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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Prémio Blog Carreira

Vamos começar pelo princípio...
Em finais de Março um blog que eu não sigo - e mais adiante explicarei a razão porque não sigo muitos dos blogs que existem na blogosfera e que nada tem de pessoal, é óbvio - o blog "Namoro com um Pop Star", da autoria do Namorado, resolveu promover um concurso a que deu o nome de CIGNO - LGBT Blog awards 2015

em diversas categorias e que durante certo tempo foram sendo votados pelos seguidores desse blog, ao fim do qual foram seleccionados os cinco blogs mais votados em cada uma delas, para uma votação final que atribuía os prémios.
Embora não seguisse o blog, o Namorado teve a amabilidade de me informar por mail que o meu blog tinha sido nomeado em três categorias: Melhor Blog Informativo, Melhor Blog de Viagens, Cultura ou Lifestyle e Blog Carreira.

Um parêntesis para afirmar que eu, e em concordância com o que li no blog Dezanove, não concordo muito em chamar praticamente todos os blogs que foram votados, como blogs LGBT, pois apenas a maior parte deles foca por vezes, uns mais, outros menos, assuntos relacionados com o mundo LGBT.
Por exemplo não considero o meu blog um blog LGBT, e considero sim o Dezanove, um blog LGBT.
São sim blogs, que na sua quase totalidade pertencem a autores homossexuais, alguns mais expostos que outros, mas que têm muitas postagens que nada têm a ver com esses assuntos.
É um ponto de vista que não pretendo, note-se, seja aceite por toda a gente.
Mas não fui de forma alguma, inviabilizar, a iniciativa, aceitando de bom grado as nomeações.

E agora outro parêntesis para explicar não seguir muitos dos blogs que foram aparecendo ultimamente na blogosfera: eu estou há quase 10 anos por aqui e já assisti ao auge da blogo, antes das redes sociais fazerem uma autêntica razia entre os muitos e muito interessantes blogs que havia. Claro que alguns resistiram, mudando de estratégia para se aguentarem, como eu fiz.
Mas sigo muitos blogs ainda, portugueses e doutros países, e de variadas configurações, e quando digo sigo, é mesmo lê-los ou vê-los, e se na grande maioria dos casos, porque são blogs informativos, não os comento, também há ainda muitos que vou comentando, se vejo interesse nisso.
Ora isto toma-me muito tempo, principalmente três ou quatro blogs que me trazem muita informação que aproveito num dos meus hobbies favoritos na net e que é o Pinterest, no qual tenho uma página composta por 351 álbuns (o máximo permitido) e que é seguido por quase 8000 pessoas de todo o mundo.
Assim sendo não acrescento mais blogs ao meu Feedly, a não ser quando alguém visita o meu canto e o começa a seguir e eu não posso ser descortês, e com um mínimo de qualidade, sigo também esse blog.
E, apesar de, como disse acima, não conhecer muitos dos blogs envolvidos nesta iniciativa, conheço e sigo uma série deles:"Um Deus caído do Olimpo", "Rapaz a limpo", "No limite do oceano", "As aventuras de Mark", "Dezanove", "Vírgulas do Destino", "Time Out", "Blog do Silvestre", "Dois Coelhos", "Mas tu és tudo e tivesse eu casa tu passarias à minha porta", "Good blog, bad blog", "Um voo cego a nada", e os agora parados "Good friends are hard to find" e "Mélange".

Parece que o Namorado teve uma ideia bastante original e interessante para anunciar os premiados na noite de ontem e que consistiu em fazer uma "Gala" on line, e assim assegurou a presença de vários convidados e outros participantes de diferentes locais.
Não assisti, mas parece ter corrido muito bem.
Na apresentação do último prémio, o Blog Carreira, a cargo do anfitrião, o Namorado, este deixou as seguintes palavras: "Este prémio tende a distinguir aquele que mesmo contra todas as adversidades existentes, conseguiu continuar presente na blogosfera de uma forma sistemática e sem interrupçao de maior. A verdade é que a blogosfera é imensa. Ao contrário do que era desejável, nascem muitos blogs, que cedo são abandonados. Um blog é uma relação. É exigente. Tem que ser alimentado frequentemente para não ficar estagnado no tempo. Os nomeados nesta categoria, mais do que resistentes da blogosfera tendem a ser um exemplo para muitos de nós, demonstrando-nos que é possível ter um projecto duradouro. Exibem uma longevidade que muitos pensam não ser possível. Estes blogs já se confundem com as pessoas que os escrevem, porque são parte integrante do ADN destes autores. São uma extensão da sua materialidade e alma. Vivem por si guardando no seu arquivo, momentos. E estando reconhecido, pessoalmente pelo trabalho que estes bloggers desenvolvem e desenvolveram ao longo destes anos é com o maior orgulho que entrego este prémio nesta categoria". 
E foi nesta categoria que o meu blog venceu

 o "Whynotnow", é realmente um blog com alguma história, mas tenho pena que pelo menos dois outros blogs tão antigos ou mesmo mais não tivessem sido seleccionados: "Um voo cego a nada" e "André Benjamim".
Não vou negar, seria hipocrisia da minha parte fazê-lo, que me deu satisfação este prémio e devo agradecer penhoradamente a todos aqueles que votaram no meu blog e está claro ao autor da iniciativa - o Namorado.
Uma palavra para o autor do design dos prémios, muito bonitos e elegantes e que de agora em diante figurará no meu blog, com justificado orgulho.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Mais um...


Quando começamos a “descer a ladeira” que a nossa vida é, geralmente os dias de aniversário começam a ser pesados para nós e a não justificar uma comemoração.
Exceptuam-se por vezes os chamados “números redondos”, em que juntamos à nossa volta, familiares e/ou amigos.
Assim aconteceu quando fiz 50 anos, que quis fosse uma festa realmente grande pois além de ser meio século de vida, foi num ano deveras importante para mim, pois despedi-me da Covilhã para vir a residir na zona de Lisboa; reuni quase 100 pessoas num jantar muito animado no Clube de Campo, na Covilhã e depois fomos para um bar/discoteca até às tantas (nem todos,claro).
Os 60 foram também comemorados já cá em baixo, aqui em casa, com muito menos gente, mas ainda assim, rodeado de amigos.
Apesar da PDI, disto e daquilo, confesso que intimamente gosto de “fazer anos”, pois a maior comemoração é comigo próprio...até porque as comemorações com outras pessoas se resumem sempre a um simples jantar com o Duarte, aqui em Massamá e nada mais, o que aliás acontecerá hoje.
Mas, o ano passado custou-me muito, mesmo muito, “fazer anos” e por uma simples razão: eram 68 e este número traz-me à memória uma série de pessoas que faleceram com essa idade, a começar pelo meu Pai.
E infelizmente essa situação manteve-se este ano com mais dois grandes amigos a partir com essa idade.
Bolas, eu quero sair dos 68!
Venham os 69, pese embora o almoço sozinho, o habitual jantar com o Duarte, a saudade do Déjan, a falta de amigos que o continuam a ser, apesar de me ter isolado um bocado aqui no meu cantinho...
E para o ano, se houver oportunidade e lá chegar, e porque é um número redondo, ainda(...), porque não comemorar de novo?
Afinal a minha querida Mãe tem 92!

quinta-feira, 19 de março de 2015

"A Rosa Azul" e "Protege-me do que eu quero"

“A Rosa Azul” é um filme clássico realizado em 1965 por Chuck Renslow para o Kris Studios.
Este poético filme é uma extensão da fotografia do físico masculino na época, que Renslow cultivava. Para os padrões actuais o filme é muito puro, contudo em 1965, os filmes seguia as apertadas leis que então vigoravam para escapar à classificação de obscenidade.
Steve Kotis como o pastor grego e Ralph Kleiner na personagem que era encantado pela rosa azul são os protagonistas.



“Protege-me do que eu quero” é um filme realizado em 2009 por Dominic Leclerc, em que Saleem (Naveed Choudhry) é um estudante indiano que vive com os seus pais em Leeds (Inglaterra), e encontra Daz ( Elliott Tittensor) numa situação de engate, embora ele seja virgem, e têm uma noite de sexo com agrado mútuo.
 Mas, pela manhã, Saleem sente-se envergonhado do que fez e declara a Daz que não o quer ver mais. Da varanda, este observa o jovem indiano a afastar-se apressadamente, e algo há que o faz ficar feliz...
É um filme actual, com algum sexo explícito (longe de ser pornográfico), bem diferente do filme de 1965, mas igualmente muito puro na forma como é apresentada uma situação que se põe a tantos jovens – ter sexo pela primeira vez com outro homem, sendo esse o seu desejo, mas também o seu medo...

 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"Salto Mortal"


Eu adoro ler e na minha juventude, entre os 16 anos e a minha ida para a tropa eu li muito e diversifiquei muito as minhas leituras.
Durante a vida militar,não tinha nem tempo nem disposição para ler e quando a acabei, entrei na euforia de ler os jornais e revistas e lia-os de fio a pavio, não me restando tempo para ler livros e até comecei a acumular jornais atrasados, o que era ridículo.
Foram anos e anos perdidos de leitura que hoje lamento profundamente e que só começaram a ser compensados de alguma forma, depois de já reformado, ter deixado um part-time que tive uns anos, como delegado de vendas do Círculo de Leitores.
Assim, quando me cansei de andar de casa em casa, e resolvi mesmo parar de trabalhar, recomecei a ler e verifiquei que tinha “montanhas” de livros que tinha adquirido ao longo dos anos, para ler.
Mas e entretanto houve muitos livros que me começaram também a interessar e eis-me não a ler o que tinha em casa mas principalmente o que ia (e vou) adquirindo.
Desde há cerca de quatro anos que leio quase compulsivamente, mas com um enorme prazer e ando com uma média de leitura bastante interessante (cerca de 60 livros por ano).
Dos muitos livros que tenho adquirido, vários há que me despertam particular interesse, estando nesse caso os romances históricos e os livros relacionados com as actividades LGBT.
Foi assim que comprei um livro enorme, mais de 800 páginas, do qual muito ouvi falar e de uma autora célebre mas da qual nunca havia lido nada – trata-se do livro “Salto Mortal” de Marion Zimmer Bradley, da qual me recordava do êxito que tinha tido com a série “As Brumas de Avalon”.

Tenho uma mania talvez idiota, no que se refere aos livros que tenho para ler, e que também acontece nos muitos filmes que tenho para ver (outro bom vício) e que se traduz em não ler o que tenho mais interesse, mas o que está na lista ordenada conforme vou tendo os livros, e que só tem excepção quando alguém me empresta um livro, o qual tem natural prioridade, para que o possa devolver com brevidade.
Ora sucede que me apareceu, nessa natural ordenação, neste momento “O Salto Mortal”, quando eu tinha planeada uma viagem de duas semanas à Alemanha para estar com o Déjan, que estando a trabalhar me deixaria algum tempo disponível para a leitura.
Ainda estava no final de um outro livro quando cheguei, mas terminei-o em dois dias e assim lá fui à minha “aventura” de ler um livro de 878 páginas.
E não é que li o livro numa semana?
O único problema que o livro me deu foi ter um volume enorme, incómodo para o transportar até um café ou para ler na cama; de resto, nem dei por ele...

“O Salto Mortal” poderá não ser o melhor livro que já li, mas entra sem hesitação no grupo muitíssimo restrito daqueles livros que sempre enumero quando me questionam quais os livros de que mais gostei.
E porquê?
Primeiro que tudo pelo tema, o amor entre dois homens, ambos jovens, embora um sendo ainda menor, e ambientado num mundo que sempre me fascinou – o circo.
Penso não ser único a procurar num livro (ou mesmo num filme) algo que de uma forma ou outra tenha um pouco a ver comigo, e quando tal acontece, o livro (ou o filme) mais me interessa.
Neste livro eu encontrei alguns pontos em que isso acontece, nomeadamente no ponto principal e que é viver um amor difícil.
Claro que as circunstâncias são bem diversas mas o fulcro que é o amor ser mais forte que as contrariedades, esse está lá; e até algumas das contrariedades não serão totalmente diferentes, pois se em 2015 o relacionamento entre dois homens é visto de uma maneira muito diferente do que nos anos 40 e 50 do século passado, continua a haver uma homofobia grande e aqui refiro-me principalmente ao facto do Déjan ser sérvio e no seu país, a homossexualidade ser vista quase pior que nos EUA nos anos atrás referidos.
Há depois outros pequenos pontos de identidade comigo que são referidos no livro, um deles que é raro ver tão bem definido como eu o sinto e tem a ver com a fidelidade num relacionamento (homossexual).
Como muita gente sabe, sou avesso a citações de livros, mas aqui abro uma excepção e passo a citar:

 “Sabes? Pergunto-me se saberás. Essas coisas em relação à fidelidade, esquecer todos os outros...isso é para os adolescentes ainda verdes, ou para os papás e as mamãs que estão a criar os filhos, e para quem a interferência de alguém podia dar cabo da vida aos miúdos. Para os homens, tentar jogar esse jogo, não dá resultado. Talvez duas mulheres o possam fazer, não sei. Mas para os homens, não serve. Se tentarem ser muito castos e fiéis, e nunca tocar em mais ninguém, e tiverem ciúmes, vão acabar por se odiar um ao outro. Eu sei que é assim porque já tentei viver assim uma vez. Não podem pertencer um ao outro dessa maneira. Tu não és propriedade dele assim como ele não é propriedade tua. Eu quero-te. É tão simples como isso. Achas que isso vai realmente tirar alguma coisa ao Matt?

Isto tem muito a ver com a minha velha teoria de que a verdadeira fidelidade está centrada na mente e no coração e não propriamente no sexo.
Por isso eu sempre me considerei fiel nas poucas relações realmente importantes que tive, mesmo sendo uma delas uma relação aberta, comummente aceite por ambos (não, não é a actual...)
Mas o livro é também muito mais.
Fala-nos do mundo mágico do circo, e principalmente do mundo dos trapezistas.
Eu pouco sabia deste particular mundo e a forma como a autora nos transmite toda a mística que envolve essa magia de o homem poder “voar” é absolutamente arrebatadora e mostra um trabalho de pesquisa assombroso pois ela vai a pormenores incríveis nas suas descrições.
Um outro tema abordado é a questão familiar.
Não havendo aqui aquele lado mafioso que encontramos noutras famílias de origem italiana radicadas nos EUA, o lado da união, da fortaleza familiar que aqui encontramos é maravilhoso.
E depois as personagens e são múltiplas, tão bem definidas, e tão complexas algumas delas são, nos seus confrontos e nos seus afectos – uma maravilha.
Um livro que recomendo, sem quaisquer reservas, e a toda a gente, pois até na descrição de algumas cenas intimas, MZB tem o cuidado extremo de nunca ir demasiado longe e é até bastante púdica e o livro só ganha com isso.

Ainda bem que trouxe comigo o Kobo, e assim já li com grande prazer o pequeno livro do Miguel "Fados" e estou finalmente a ler a edição também da Index de "O Corredor de Fundo" da Patricia Nell Warren.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

2014 - O meu ano literário

Li em 2014, 66 livros (ou melhor, serão 70, já que um está desdobrado em três, e se considerarmos o meu). 
Foi um bom ano literário e não só em quantidade,mas também à qualidade.
Neste aspecto qualitativo e segundo as estrelas atribuídas por mim a esses livros no Goodreads, apenas três obtiveram a cota mínima (uma estrela), quatro obtiveram duas estrelas (ainda assim negativa), doze estiveram num nível médio – três estrelas; já num plano elevado houve 36 livros a que atribuí quatro estrelas e a onze dei mesmo o máximo, as cinco estrelas que se aproximam da obra prima.
Daí poder desde já afirmar que a grande decepção do ano foi o livro de Lobo Antunes “Que farei quando tudo arde”
No campo oposto os dois melhores livros que li foram, no lado de autores portugueses, o livro de Norberto Morais - “O Pecado de Porto Negro”
 injustamente preterido no prémio Leya, e no plano de autores estrangeiros o surpreendente “Stoner” de John Williams

Uma referência à surpresa positiva do ano, um livro que eu julgava ser um livrinho apenas agradável e me “encheu as medidas” - “Agora ou Nunca” de Tom Spanbauer

A nível de autores, houve dois de que li quatro livros cada – o brasileiro Caio Fernando Abreu

e o autor do meu género preferido, o romance histórico: Allan Massie

Li dois livros de bastantes autores: Frederico Lourenço, Phillipe Besson, João Ubaldo Ribeiro, José Régio, Mário Cláudio e Ana Cristina Silva.
De realçar que a maioria dos livros lidos são escritos por autores da língua portuguesa (31 nacionais e 7 brasileiros), contra 28 estrangeiros.
Uma referência a ter lido apenas dois livros de poesia, um de banda desenhada e dois de teatro.
Li (e vi) cinco livros sobre fotografia (todos eles de grande nível), um livro muito interessante de pequenas histórias de autores anónimos ou quase, e apenas um pequeno ensaio. 
Houve ainda três livros de viagens.

Aqui fica a lista completa dos livros lidos, por ordem de leitura:

“Três Tristes Tigres” (Guillermo Cabrera Infante)
“Praia Lisboa” (Henrique Levy)
“Tibério” (Allan Massie)
“Viagens” (Paul Bowles)
“A Segunda Morte de Anna Karenina” (Ana Cristina Silva)
“Girassóis” (Caio Fernando Abreu)
“Uma Gota de sangue” (José Régio)
“A Casa dos Budas Ditosos” (João Ubaldo Ribeiro)
“O Instituto Smithsonian” (Gore Vidal)
“Instantâneos” (Margarida Leitão)
“A Photographer's Life: 1990-2005 (Annie Leibovitz)
“Gens du Barroso- Histoire de une Belle Humanité” (Gérard Fourel/Antero de Alda)
“Partilha-te” (Vários)
“O Crepúsculo do Mundo” ( Allan Massie)
“Morangos Mofados” (Caio Fernando Abreu)
“Cartas Vermelhas” (Ana Cristina Silva)
“EuroNovela” (Miguel Vale de Almeida)
“Augusto” (Allan Massie)
“António” (Allan Massie)
“USA Wild West: Oeste Selvagem Americano” ( João Máximo/Luís Chaínho)
“Fun Home” (Alison Bechdel)
“Morte em Pleno Verão e Outros Contos” (Yukio Mishima)
“Vivian Maier: Street Photographer” ( Vivian Mayer/John Maloof/ Allan Sekula/Geof Dyer)
“Helen Levitt” (Helen Levitt/Walker Evans)
“Castelo de Sombras” (Judith Teixeira)
“Mister Norris Muda de Comboio” ( Christopher Isherwood)
“Irving Penn: Small Trades (Virginia Heckert/Anne Lacoste)
“Amor que se faz Homem” (Henrique Pereira)
“O Mar por Cima” (Possidónio Cachapa)
“Carta de Sócrates a Alcibíades, seu Vergonhoso Amante” (Miguel Real)
“A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao ( Junot Diaz)
“Sedução” (José Marmelo e Silva)
“Noites de Anto: Alegoria em Sete Quadros)
“As Raízes do Futuro” (José Régio)
“O Essencial sobre Eugénio de Andrade” - Luís Miguel Nava
“A Metarclândia” ( Carlos Alves)
“Histórias para Esquecer” ( Manel Zé) – 3 vol.
“A Seco” (Augusten Burroughs)
“O Físico Prodigioso” (Jorge de Sena)
“Nas tuas Mãos” (Inês Pedrosa)
“Crónicas de Bons Costumes” (Guilherme de Melo)
“O Pecado de Porto Negro” (Norberto Morais)
“Retrato de Rapaz” (Mário Cláudio)
“Um Eléctrico Chamado Desejo e Outras Peças” (Tennesse Williams)
“Diabruras de um Gay Assumido” (Alexia Wolf)
“Melhores Contos: Caio Fernando Abreu” (Caio Fernando Abreu)
“Em Nome do Desejo” (João Silvério Trevisan)
“Queer” (William S. Burroughs)
“Qual é a minha ou tua língua- Cem Poemas de amor de outras Línguas” (Jorge Sousa Braga)
“A Canção de Tróia” ( Collen McCullough)
”Uma Casa na Escuridão” (José Luís Peixoto)
“Uma Outra Voz” (Gabriela Ruivo Trindade)
“Moçambique – Para a Mãe se Lembrar como Foi” - Manuela Gonzaga)
“Stoner” (Jonh Williams)
“Onde Andará Dulce Veiga?” (Caio Fernando Abreu)
“Outras Vozes, Outros Lugares” (Truman Capote)
“ O Albatroz Azul” (João Ubaldo Ribeiro)
“Sangue do meu Sangue” (Michael Cunningham)
“Assustando os Unicórnios” (Lawrence Schimel)
“30 Dias em Sidney” (Peter Carey)
“As Aventuras de um Garoto de Programa” (Phill Andros)
“Internato” (João Gaspar Simões)
“Em Tempos de Guerra” (Phillipe Besson)
“Um Instante de Abandono” (Phillipe Besson)
“Agora ou Nunca” (Tom Spanbauer)
“A Formosa Pintura do Mundo” (Frederico Lourenço)
“Que Farei Quando Tudo Arde?” (António Lobo Antunes)
“A Máquina do Arcanjo” (Frederico Lourenço)

Finalmente e sem falsa modéstia, foi este ano que foi publicado pela INDEX ebooks o meu livro “Ilha de Metarica – Memórias da Guerra Colonial.



segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

NOVE!


29 de Dezembro de 2005 – estava muito longe de travar conhecimento com alguém através daqueles sites que existem para esse efeito, em teoria, mas que na prática, funcionam mais em termos de meros encontros sexuais.
Naquele tempo, e não porque necessitasse realmente de encontrar alguém para um relacionamento – estava muito bem, sozinho – apetecia-me encontrar gente para conversar.
E encontrei um “puto”, então com 26 anos que também queria, e tão só isso, conversar.
Era da Sérvia e começámos a falar (teclar) em inglês.
Gostámos da conversa e repetimos nos dias seguintes; e depois começou uma troca de mails, mails grandes em que contávamos muita coisa um ao outro.
E começou a surgir algo que eu não imaginava que pudesse ainda acontecer-me – apaixonámos-nos! Mas havia um grande problema: a distância!
Equacionámos o problema, mas já não fomos a tempo de desistir – FELIZMENTE!
E passados 9 meses, em Setembro de 2006 dei um passo que tinha algum (não demasiado) risco: fui à Sérvia e conheci pessoalmente o “puto” - o Déjan, o meu Déjanito e tornámos-nos ambos um para o outro “CHAKO PAKO” (manias dele)...

E agora, a 29 de Dezembro de 2014, comemoramos NOVE anos de uma união que eu não acredito, apesar da distância, possa ser mais feliz.
Meu amor, muito obrigado por tudo o que me tens dado, por todos os momentos passados juntos, que até foram curtos para o tempo que levamos da nossa relação, mas é preciso não esquecer que ao longo destes anos, todos os dias falámos um com o outro, uma ou várias vezes ao dia.
Eu não posso passar sem ti, e sei, sem querer ser presunçoso, que o mesmo se passa contigo.

Estivemos (ainda estamos) o mais longo tempo sem nos encontrarmos – 14 meses – e isso devido essencialmente às grandes modificações de vida que  passaste ultimamente com o estágio, os estudos e exames da língua alemã, o processo de candidatura a um trabalho na Alemanha, enfim, tanta coisa que inviabilizou o nosso reencontro.
Mas a 19 de Janeiro, espero que estejas em Dusseldorf à minha espera e vamos passar 15 dias calmos, tu a trabalhar, e eu a ler e a entreter-me com a net, até tu chegares e depois há os teus dias de folga e há tanta coisa para partilhar de novo...

Desculpa-me este texto ir escrito em português, mas tu tens possibilidade de o traduzir facilmente; é que me era difícil dizer isto tudo em inglês...

Mas e agora só para ti: Puno havala, ljubaj moja. Volim te já tebe, moj predivni. Ti biti divan, Déjan! 

(Hope you like this music. Is not our song, as you know, but is for you, my love.)

domingo, 21 de dezembro de 2014

O Jorge - um grande Amigo que perdi...


Todos nós temos amigos e todos nós temos, dentre os nossos amigos, alguns que não sendo denominados mais amigos que os demais, o são realmente.
Nesses amigos especiais têm uma importância grande aqueles que nós conhecemos quando éramos crianças e com quem mantivemos ao longo dos anos uma relação de proximidade afectiva, mesmo quando as distâncias nos separam.
Eu não sou excepção e tenho (não mais) de meia dúzia deles.
Nunca estabeleci comparações afectivas mas essa questão da “antiguidade” pesa muito, pois são muitas cumplicidades que se tiveram, muitos momentos marcantes vividos em comum, muitos acontecimentos (bons e menos bons) sentidos simultaneamente, enfim um mundo de “muitos mundos”.
Há anos perdi um desses amigos, o Pedro, que vivia na altura em Portalegre e era um ano mais novo que eu – foi vítima de uma leucemia aos cinquenta e tal anos.
Entretanto perdi outros amigos, cuja morte muito senti por diversas razões, entre eles o Francisco, há precisamente um ano (19 de Dezembro de 2013).
E agora, exactamente um ano depois vi partir, sem surpresa, mas com uma dor imensa outro dos tais amigos que falei de início – o Jorge!
Nunca pensei que fosse tão difícil e tão doloroso...
Em toda a nossa vida (eu era 15 dias mais velho que ele), só estivemos realmente separados durante o período da guerra colonial que ambos fizemos quase no mesmo tempo, mas em cenários diferentes: eu em Moçambique, ele em Angola; eu no mato, ele no ar condicionado de Luanda.
Se refiro este facto é apenas porque ele reflecte um pouco a maneira como o Jorge viveu a sua vida. O Jorge era um optimista nato, via tudo sob um prisma positivo e essa forma de encarar a vida levou-o sempre a situações aparentemente denominadas de “sorte”.
Sim, ele teve muitas ocasiões em que foi bafejado pela sorte, mas fazia por isso...
É talvez de todas as pessoas que já conheci, quem nunca se zangou com ninguém, para quem a adversidade era apenas um acidente de percurso e a quem aconteciam coisas incrivelmente boas, porque ele predispunha a sua vida para que tal acontecesse.
Só não pôde fazer nada contra o linfoma que o atacou há uns anos e que foi debelado como geralmente acontece numa primeira aparição mas que volta sempre mais tarde noutro orgão do corpo e que geralmente é fatal.
Assim aconteceu agora.
O Jorge era filho de um casal que era o casal mais amigo dos meus Pais, pelo que nos conhecemos em crianças e embora na instrução primária tivéssemos diferentes escolas, pertencemos à mesma turma no Liceu e entrámos juntos para Económicas.
Partilhámos várias casas aqui em Lisboa durante a nossa vida universitária e apenas seguimos percursos profissionais diferentes mas sempre em contacto.
Agora, ambos reformados, ambos a vivermos na grande Lisboa, tínhamos com mais três amigos, um almoço mensal num restaurante perto da Av. de Roma em que recordávamos os velhos tempos, contávamos as novidades e falávamos sobre futebol e política.
(nesta foto, o Jorge é o da esquerda e o Francisco o da direita)

Aí éramos opositores: ele sportinguista, eu benfiquista, ele de direita e eu de esquerda – mas eram conversas, por vezes acaloradas e nunca discussões.
Agora com o desaparecimento do Francisco, o ano passado, e agora do Jorge, pensamos que é impossível continuarmos a ir ao mesmo local; temos que reformular os nossos encontros.
Sexta-feira no velório, sábado no funeral, tanta gente que há tanto tempo não via...tanto abraço emocionado, defronte daquele caixão que a todos nos unia.
Meu querido Jorge, jamais te esquecerei. Um dia destes hei-de ir à tua procura pois sei que estás, como sempre, num belo lugar.
(na sua bela casa de Azenhas do Mar, comigo, com o Déjan e com o Duarte)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Herr Doktor Drazen Prostran

A nossa vida (minha e do Déjan) não tem sido nada fácil nos últimos tempos.
A última vez que estivemos juntos foi em Outubro do ano passado, portanto há mais de um ano.
E não é por falta de vontade, antes pelo contrário, mas sim devido à vida conturbada que o Déjan tem tido, desde que acabou o curso.
Após ter concluído o curso, seguiu-se um normal período de estágio (não remunerado), com as valências normais, das diferentes especialidades e também de estadia mais prolongada quer nas urgências de um hospital, quer num centro de saúde.
Tudo isso foi feito em Belgrado, e foi durante esse período que ele obteve duas semanas de férias e veio cá a Portugal.
Eu poderia ter depois ido a Belgrado, mas entretanto, o pai dele que vive sozinho em Zadar (Croácia), veio passar com ele uma larga temporada a Belgrado, de Janeiro até ao Verão, o que impossibilitou a minha ida, porque não havia possibilidade de compartilhar o apartamento dele pois ele não é assumido perante a família.
Por outro lado e sabedor de que após a conclusão do curso e respectivo estágio, as possibilidade de emprego na Sérvia eram poucas e más (salário como médico, a rondar os 700 euros), o Déjan começou ainda como estudante a frequentar o Goethe Institut em Belgrado, para aprender alemão, já que a Alemanha é um dos dois únicos países a reconhecer o curso de medicina da Faculdade de Medicina de Belgrado como válido para exercer a medicina lá (o outro país é a Noruega).
Claro que esses estudos de alemão demoraram bastante tempo pois ia subindo de escalão,porque para poder trabalhar na Alemanha tinha que ter aprovação no escalão máximo, que é muito mais do que simplesmente saber falar a língua.
Teve pois que fazer um exame final para obter esse diploma e poderia fazê-lo no próprio Goethe Institut em Belgrado ou numa cidade alemã.
Tendo desde há muitos anos uma grande amizade com uma família oriunda, como ele, de Zadar e estabelecida há muitos anos em Stuttgart, ele optou e muito bem por ir no Verão para lá e fazer um pequeno curso exactamente para esse exame, e passou, pelo que o principal passo estava dado.
Agora precisava de resolver todas as muito complicadas questões burocráticas necessárias para trabalhar na Alemanha, estando de volta a Belgrado, pois a todo o momento era preciso mais isto ou aquilo.
Claro que eu não podia deslocar-me lá, porque a qualquer momento ele poderia ter que ir à Alemanha...
Enquanto aguardava a permissão de trabalho na Alemanha foi enviando o seu CV para variadas clínicas e recebeu resposta de várias, e três delas marcaram-lhe entrevistas.
Uma primeira em Kleve

bem perto da fronteira com a Holanda

 

 e cuja especialidade é neurologia, uma das preferidas do Déjan, a qual correu lindamente, tendo sido convidado a dormir lá e passar perto do dia seguinte a conhecer melhor a clínica; gostaram verdadeiramente dele, mas havia um óbice – ele ainda não tinha a permissão de trabalho, a geral, pois a da especialidade seria depois pedida pela própria clínica.
Devido à demora em obter essa permissão foi informar-se e soube que por ele ser sérvio, ou seja extra-comunitário, havia prioridade para os países da UE e com a recente entrada de diversos países – Bulgária, Roménia, e ainda mais recentemente a Croácia, era um óbice.
Claro que o Déjan também é croata, mas como a universidade que os alemães reconhecem como compatível é a de Belgrado, ele teve que mostrar o passaporte sérvio.
Entretanto uma segunda entrevista, agora em Olpe

em plena zona industrial alemã


e numa clínica de psiquiatria – aqui ainda gostaram mais dele e prometeram dar novidades em breve. 

Mais recentemente foi a uma terceira entrevista, nos arredores de Colónia


 perto da Feira


cuja especialidade é cirurgia


e também correu muito bem. 
Todavia, houve uma mudança de atitude nos serviços alemães e telefonaram-lhe informando-o de que para obter a dita permissão de trabalho no país era necessário obter primeiro a permissão para exercer medicina, e que a outra mais geral (que obviamente deixa de ser importante, pois a ele só lhe interessa trabalhar como médico) seria dada simultâneamente. 
Para esse efeito marcaram-lhe um exame para ontem, dando-lhe assim um período mínimo de preparação. 
 Foi fazer o exame com algum receio pois sabia ser um exame muito exigente e esse exame decorria em três partes: numa primeira, um “paciente” era atendido por ele, e o Déjan precisava de fazer o diagnóstico e prescrever a terapia necessária. 
Depois foi para uma sala onde teve que escrever tudo, sobre o que o levou ao diagnóstico e o porquê da terapia indicada. 
Tudo isso correu muito bem. 
Havia depois uma terceira parte, que constava de um interrogatório sobre diferentes áreas médicas, feito por duas pessoas e que foi extremamente difícil, exigindo-lhe mesmo nalgumas questões que ele tinha conhecimento médico, a sua nomenclatura em alemão (claro que todo o exame foi em alemão), e aí, nessa terceira parte o Déjan fraquejou um pouco, o que o fez ficar com medo do resultado, que só soube hoje e que felizmente foi a aprovação. 
Está assim vencido o último e mais importante passo para ele trabalhar como médico, na Alemanha. Curiosamente, ontem mesmo, recebeu um mail da clínica de Olpe a perguntar se já tinha a permissão de trabalho e em caso afirmativo que gostariam de o ter lá durante três dias, com tudo pago, o que é um excelente indício. 
Mas também hoje informou as outras duas clínicas de que já possuía a permissão e vai continuar a enviar CV, até estar definitivamente a trabalhar. 
Estou convencido, agora, que até final do ano, ele estará a trabalhar e a ganhar finalmente dinheiro, e que não é pouco – cerca de 2500 euros mensais. 
Se assim for, está cada vez mais perto o nosso reencontro que ambos esperamos ansiosamente, e que será na Alemanha, com voos mais frequentes e mais baratos. 
 E depois poderemos encontrar-nos em diversos sítios da Europa por períodos curtos, mas aproveitando promoções, por exemplo. 
Hoje é um dia muito feliz para o Déjan, mas felicíssimo principalmente para nós dois. 

VOLIM TE, Dejan

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Can We Auto-Correct Humanity?

Vi este vídeo no blog do Silvestre, e não resisto em partilhá-lo aqui.
Primeiro, porque estou totalmente de acordo com o que nele se diz e eu, como muita gente, começo a estar farto de tanta tecnologia, de tanta "macacada" que nos vicia e tira tanto tempo útil para fazermos coisas mais saudáveis...
Depois porque partilhar este vídeo nas redes sociais seria perfeitamente idiota, já que era estar a negá-lo à partida.
É precisamente num blog que este vídeo tem total cabimento, até porque a blogo é uma das grandes vítimas destas coisas que têm aparecido e vão continuar a aparecer.
Mas começo a ver sinais de algum cansaço nalgumas pessoas amigas que cortaram drasticamente com tudo isto.
Para já, fica a divulgação do vídeo, esperando que recolha a aprovação de pelo menos algumas pessoas que o vejam

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O "jantarinho" e o "lançamento" do livro

O título desta postagem é um pouco idiota, pois não foi um "jantarinho", mas sim um jantar de amigos e muito menos foi o "lançamento do livro", pois o livro em causa foi lançado há dois meses e meio, a 17 de Julho.
Mas enfim, o diminuitivo é quase carinhoso, como geralmente o são os diminuitivos, e porque se tratou de um jantar com um número reduzido de pessoas, todas elas essencialmente minhas amigas e que me deram um imenso prazer com a sua presença: os editores - João, Luís e Patrícia, os dois impulsionadores - Miguel e Margarida, e os amigos reais, o Duarte, o Luís e o André, a Maria Teresa, a Zé e a Sara, o Nelson, o Mark e o Paulo, o grande amigo Félix e os Metaricanos, desde o "alferes" Fernandes (do meu tempo) e o "capitão" Ernesto Pereira que trouxe consigo (e ainda bem) dois dos seus "furriéis". Muito obrigado a todos pela vossa presença.
O local foi agradável, a comida, normal e muito acessível em preços e o convívio excelente.
O motivo já toda a gente sabe era falar do meu livro, algo improvável até poucos meses atrás, mas que "aconteceu"...
Graças a várias empurradelas, este livro nasceu, de uma série de crónicas publicadas neste blog sob o título "A tropa cá do João", e que é o título de um poemazeco escrito lá na Ilha, em Março de 1974, e que aparece como um dos apêndices do livro.
Claro que me deu prazer a publicação do livro, para o qual houve que modificar alguns dos textos, acrescentar outros e escrever uma introdução e uma conclusão, trabalho esse feito com a preciosa ajuda de um dos editores. o João Máximo, que me deu a conhecer o trabalho, interessantíssimo, de um editor e no qual ele é extremamente competente

Após a publicação, em Julho houve algo que me quebrou imenso o entusiasmo, e me fez quase arrepender de ter acedido a essa publicação.
Sucede que num dos capítulos do livro, falo da homossexualidade que houve na guerra colonial, o que não é inédito noutras publicações, mas ouso em pessoalizar a questão, como um dos variados outros assuntos que foco no livro.
Ora, dois orgãos de comunicação, o site "Dezanove" e a revista "Time Out", na sua secção gay, ao falarem do livro, colocaram-no num pedestal de livro gay, o que DE TODO não é, apenas eu, na senda do que sempre fiz, falei do assunto com a normalidade que acho deve ser a tónica quando se referem esses temas. O título da notícia do "Dezanove" era tão tendenciosa, na linha do que infelizmente acontece a várias referências a factos ou pessoas homossexuais, quase roçando o "gueto" que tal gente pretende denominar o mundo gay, que, e repito, esse título se tornava ridículo, pelo que protestei veementemente e também a editora e eles alteraram o título.
Aliás, a Index, numa atitude que agradeço, publicou alguns extractos de outras partes do livro para mostrar que não se pode, nem deve confundir uma referência a questões homossexuais com um livro homossexual.
Sempre fui um homem frontal, sem medos de me assumir como sou, mas não gosto que deturpem o que escrevo...
Pois, e voltando ao serão de sábado, após o jantar, o Luís Chainho, outro dos editores apresentou as razões pelas quais a Index se interessou pelo meu trabalho
Coube-me depois a vez de explicar o contexto em que o livro apareceu, tendo lido a introdução e a conclusão, falando dos apêndices do livro e também da ideia de escrever um livro baseado em factos e não em juízos de valor. Enfim, apresentando a minha visão do livro...

Entrou-se depois numa breve tertúlia, principalmente com os presentes que haviam conhecido pessoalmente a Ilha de Metarica.

E assim se passou uma muito agradável noite.

Deixo aqui mais duas fotos  tiradas pelo Félix, que infelizmente não focou a assistência, segundo ele, porque estava demasiado focado naquilo que se ia dizendo, hehehe...



Uma nota que nada tem a ver com o texto, e que se relaciona com o tema musical escolhido. Geralmente, ele tem sempre algo a ver com o conteúdo do post, o que não acontece desta vez, e até eu estou surpreendido por aparecer no meu blog uma música da Lady GaGa, cantora que eu sempre mantive a uma certa distãncia; mas este album dela com o Tony Bennet agradou-me muito e como esta canção, no original se chama "Bang Bang", acaba por ter algum cabimento num post sobre uma guerra... (keep smiling, please)...