogs, comentando de vez em quando e postando, de tempos a tempos. Aproveito para dizer, que na próxima semana, irei fazer um post sobre um “acontecimento” deveras importante para mim: o Déjan chega a Lisboa de hoje a oito dias, dia 12 para uma estadia de nove dias; é pouco, eu sei, mas depois de um ano de separação é uma maravilha.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

As praças dos leitores

Estar em pausa, não significa, para mim, deixar de seguir, como sempre, os blogs que vou acompanhando. E já deixei um ou outro comentário, a propósito de datas que se celebraram. No entanto, ao saber da iniciativa do Carlos, em promover entre os seus seguidores, a selecção de uma Praça do seu agrado, e justificando essa escolha, também eu mandei uma foto de uma Praça da qual gosto muito. E como tenho que ser eu a dizer o nome da Praça e as referidas razões, aqui estou, com um parêntesis nesta minha pausa. A foto é da lisboeta Praça do Príncipe Real, numa vista pouco habitual, mas muito interessante. A minha escolha justifica-se amplamente, pois quando vim estudar para Lisboa, e durante os primeiros quatro anos, vivi ali perto. Depois porque adoro aquela arborização, principalmente aquele enorme cedro, que considero a mais bela árvore de Lisboa. E ainda o enquadramento da praça, em três dos seus quatros lados, por belos edifícios. É uma praça que convida ao relaxe, com uma bela esplanada e tem para mim, ainda outro motivo de interesse, pois está desde sempre associada, pela sua localização, ao movimento LGBT, por estar perto da quase totalidade dos bares e discotecas desse tipo, em Lisboa, e quase pegada ao Bairro Alto. São mais do que razões para ter eleito esta Praça como a minha preferida. E pronto, vou continuar a minha pausa…

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Se o Arrakis tivesse uma piscina…

Estou em pausa, e em pausa continuo; mas continuo a seguir todos os blogs habituais e como gosto realmente da blogosfera, não deixo de dar a minha contribuição a determinadas iniciativas. Assim, dei a minha colaboração na interessante iniciativa do Carlos denominada “Praças dos Leitores” e assim quando for publicada a minha praça vou ter que vir aqui justificá-la. Da mesma forma, o Arrakis “atribuiu-me” uma das suas piscinas (bem bonita, aliás), e daí, dando seguimento a uma feliz ideia do Sad Eyes, aqui estou a sugerir a minha piscina ao Arrakis, pois ele merece todas as piscinas. Esta piscina é quase uma réplica a uma eventual piscina dos Flinstones e será excelente para ele e o seu companheiro darem uns mergulhos e umas braçadas nocturnas. A pausa continua…

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pausa

Ando um bocado cansado dos blogs, tenho que confessar. Sigo muitos blogs e cada vez que vou ao ao Google Reader assusto-me com o número de postagens que tenho para ver, e alguns dos blogs que sigo não são nada meigos, pois todos os dias postam, quando não são várias postagens num só dia.
Ando nisto há muito tempo e tenho assistido ao encerramento de tantos e tão bons blogs, pelo que são raros os blogs "do meu tempo" ainda activos.
Sempre combati essa fuga, mas sei que por vezes, passamos por fases de menos apetência pela blogosfera, o que gera tantas deserções.
Porque não quero juntar-me a esses blogs que desapareceram, impõe-se uma pausa, para descanso e reflexão.
Sei que vou continuar a ler-vos, mas sem a "obrigação" de comentar e sem pressas.
Porque me conheço, sei que a pausa será tão longa quanto necessária, mas tão curta quanto eu aguente sem o "bichinho" dos blogs a pairar sobre mim.
Até um dia...breve, quem sabe?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

As Olimpíadas

Definitivamente, hoje, Londres é a capital do mundo.
Independentemente das crises, do medo de actos de terrorismo e da incerteza dos tempos que aí vêm, esta reunião de quatro em quatro anos, da elite mundial de quase todos os desportos, desperta sempre um sentimento de reencontro, com as mais nobres regras de convivência a virem a tomar o lugar dos confrontos bélicos, económicos e sociais com que o mundo se debate actualmente.
Sob fortes medidas de segurança, hoje à noite, uma quantidade quase record de governantes vão estar presentes na cerimónia de abertura, um espectáculo sempre muito interessante, apesar da demora do ritual da entrada das delegações dos cada vez mais numerosos países participantes.

Que esperar da participação lusa? Talvez a menos ambiciosa das representações portuguesas nas mais recentes Olimpíadas, desde que Carlos Lopes nos deu o ouro na maratona. Com a ausência, por lesão, dos sempre candidatos Francis Obikwelu, Nelson Évora e Naíde Gomes, com uma forte aposta na renovação dos nossos atletas, temos sempre a possibilidade de uma boa prestação e da obtenção de bons resultados, e as eventuais medalhas, porque não exigidas, terão um sabor mais apetitoso: Telma Monteiro, Dulce Félix ou Gustavo Lima poderão surpreender, no judo, maratona e vela, respectivamente.
Uma palavra para a excelente cobertura televisiva preparada pela RTP para este acontecimento.
Enfim, a festa vai começar...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os mitos do cinema - Marilyn Monroe

Se alguém pode ser apelidado de mito, Marilyn Monroe é um exemplo disso. Uma mulher maravilhosamente bela, com um corpo excepcional, ela viveu apenas 36 anos, mas viveu-os intensamente, nem sempre com a felicidade que merecia.
Norma Jeanne Mortenson, o seu verdadeiro nome, nasceu em 1926, e teve uma infância difícil, sem conhecer o seu pai biológico, e aos 16 anos para fugir a uma vida errante e difícil (orfanatos e casas de parentes, pois a mãe e o padrasto não a podiam sustentar), casou com o seu namorado, de apenas 21 anos, Jimmy Dougherty.
Quando o marido foi para guerra, Marilyn, começou a sua carreira de modelo, e uma das suas fotos, que apareceu naqueles célebres calendários, fez furor e levou-a a mais altos voos.
 Divorciou-se do marido que não aceitava a sua carreira de modelo e iniciou-se no cinema, em pequenos papéis, um ano depois, em 1947.
Foi no início dos anos 50, que se começou a distinguir em filmes como "Niagara" ou "Os homens preferem as louras", ambos de 1953, "O Pecado mora ao lado" (1955), onde tem a célebre cena do vestido esvoaçando em cima do ventilador da rua,
 "Paragem de autocarro" (1956) e foi a Londres protagonizar com Lawrence Olivier "O Príncipe e a corista" (1957).
Dois anos depois ganhou o Globo de Ouro pelo seu desempenho na magnífica comédia "Quanto mais quente melhor", e em 1960, fez com Yves Montand "Lets Make Love".
Em 1961 protagonizou o seu último filme "Os inadaptados", filme amaldiçoado, já que os seus principais intérpretes faleceram todos pouco tempo depois (além de Marilyn, Clarck Gable e Montgomery Clift).
Trabalhava num filme que ficou inacabado, quando faleceu: "Something Got to Give", que tinha a cena da piscina com Marilyn nua.
A sua vida afectiva foi muito atribulada, tendo tido casos com alguns dos seus companheiros de filmagens, nomeadamente com Yves Montand.
Mas foi com Joe di Maggio, um jogador de basebol, que casou pela segunda vez, em 1954
casamento que apenas durou 9 meses. Dois anos mais tarde casou com o dramaturgo Arthur Miller, e esse seu terceiro e último casamento durou até ao início de 1961.
Curiosamente ela escolheu o dia da tomada de posse do presidente Kennedy para anunciar o seu divórcio. Sucede, que desde algum tempo antes de Kennedy se tornar presidente dos EUA, já era amante de Marilyn, e esse relacionamento continuou, e levou a especulações sobre a eventual chantagem feita por Edgar Hoover, chefe do FBI, junto dos irmão Kennedy (Robert era ministro da Justiça, que assim tutelava Hoover); nunca se percebeu bem o papel dos dois irmãos junto de Marilyn pois Robert costumava, segundo se dizia, acompanhar o irmão nas suas aventuras amorosas.
De qualquer forma, a morte de Marilyn ficará para sempre envolvida em mistério e ocorreu a 5 de Agosto de 1962, vai fazer 50 anos daqui a menos de duas semanas, pelo que este post que inaugura a rubrica "Mitos do cinema", só podia começar com Marilyn Monroe, que debaixo do seu sorriso e do seu "glamour" mostrava também a sua tristeza.
Finalmente deixo aqui um vídeo magnífico da sua mais célebre canção, no filme "Os Homens preferem as louras"

sexta-feira, 20 de julho de 2012

José Hermano Saraiva

Faleceu hoje o Professor José Hermano Saraiva, um dos grandes vultos da cultura portuguesa da segunda metade do século passado e que continuou activo ao longo da primeira década deste século.
Do passado fica a sua passagem como ministro da Educação nos tempos da ditadura, tendo sido ele que teve que enfrentar a chamada "crise académica de 1969".
Mas foi como historiador que se distinguiu, com a edição de um dos maiores "best sellers" de todos os tempos em Portugal: "História Concisa de Portugal" (1978) e posteriormente com a sua "História de Portugal", em 3 volumes (1981).
Apesar dessa sua faceta de historiador lhe ter aberto o caminho da popularidade, foram as suas várias colaborações televisivas que o catapultaram para a enorme popularidade que desfrutou no meio do nosso povo.
Senhor de uma vasta cultura e de uma muito particular  forma de se expressar, chegava facilmente ao povo, mesmo ao menos culto. O seu primeiro programa, ainda antes do 25 de Abril, foi  "O Tempo e a Alma" - RTP -1972, e vários outros, sempre na RTP e mais tarde no Segundo  Canal, da mesma RTP, onde ainda mantinha o último, "A Alma e a a Gente".
Portugal ficou mais pobre.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

It was a time...

Alguém me consegue explicar porque razão em 8 de Novembro de 2008, quase 200.000 professores, vindos de todos os pontos do país se manifestaram em Lisboa, exigindo um novo modelo de avaliação e a demissão da então ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues e agora perante uma ameaça real bem mais perigosa de uma redução drástica do número de docentes, com a ida para o desemprego de professores com muitos anos de docência, os sindicatos se limitam a protestos verbais e algumas manifestações locais?
Talvez seja a hora de questionar a essa eminência parda do PCP, Mário Nogueira, que na altura foi o paladino da “grande luta” e que só descansou quando Sócrates saiu do Governo, numa acção concertada entre outros, pelo seu partido e pelos actuais detentores do poder.
Aliás, é altura de perguntar à “real” (como eles próprios se apelidam) esquerda portuguesa porque razão derrubaram o Governo, quando sabiam – toda a gente sabia – que o próximo Governo nos conduziria ao estado em que hoje estamos.
Agora aparecem alguns “analistas” que consideram que se está a fazer um cerco a um ministro – Relvas, que tem feito asneiras de alto calibre, no que respeita a governação e que é realmente quem governa o país, e esquecem todo o vilipêndio exercido sobre José Sócrates, ao longo de anos.
E até há quem considere que o culpado da “brilhante” licenciatura do ministro seja culpa não dele, mas sim do governo de Sócrates.
Ao que isto chegou…
Valha-nos "Deus", que ainda há quem tenha a coragem de chamar os bois pelos nomes.

domingo, 15 de julho de 2012

50 Anos de Rolling Stones!


Cerca de cinquenta anos medeiam entre estas duas fotos, a primeira com a composição inicial da banda que teve a sua génese no encontro entre Mike Jagger e Keith Richards, e a segunda com a sua actual composição.
Falar dos Stones é falar não só de música, mas também de tanta coisa, boa, e alguma menos boa de que este conjunto inglês tem vivido ao longo deste meio século.
Começo por mostrar um vídeo sobre esses 50 anos, da autoria do brasileiro Nelson Motta


A sua discografia é vasta e conhecida, mas permito-me destacar dois temas, um deles porventura a sua música mais representativa

e a outra, que é a minha preferida, que foge até um bocado ao estilo marcante dos Stones

Finalmente referir que das suas vindas a Lisboa, os fui ver na sua primeira actuação entre nós, a 10 de Junho de 1990, num concerto no já demolido Estádio José Alvalade. Foi memorável...
Só por curiosidade, aqui está a ordem das canções aí apresentadas, e só tive pena que eles não tivessem apresentado o "Angie"
01. Start Me Up
02. Sad Sad Sad
03. Harlem Shuffle
04. Tumbling Dice
05. Miss You
06. Almost Hear You Sigh
07. Ruby Tuesday
08. Blinded By Love
09. Rock and a Hard Place
10. Mixed Emotions
11. Honky Tonk Women
12. Midnight Rambler
13. You Can't Always get What You Want
14. Can't Be Seen (Keef)
15. Happy (Keef)
16. Paint It Black
17. 2000 Light Years From Home
18. Sympathy for the Devil
19. Street Fighting Man
20. Gimme Shelter
21. It's Only Rock'n'Roll
22. Brown Sugar
23. Jumpin'Jack Flash
24. Satisfaction (encore)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Uma canção, um filme

Não é costume dedicar postagens a ninguém, mas hoje abro uma excepção.
O culto que o meu amigo Mark tem para com a Mariah Carey
é algo de muito profundo, e eu que nem sequer admiro muito este tipo de canções, embora reconheça que ela tem uma excelente voz, tenho por outro lado uma grande admiração pelo Mark, um "puto" que tem feito um percurso evolutivo notável na sua maneira de ser, é de uma cultura muito acima da média, escreve muito bem e ...last but not the least, sabe muito e adora como eu História.
Assim, este post, pelo que diz respeito à música vai inteirinho para ele.
Mas vamos ao vídeo...
Esta música adapta-se perfeitamente às imagens do clip, que são relativas ao filme "Brokeback Mountain", um filme que me marcou muito, como marcou muita gente, e que é considerado na quase totalidade das listagens já publicadas sobre o assunto, o melhor filme de temática LGBT jamais feito.
Concordo inteiramente. A história das personagens representadas pelo inesquecível Heath Lodger e pelo cada vez melhor actor Jack Gyllenhaal, é um drama afectivo imenso  entre dois homens com vidas familiares estabelecidas, sem qualquer traço que os identifique como homossexuais, mas que, perante determinada situação, se envolvem um com o outro, e mesmo depois da separação, o tempo não apaga essa chama que é reavivada de tempos a tempos.
A forma como o realizador, os actores e a autora do livro em que o filme se baseia, não sendo nenhum deles homossexual, concebem este filme, é notável e há duas cenas que não esquecem nunca mais, e ficam na história do cinema: o beijo trocado no primeiro reencontro

 e a cena final, da visita de Ennis à casa dos pais de Jack. Aqui uma lágrima, não deixa nunca de cair.
Não se trata de ser piegas, é mesmo uma imensa e poderosa sensibilidade que a causa.

Um filme inesquecível!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Noite de sonho, no Palácio

Sim, noite de sonho no Palácio, e comecemos precisamente por aí, pelo Palácio; estou-me a referir a um dos mais belos palácios portugueses, aqui bem pertinho de mim, a cinco minutos de carro – o Palácio Nacional de Queluz, que emprestou uma das suas mais belas salas, a maravilhosa Sala do Trono, para nela se apresentar uma noite de sonho.
E esse sonho teve a forma de música, uma música sublime, que naquele local, apenas com a luz a incidir sobre o piano, provocava imagens de luz e sombra, com todos aqueles espelhos e os dois magníficos lustres que lhe pendem do tecto.
A música, como já referi o instrumento, foi música para piano, tão intimista como abrangente e teve como executante, talvez o melhor pianista português da actualidade, Artur Pizarro.
Um parêntese para umas breves notas sobre a vida artística deste pianista.
Artur Pizarro nasceu em Lisboa em 1968, e tocou pela primeira vez piano na televisão portuguesa aos 3 anos, tendo-lhe este instrumento musical sido apresentado pela sua avó materna, a pianista Berta da Nóbrega, e pelo seu duo, o pianista Campos Coelho que era aluno de, entre outros, Vianna da Motta. De 1974 a 1990, Pizarro estudou com Sequeira Costa que fora também aluno de Vianna da Motta, Mark Hamburg, Edwin Fischer e Jaques Février. Esta distinta herança faz Artur conhecer a tradição da Idade de Ouro do pianismo e oferece-lhe uma vasta preparação na escola de piano e repertórios franceses e alemães. Após os estudos iniciais em Lisboa, Artur muda-se para Lawrence, Kansas nos EUA e continua a trabalhar com Sequeira Costa que é Professor de Piano na Universidade de Kansas. Artur começou a tocar em público novamente aos 13 anos com um recital no Teatro São Luiz em Lisboa e estreou-se em concerto com a Orquestra da Gulbenkian, mais tarde nesse mesmo ano. Ainda sobre a orientação de Sequeira Costa, Artur Pizarro fica em primeiro lugar no Concurso Vianna da Motta em 1987, no Concurso de Greater Palm Beach Symphony em 1988 e foi também galardoado com o primeiro prémio no Concurso de Leeds International Pianoforte em 1990 e viu assim o início da sua carreira internacional de concertos. Artur Pizarro toca internacionalmente em recitais, música de câmara, e com as orquestras e os maestros mais aclamados.
Em 2005 fundou o “Artur Pizarro Piano Trio” com o violista Raphael Oleg e a violoncelista Josephine Knight. Também tem um duo de piano com Vita Panomariovaite.
Artur Pizarro viveu 21 anos nos EUA e vive há sete na Inglaterra, em Brighton (mas conservando sempre o BI e o passaporte portugueses), um local cuja escolha justifica por “ter encontrado ali a casa de que precisava, o meu ‘cantinho’…e fica perto de Londres e do aeroporto!”. Já a Inglaterra foi uma opção consciente “Londres é o ponto mais central e rico para estabelecer uma carreira. Tem uma vida musical intensíssima, todo o mundo se cruza ali e tem ligações directas para todo o lado.”. Por tudo isso, diz “sinto-me um apátrida, até porque o sítio onde vivo é onde for a minha casa, mais as minhas coisas, e onde tiver a família e os amigos”.

Pois foi com Pizarro e nesta Sala deste Palácio, que se encerrou – com chave de ouro – o Festival de Sintra deste ano.
Artur Pizarro deu-nos na primeira parte Haydn e dois temas de Mozart, para após o intervalo nos deslumbrar com Schubert e Hummel. Perante o entusiasmo da assistência, Pizarro brindou-nos com três magníficas obras do inevitável Chopin.
É de uma destas obras que aqui fica o registo.
Apenas uma referência para o intervalo que levou quase toda a gente ao magnífico Jardim do Palácio, agora e depois das longas obras ainda mais alindado.
Sim, foi uma noite de sonho, no Palacio!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Gilles Larrain

Uma das razões porque ando fascinado pelo Pintrest é pela descoberta que tenho feito de gente e principalmente de imagens surpreendentes.
É no campo da Pintura e da Fotografia que têm surgido as melhores surpresas.
Hoje apresento um fotógrafo absolutamente interessante, Gilles Larrain
que me deixou de boca aberta; Haverá ainda muito a explorar deste artista, pois no meu painel sobre ele quase só tenho fotos de dois dos seus temas, o Flamenco, a preto e branco, e o Travestismo, a cores, e ao qual pertencem a quase totalidade das fotos aqui apresentadas.
Podem ver o painel aqui.