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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Just a break?


Apenas uma paragem?
Quero acreditar que sim, como outras houve...
Aliás, eu tenho vindo, progressivamente a espaçar cada vez mais as minhas postagens, por uma falta de motivação sobretudo, mas também por já não me rever nesta blogosfera, que tirando um caso ou outro está cheia de lugares comuns e na qual noto, aqui e ali, pelo menos nos blogs que vou seguindo, também algum cada vez maior abrandamento.
As minhas prioridades agora são outras e embora continue a ler os blogs que me interessam, deixo de ter a preocupação de estar atrasado nos comentários.
Também aí farei uma pausa.
Quando for oportuno pôr aqui alguma coisa assim o farei, bem como o facto de não comentar outros blogs, não signifique que o não possa fazer pontualmente.
Continuo muito interessado no Pinterest, cada vez mais e a leitura e o visionamento de filmes ocupam cada vez mais o meu tempo.
Curiosamente é nalguns blogs informativos que centro parte da minha atenção neste momento.
Até um dia, até breve, até sempre...

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Prémio Blog Carreira

Vamos começar pelo princípio...
Em finais de Março um blog que eu não sigo - e mais adiante explicarei a razão porque não sigo muitos dos blogs que existem na blogosfera e que nada tem de pessoal, é óbvio - o blog "Namoro com um Pop Star", da autoria do Namorado, resolveu promover um concurso a que deu o nome de CIGNO - LGBT Blog awards 2015

em diversas categorias e que durante certo tempo foram sendo votados pelos seguidores desse blog, ao fim do qual foram seleccionados os cinco blogs mais votados em cada uma delas, para uma votação final que atribuía os prémios.
Embora não seguisse o blog, o Namorado teve a amabilidade de me informar por mail que o meu blog tinha sido nomeado em três categorias: Melhor Blog Informativo, Melhor Blog de Viagens, Cultura ou Lifestyle e Blog Carreira.

Um parêntesis para afirmar que eu, e em concordância com o que li no blog Dezanove, não concordo muito em chamar praticamente todos os blogs que foram votados, como blogs LGBT, pois apenas a maior parte deles foca por vezes, uns mais, outros menos, assuntos relacionados com o mundo LGBT.
Por exemplo não considero o meu blog um blog LGBT, e considero sim o Dezanove, um blog LGBT.
São sim blogs, que na sua quase totalidade pertencem a autores homossexuais, alguns mais expostos que outros, mas que têm muitas postagens que nada têm a ver com esses assuntos.
É um ponto de vista que não pretendo, note-se, seja aceite por toda a gente.
Mas não fui de forma alguma, inviabilizar, a iniciativa, aceitando de bom grado as nomeações.

E agora outro parêntesis para explicar não seguir muitos dos blogs que foram aparecendo ultimamente na blogosfera: eu estou há quase 10 anos por aqui e já assisti ao auge da blogo, antes das redes sociais fazerem uma autêntica razia entre os muitos e muito interessantes blogs que havia. Claro que alguns resistiram, mudando de estratégia para se aguentarem, como eu fiz.
Mas sigo muitos blogs ainda, portugueses e doutros países, e de variadas configurações, e quando digo sigo, é mesmo lê-los ou vê-los, e se na grande maioria dos casos, porque são blogs informativos, não os comento, também há ainda muitos que vou comentando, se vejo interesse nisso.
Ora isto toma-me muito tempo, principalmente três ou quatro blogs que me trazem muita informação que aproveito num dos meus hobbies favoritos na net e que é o Pinterest, no qual tenho uma página composta por 351 álbuns (o máximo permitido) e que é seguido por quase 8000 pessoas de todo o mundo.
Assim sendo não acrescento mais blogs ao meu Feedly, a não ser quando alguém visita o meu canto e o começa a seguir e eu não posso ser descortês, e com um mínimo de qualidade, sigo também esse blog.
E, apesar de, como disse acima, não conhecer muitos dos blogs envolvidos nesta iniciativa, conheço e sigo uma série deles:"Um Deus caído do Olimpo", "Rapaz a limpo", "No limite do oceano", "As aventuras de Mark", "Dezanove", "Vírgulas do Destino", "Time Out", "Blog do Silvestre", "Dois Coelhos", "Mas tu és tudo e tivesse eu casa tu passarias à minha porta", "Good blog, bad blog", "Um voo cego a nada", e os agora parados "Good friends are hard to find" e "Mélange".

Parece que o Namorado teve uma ideia bastante original e interessante para anunciar os premiados na noite de ontem e que consistiu em fazer uma "Gala" on line, e assim assegurou a presença de vários convidados e outros participantes de diferentes locais.
Não assisti, mas parece ter corrido muito bem.
Na apresentação do último prémio, o Blog Carreira, a cargo do anfitrião, o Namorado, este deixou as seguintes palavras: "Este prémio tende a distinguir aquele que mesmo contra todas as adversidades existentes, conseguiu continuar presente na blogosfera de uma forma sistemática e sem interrupçao de maior. A verdade é que a blogosfera é imensa. Ao contrário do que era desejável, nascem muitos blogs, que cedo são abandonados. Um blog é uma relação. É exigente. Tem que ser alimentado frequentemente para não ficar estagnado no tempo. Os nomeados nesta categoria, mais do que resistentes da blogosfera tendem a ser um exemplo para muitos de nós, demonstrando-nos que é possível ter um projecto duradouro. Exibem uma longevidade que muitos pensam não ser possível. Estes blogs já se confundem com as pessoas que os escrevem, porque são parte integrante do ADN destes autores. São uma extensão da sua materialidade e alma. Vivem por si guardando no seu arquivo, momentos. E estando reconhecido, pessoalmente pelo trabalho que estes bloggers desenvolvem e desenvolveram ao longo destes anos é com o maior orgulho que entrego este prémio nesta categoria". 
E foi nesta categoria que o meu blog venceu

 o "Whynotnow", é realmente um blog com alguma história, mas tenho pena que pelo menos dois outros blogs tão antigos ou mesmo mais não tivessem sido seleccionados: "Um voo cego a nada" e "André Benjamim".
Não vou negar, seria hipocrisia da minha parte fazê-lo, que me deu satisfação este prémio e devo agradecer penhoradamente a todos aqueles que votaram no meu blog e está claro ao autor da iniciativa - o Namorado.
Uma palavra para o autor do design dos prémios, muito bonitos e elegantes e que de agora em diante figurará no meu blog, com justificado orgulho.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

"Le Gouffre"


Pelo menos dois anos foram necessários para criar de A a Z “ Le Gouffre”, uma curta metragem independente que continua a acumular prémios desde a sua difusão gratuita na Internet.

"Dois jovens aventureiros atravessam o mundo até que o seu percurso fica bloqueado por um imenso abismo aparentemente inultrapassável. Irão eles renunciar ao seu projecto?”

É esta em resumo a história posta no ecrã duma maneira muito poética por uma jovem equipa criativa de Montreal, que tomou o nome de “Studio Lightning Boy”.
O que aparece como particularmente notável com “Le Gouffre” é a sincera experiência humana que está escondida por detrás do ecrã.
Durante 10 minutos de animação são dezenas de artistas que se mobilizam, se organizam e acreditam suficientemente no seu projecto para o tornar uma realidade.
A aventura começa pelo imenso sucesso de uma campanha de “crowdfunding” no Kirkstarter.
Foi o público que lhes permitiu reunir os fundos necessários à pós-produção.
Sem esse movimento colectivo nada poderia ter sido concretizado.
Quase 24000 dólares foram reunidos pela equipa quando o seu objectivo era apenas de 5000.
A paixão e determinação dos três jovens fundadores - Carl Boucheman, Thomas Chéritien e David Forest - parece ter conseguido atingir o seu fim.
Note-se que não é muito normal dedicar dois anos da sua vida para produzir um filme de 10 minutos. O resultado é absolutamente incrível: qualidade de animação, banda sonora digna de uma grande produção, poesia, “Le Gouffre” é tudo isso!
O fruto destes esforços levam no começo de 2015 a uma projecção privada e depois a uma distribuição gratuita na Internet.
Seleccionada em mais de 40 festivais em todo o mundo, esta curta metragem de animação já obteve seis prémios, três dos quais para a melhor animação.
Um sucesso criativo e colectivo de um projecto de dimensão humana que dá gosto de se ver.
Le Gouffre from Lightning Boy Studio on Vimeo.

Para vos convidar a compreender todas as particularidades deste projecto, estes dois anos de esforços foram “ilustrados” num vídeo bónus, em que se resume a aventura.
The Journey Behind Le Gouffre from Lightning Boy Studio on

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Can We Auto-Correct Humanity?

Vi este vídeo no blog do Silvestre, e não resisto em partilhá-lo aqui.
Primeiro, porque estou totalmente de acordo com o que nele se diz e eu, como muita gente, começo a estar farto de tanta tecnologia, de tanta "macacada" que nos vicia e tira tanto tempo útil para fazermos coisas mais saudáveis...
Depois porque partilhar este vídeo nas redes sociais seria perfeitamente idiota, já que era estar a negá-lo à partida.
É precisamente num blog que este vídeo tem total cabimento, até porque a blogo é uma das grandes vítimas destas coisas que têm aparecido e vão continuar a aparecer.
Mas começo a ver sinais de algum cansaço nalgumas pessoas amigas que cortaram drasticamente com tudo isto.
Para já, fica a divulgação do vídeo, esperando que recolha a aprovação de pelo menos algumas pessoas que o vejam

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O "jantarinho" e o "lançamento" do livro

O título desta postagem é um pouco idiota, pois não foi um "jantarinho", mas sim um jantar de amigos e muito menos foi o "lançamento do livro", pois o livro em causa foi lançado há dois meses e meio, a 17 de Julho.
Mas enfim, o diminuitivo é quase carinhoso, como geralmente o são os diminuitivos, e porque se tratou de um jantar com um número reduzido de pessoas, todas elas essencialmente minhas amigas e que me deram um imenso prazer com a sua presença: os editores - João, Luís e Patrícia, os dois impulsionadores - Miguel e Margarida, e os amigos reais, o Duarte, o Luís e o André, a Maria Teresa, a Zé e a Sara, o Nelson, o Mark e o Paulo, o grande amigo Félix e os Metaricanos, desde o "alferes" Fernandes (do meu tempo) e o "capitão" Ernesto Pereira que trouxe consigo (e ainda bem) dois dos seus "furriéis". Muito obrigado a todos pela vossa presença.
O local foi agradável, a comida, normal e muito acessível em preços e o convívio excelente.
O motivo já toda a gente sabe era falar do meu livro, algo improvável até poucos meses atrás, mas que "aconteceu"...
Graças a várias empurradelas, este livro nasceu, de uma série de crónicas publicadas neste blog sob o título "A tropa cá do João", e que é o título de um poemazeco escrito lá na Ilha, em Março de 1974, e que aparece como um dos apêndices do livro.
Claro que me deu prazer a publicação do livro, para o qual houve que modificar alguns dos textos, acrescentar outros e escrever uma introdução e uma conclusão, trabalho esse feito com a preciosa ajuda de um dos editores. o João Máximo, que me deu a conhecer o trabalho, interessantíssimo, de um editor e no qual ele é extremamente competente

Após a publicação, em Julho houve algo que me quebrou imenso o entusiasmo, e me fez quase arrepender de ter acedido a essa publicação.
Sucede que num dos capítulos do livro, falo da homossexualidade que houve na guerra colonial, o que não é inédito noutras publicações, mas ouso em pessoalizar a questão, como um dos variados outros assuntos que foco no livro.
Ora, dois orgãos de comunicação, o site "Dezanove" e a revista "Time Out", na sua secção gay, ao falarem do livro, colocaram-no num pedestal de livro gay, o que DE TODO não é, apenas eu, na senda do que sempre fiz, falei do assunto com a normalidade que acho deve ser a tónica quando se referem esses temas. O título da notícia do "Dezanove" era tão tendenciosa, na linha do que infelizmente acontece a várias referências a factos ou pessoas homossexuais, quase roçando o "gueto" que tal gente pretende denominar o mundo gay, que, e repito, esse título se tornava ridículo, pelo que protestei veementemente e também a editora e eles alteraram o título.
Aliás, a Index, numa atitude que agradeço, publicou alguns extractos de outras partes do livro para mostrar que não se pode, nem deve confundir uma referência a questões homossexuais com um livro homossexual.
Sempre fui um homem frontal, sem medos de me assumir como sou, mas não gosto que deturpem o que escrevo...
Pois, e voltando ao serão de sábado, após o jantar, o Luís Chainho, outro dos editores apresentou as razões pelas quais a Index se interessou pelo meu trabalho
Coube-me depois a vez de explicar o contexto em que o livro apareceu, tendo lido a introdução e a conclusão, falando dos apêndices do livro e também da ideia de escrever um livro baseado em factos e não em juízos de valor. Enfim, apresentando a minha visão do livro...

Entrou-se depois numa breve tertúlia, principalmente com os presentes que haviam conhecido pessoalmente a Ilha de Metarica.

E assim se passou uma muito agradável noite.

Deixo aqui mais duas fotos  tiradas pelo Félix, que infelizmente não focou a assistência, segundo ele, porque estava demasiado focado naquilo que se ia dizendo, hehehe...



Uma nota que nada tem a ver com o texto, e que se relaciona com o tema musical escolhido. Geralmente, ele tem sempre algo a ver com o conteúdo do post, o que não acontece desta vez, e até eu estou surpreendido por aparecer no meu blog uma música da Lady GaGa, cantora que eu sempre mantive a uma certa distãncia; mas este album dela com o Tony Bennet agradou-me muito e como esta canção, no original se chama "Bang Bang", acaba por ter algum cabimento num post sobre uma guerra... (keep smiling, please)...

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Balanço do Queer da maioridade

Porque o Queer me monopolizou na passada semana e também outro acontecimento, porque tive gente em casa até hoje e porque estou com uma estranha preguiça para com tudo o que se refere à Blogosfera, resolvi fazer um "assalto" á muito bem elaborada crítica que o meu querido amigo Luís Veríssimo, com quem tantas vezes partilho ideias durante os vários Queer, e em que estamos quase sempre de acordo, e pegar no seu artigo do "Dezanove", e pespegá-lo aqui, até porque estou quase em 100% de acordo com o que nele está inserto (o que falta para os 100% são alguns filmes que não vi).
Assim aqui vai a crónica do Luís:
"O Queer Lisboa na sua maioridade foi uma das edições mais curiosas dos últimos anos. 
E acentuou aquilo que tem vindo a ser hábito nas últimas edições: os filmes mais comentados não receberam prémios. 
No meio de algumas desilusões lá pelo meio se pode assistir a boas histórias. 
Entre o Queer Focus dedicado a África e a retrospectiva a John Waters, o público teve ainda a possibilidade de ver e rever histórias e visões abrangentes de outros mundos menos vistos.

 Comecemos então pelos vencidos: "Rosie" (Alemanha, Suíça, 2013), de Marcel Gisler, venceu o prémio do público e era apontado como um forte candidato a ganhar o patinho para melhor filme ou o prémio de melhor interpretação feminina para Sibylle Brunner. A história do escritor gay a sofrer de um bloqueio literário que tem que lidar com a sua mãe idosa, doente e a perder a sanidade e com a descoberta de um novo amor mais novo não convenceu o júri e saiu do S. Jorge com o prémio de consolação.



O filme que não teve consolação nenhuma foi "Stand" (França, 2013), de Jonathan Taieb. Este drama que fala da homofobia que se vive na Rússia é visto como uma pelicula oportuna, sem ser oportunista, fazendo o balanço entre o que é ser gay numa sociedade governada por um Putin e o que é que leva alguém a lutar contra ataques que violam os direitos humanos.



Competição de Longas-Metragens

 "Something Must Break" (Suécia, 2014), de Ester Martin Bergsmark recebeu dois prémios, melhor filme e um dos prémios de melhor interpretação para Saga Becker.
O Verão sueco deixa de ser pacato quando eclode a história de amor entre dois rapazes, um, o andrógeno Sebastian e o outro, Andreas, que não é gay.
Segundo o júri, o filme recebeu o prémio "pela sua desafiante originalidade e visão pungente.
Este é um filme eminentemente físico que mexe com os nossos sentidos de forma inesperada – é um filme do qual quase sentimos o sabor e o cheiro.



O segundo prémio de interpretação foi para Kostas Nikoulionde, que é o jovem Danny de 16 anos em "Xenia" (Grécia, França, Bélgica, 2014), de Panos H. Koutras, onde com o seu irmão decidem (re)encontrarem-se num país sem pátria, numa família identidade.
O terceiro prémio de interpretação foi entregue a Angelique Litzenburger em "Party Girl" (França, 2014), de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis, onde faz de si própria, uma empregada de bar de 60 anos que ainda gosta de se divertir.

 Este ano o júri decidiu dar uma Menção Honrosa a "Atlántida" (Argentina, França, 2014), de Inés María Barrionuevo, a descoberta de algo novo das irmãs Lúcia e Elena, numa tarde de Verão de 1987, onde os desejos florescem e poderão explodir.


Competição de Documentários

O prémio para melhor documentário foi para "Julia" (Alemanha, Lituânia, 2013), de J. Jackie Baier. O que leva exactamente um estudante a deixar a sua casa na Lituânia e tornar-se uma rapariga a vender o corpo nas ruas de Berlim, em pestilentos backrooms e nos assentos pegajosos de um cinema
porno?

Já o prémio do público foi recebido por "São Paulo em Hi-Fi" (Brasil, 2013), de Lufe Steffen. Os anos 1960, 70 e 80 da noite paulista, vistos pelos que os viveram, onde a ditadura militar brasileira e a eclosão da SIDA ditaram as regras.



Vamos às Curtas?

"Mondial 2010" (Líbano, 2014), de Roy Dib foi eleito como a melhor curta-metragem por, entre outras coisas, "nos fazer pensar: pode uma cidade ser queer?".
 "Frei Luís de Sousa" (Portugal, 2014), de Silly Season, a pior curta-metragem portuguesa que estava este ano em exibição no Festival, foi considerada a melhor curta-portuguesa pelo júri desta secção. "Gabrielle" (Bélgica, 2013), de Margo Fruitier e Paul Cartron mereceu uma menção honrosa.
O público deliciou-se com o genial "Cigano" (Portugal, 2013), de David Bonneville, com um maravilhoso Tiago Aldeia e atribui-lhe a sua preferência.



O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a "Gabrielle" (Bélgica, 2013), de Margo Fruitier e Paul Cartron.

 Já na secção In My Shorts a eleita foi "Bonne Espérance"(Suíça, 2013), de Kaspar Schiltknecht, segundo o Júri, "Pela sua energia e subtileza na abordagem de um tema de intimidade e desejo."

Agora esperemos que os portuenses usufruam do bom cinema de John Waters no ano zero do Queer Porto."

Não vi os filmes aqui referidos: "Party Girl", "Atlântida", "Júlia", "S.Paulo em Hi-Fi", "Mondial em 2010", Gabrielle"

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Matthew Connor


Num dos muitos blogs que vou seguindo, fui encontrar este senhor, um americano de Boston, que eu nunca tinha ouvido falar.
Gostei da voz, do estilo, e claro que lá estou eu no "You Tube" à procura de coisas interessantes.
Seleccionei dois vídeos, o primeiro bem bonito, intitulado "Smoke Signals"

Mas foi um outro que me fez trazê-lo aqui ao blog; uma canção magnífica num vídeo muito bem feito, num estilo "vintage", a preto e branco, com um título delicioso e que me fez naturalmente aumentar exponencialmente as minhas saudades do Déjan.
Deliciem-se com este maravilhoso "How is already July over?"...


quinta-feira, 17 de julho de 2014

E eis o dia D...


   

E eis o dia D!
O livro, até me custa dizer “o meu livro”, está à venda.
Tenho algum receio de me repetir, mas este livro tem como base umas crónicas publicadas ao longo de um tempo já recuado, neste blog e que tiveram como título “ A tropa cá do João”, nome de um poema saloio que escrevi lá em África e que foi a primeira dessas crónicas.
Na altura, os comentários de quem as leu foram bastante positivos havendo algumas pessoas com quem me ligo mais em termos de trocas de impressão sobre livros (Miguel Nada e Margarida Leitão, entre outros), que me questionaram porque não publicava “aquilo” como livro.
Nem tal coisa me passava pela cabeça.
Entretanto passado algum tempo vim a conhecer o João Máximo e o Luís Chainho, que têm entre eles um projecto deveras interessante, que é a INDEX ebooks, uma editora de livros digitais vocacionada essencialmente para obras relacionadas (de algum modo) com temas LGBT.
Conhecedor dessas minhas crónicas, o João, também me começou a falar em eventualmente estar interessado na publicação de um livro meu sobre esse tema.
Mais recentemente e como resultado do encontro virtual ( a Net é um mundo) com pessoas que estiveram na Ilha de Metarica em períodos anteriores a mim, publiquei aqui um post sobre uma publicação do Carlos Alves, chamada “A Metariclândia” – As aventuras em África (que por acaso só agora estou a ler).
E voltou o “cerco”, acerca do “meu livro”; tanto me forçaram, que acedi. E quando tomo uma decisão, é meu feitio empenhar-me nela. Assim depois de um primeiro contacto com o João em que definimos o que fazer – reescrever os posts já publicados, escrever alguns mais, ordenar os textos, fazer uma introdução e uma conclusão, escolher fotos, fazer dois ou três anexos – o livro começou a ser concebido.
E aqui veio para mim uma surpresa: se eu já conhecia e admirava como pessoa e como amigo, o João, depois de duas ou três “reuniões de trabalho” com ele, fiquei completamente rendido ao seu profissionalismo como editor. Eu nada conhecia sobre uma edição de livros e mais uma vez aprendi coisas o que é sempre muito compensador.
Não esqueço que o João não está só na INDEX, e portanto englobo aqui o Luís e a Patrícia.
E o livro nasceu!

Uma palavra que é imperiosa – este não é, de todo, um livro gay; nem nada que se pareça! Tem sim, um capítulo, que já era uma das crónicas publicadas no blog, sobre a homossexualidade na guerra colonial e eu faço uma alusão, que é muito verdadeira, à influência que o meu período africano teve na minha “auto saída” do armário.
Razões que chegam para fazer parte das publicações da INDEX.
Espero que quem o leia, goste e tenho sempre algum receio de que uma ou outra expectativa (não minha) demasiado alta, saia gorada.

Fica aqui a referência aos locais onde o livro pode ser adquirido.
Comprar ebook:
Google Play – Amazon (Portugal) – Amazon (Brasil) – Apple (Portugal) – Apple (Brasil) – Kobo by FNAC – Kobo Brasil – WOOK – Livraria Cultura.
Comprar em papel (impressão a pedido):
Bubok, Createspace, Amazon


quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Ilha de Metarica: Memórias da Guerra Colonial"

Ainda sem grandes pormenores e porque o editor publicou um apontamento no Google+, aqui vai a notícia formal.
Vai sair em breve, no formato digital (e-book), mas com edição em papel possível por encomenda, um livro da minha autoria cujo nome é “Ilha de Metarica: Memórias da Guerra Colonial”.

A sua origem tem como base a publicação neste blog, ao longo de vários meses e com começo ainda na parte extinta do mesmo, de uma “saga”, à qual dei o nome de “A tropa cá do João”.
Nela contei episódios sobre a minha vida militar, de uma forma cronológica e com especial destaque para a guerra colonial, como é óbvio.
Muita gente, desde logo se referiu à possibilidade de daí advir um livro, mas confesso nunca pensei nisso a sério.
Todavia, recentemente fui contactado por algumas pessoas que estiveram na Ilha de Metarica, duas comigo e outras numa altura diferente, tendo há semanas aqui publicado uma postagem sobre um livro que uma dessas pessoas publicou entretanto.
Logo o Miguel, a Margarida e principalmente o João Máximo, editor (com o Luís Chainho), da Index me começaram a pressionar de novo e eu desta vez fui em frente.
Depois de conversar com o João, reescrevi os textos, acrescentei outros, escrevi uma introdução e uma conclusão, arranjaram-se mapas (fotos eu tinha) e após algumas trocas de impressão muito profícuas com o João – fiquei a saber coisas muito interessantes sobre a edição de um livro -, o livro aí está e vai ser lançado muito brevemente.
Deixo além desta foto que nem é a capa nem a contra capa, antes uma mistura de ambas, um trecho que o João escolheu para figurar penso que na contra capa.


"Tive tempo, muito tempo mesmo, enquanto estive em África, principalmente na Ilha de Metarica, durante as horas mortas no aquartelamento, ou nas operações de dias e dias pela mata, para pensar na minha vida e nos meus problemas, e cheguei à conclusão que era necessário relativizá-los, por muito grandes que eles me parecessem, perante a gravidade de certas situações com que me deparei na guerra. Não quis definir metas para a minha vida para quando regressasse a Portugal, mas tinha a certeza de que voltaria um “homem” novo e em variados aspetos – humano, social, político e principalmente sexual - foi ali, em África, que cheguei finalmente à conclusão de que, apesar da minha orientação sexual não ser a mais comum, eu era um homem normal."

A seu tempo, mais notícias surgirão.

terça-feira, 24 de junho de 2014

"A Metariclândia - As Aventuras em África"

Há tempos fui contactado por uma pessoa, de seu nome Carlos Alves, mais ou menos da mesma idade que eu e que me descobrira por meio da net (já nunca poderemos permanecer desconhecidos), como tendo estado a cumprir o serviço militar em Moçambique, mais propriamente na Ilha de Metarica.
E a razão do seu contacto é que ele havia também estado no mesmo local a cumprir o seu serviço militar.
São sempre muito interessantes estas trocas de informação, trocámos fotos, já que o local estava muito diferente, pois a Companhia em que ele estava integrado foi a primeira a ser instalada ali e se já no meu tempo as condições eram péssimas, imagine-se como seriam antes.
Mostro aqui um ou outro caso.






Nunca nos encontrámos pessoalmente, mas fizemos amizade no FB, onde temos trocado impressões e entre elas, o Carlos informou-me que tinha escrito “umas coisas” sobre a sua comissão, tendo eu mostrado natural interesse em conhecer esses "escritos".
Ora ele pediu-me o meu endereço e tive a grata surpresa de ter recebido ontem por correio o seu “livro”.
É uma publicação do autor feita para as comemorações do XLIII aniversário da sua Companhia (CCAÇ 2469 – 1968/1971), que decorreram em Arouca em Março passado.
Está muitíssimo completa, com todos os elementos (documentos, fotos, depoimentos, narrações, listagens), que mostram a vida daquela Companhia desde a sua formação até à sua desmobilização.
Se tem para mim, só por isso, bastante interesse, muito mais tem porque grande parte do livro se refere à Ilha de Metarica.
O livro chama-se “A Metariclândia – As Aventuras em África”
 e só de folheá-lo fiquei deliciado.
Não estou com pressa de o ler, pois “prazer adiado é prazer aumentado”, mas tenho a certeza que vou gostar mesmo muito.
Uma palavra de grande agradecimento ao Carlos Alves, que sei vou conhecer pessoalmente em breve e a quem já dei a certeza da minha presença na confraternização que irá decorrer em Julho do ano que vem, em Fátima e onde estarei com mais três elementos da minha Companhia, com quem mantenho contacto.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quando os diálogos se transformam em silêncios

 

Li esta frase há pouco, num blog que gosto muito e do qual sou, com muita pena minha, um dos raros comentadores.
Trata-se de "Fragmentos Culturais", um daqueles blogs em que se escreve sobre coisas interessantes e onde se continua a explanar as ideias e os acontecimentos em textos tão grandes quanto o necessário e onde se pretenderia um diálogo, quase inexistente, com o leitor/comentador.
Há muito que falo nisto e sou um saudoso do tempo em que a blogosfera era assim.
Hoje, e com raras excepções, a blogosfera é um sucedâneo das redes sociais, com notícias avulso que não passam de "fait divers" ou de "acontecimentos pessoais" com pouco relevo para os demais (isto porque há exemplos de acontecimentos pessoais que podem ser de interesse público).
E há um divórcio entre quem lê e quem comenta - uma abissal diferença de visitas e de comentadores.
E se há pessoas que comentam pouco todos os blogs que seguem, também há aqueles que preferem comentar os blogs de postagem rápida - não dá trabalho, e geralmente tem "lucros" , pois representam uma contrapartida na aceitação dos seus próprios blogs.
Há mesmo alguns bloguistas que até há pouco eram assíduos comentadores, que têm bons blogs, e que eu continuo a seguir e a comentar porque os assuntos são interessantes e que actualmente se colocam na cómoda e, para mim triste, coluna dos "silêncios"...Não é preciso referir nomes, pois eles sabem quem são.
Enfim, mais um desabafo e cada vez mais me assalta a questão - valerá a pena?

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Raoul Vaneigem

Penso que é a primeira vez que neste blog se fala de um filósofo e o escolhido não será daqueles nomes da filosofia quer clássica quer moderna, que são mais comummente conhecidos; é um filósofo quase desconhecido e que eu tenho que agradecer ao João Pedro ter-me dado a conhecer, no seu blog que eu não me canso de propagandar,  como decerto o melhor "blog alternativo" da blogo.
Trata-se de Raoul Vaneigem
Raoul Vaneigem é um escritor e filósofo belga que nasceu em 1934. 
Depois de estudar filologia na Universidade Livre de Bruxelas entre 1952-1956, depois participou na “Internacional Situacionista” entre 1961 e 1970.
Actualmente reside na Bélgica e é o pai de quatro filhos.
Vaneigem e Guy Debord foram dois dos principais teóricos do "Movimento Situacionista".
Ficaram célebres alguns slogans de Vaneigem nas paredes de Paris durante o Maio de 1968 .
O seu livro mais famoso, e que contém os slogans mais famosos, é “A Revolução da Vida Quotidiana”. Depois de deixar o movimento situacionista Vaneigem escreveu uma série de livros polêmicos que defendem a ideia de uma livre e autorreguladora ordem social.
 Recentemente, ele tem sido um defensor de um novo tipo de greve, em que o serviço de transporte e os trabalhadores prestam serviços gratuitamente e se recusam a recolher o pagamento ou tarifas.
Deixo aqui dois vídeos, um deles sobre a sua vida e o seu percurso filosófico

No outro o cantor René Binamé canta uma letra de Raoul Vaneigem

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Um excelente fim de semana

Foi um excelente fim de semana, marcado por dois acontecimentos bastante diferenciados e qualquer deles muito gratificantes.
Em primeiro lugar, quero referir-me à visita a Lisboa do meu amigo de há muito, o Edu, que há anos andava a “ameaçar” vir até cá, mas só agora cumpriu a “ameaça”. Trouxe com ele excelente companhia: a sua Mãe, D.Augusta, pessoa simpatiquíssima e com quem se pode falar de tudo com uma amabilidade extrema, e também o seu namorado, o Reginaldo, com quem o Edu faz um excelente par.
O Edu é exactamente aquilo que eu sempre julguei pelo que lia no blog e nos contactos que íamos tendo – uma pessoa com um dom especial de convivência, com um discurso muito particular e saborosíssimo, naquele linguarar de Sampa, que é muito mais que o brasileiro a que estamos habituados; tem um humor muito apurado, e é de uma grande ternura.
Passei com eles o dia de sexta feira, tendo-os levado de carro naquele “velho percurso”: Lisboa, Sintra, com Pena incluída, Praia das Maçãs, Azenhas do Mar, Cabo da Roca, Boca do Inferno, Cascais, Estoril, e depois uma visita aos pastéis de Belém e ainda uma ida ao Cristo Rei, para ver Lisboa de frente, sempre tão linda.

No sábado fomos jantar ao Parque das Nações, num grupo alargado ao Miguel Nada, à Margarida Leitão e ao João Máximo e Luís Chainho, em casa de quem acabámos a noite (moram mesmo pertinho da Expo)
a apreciar uma torta de laranja deliciosa que a Margarida fez para a ocasião e numa tertúlia muito interessada sobre música brasileira e música portuguesa, e seus intérpretes
 Foi uma bela noite.

Hoje domingo, fui à tarde, com o Miguel, ver a última produção teatral dos Artistas Unidos, no TNDM, “Regresso a casa”, de Harold Pinter, numa encenação de Jorge Silva Melo, que também é intérprete.
O protagonista é o fantástico João Perry, no papel de Max, o pai, que vive com dois dos seus filhos, interpretados por Elmano Sancho e João Pedro Mamede e com o seu irmão (JSM), e a este núcleo familiar totalmente masculino, muito marcado pela ausência de uma figura feminina ( a mãe, já tinha falecido???), junta-se o terceiro filho, que vive nos EUA e traz com ele a sua mulher, que a família ainda não conhece. Este casal é interpretado por Rúben Gomes e Maria João Pinho.
Note-se que todos estes actores à excepção de João Perry, fazem parte dos elencos habituais da companhia dirigida por J.Silva Melo e são todos actores de excelência.
A peça, uma das mais conhecidas de Pinter é muito forte e a única personagem feminina torna-se o centro não só da narrativa, como toma mesmo o centro nevrálgico daquela família tão peculiar.
É uma peça que eu atrever-me-ia de qualificar de amoral, mais do que imoral, pois aqui a moralidade não existe…Fortíssima pois, como é hábito de Pinter.
Jorge Silva Melo
já muito experimentado na encenação do dramaturgo inglês, não tem qualquer dificuldade em assinar uma encenação, a todos os títulos brilhante.
É uma peça imperdível, do melhor que tenho visto nos últimos tempos.

E, "the last, but not the least", o meu Benfica, sagrou-se hoje, praticamente campeão nacional da época 2013-14 (falta-lhe um ponto e três jogos para o conseguir). 
Absolutamente justo este título do SLB.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

The Gay Men Project

A ideia por detrás do “Gay Men Project” é bastante simples.
Nos últimos dois anos Kevin Truong* viajou por diferentes cidades em todo o mundo e fotografou como pode, muitos homens gays.
Até agora foram cerca de 400, em 15 cidades distribuídas por 4 continentes.
Ele pede a cada uma das pessoas que fotografa, que descreva a sua história, publicando esses depoimentos junto com as respectivas fotos.
Tem um blog com esses depoimentos
O seu objectivo é criar uma plataforma para desfiar estereótipos e é também uma forma de criar uma espécie de comunidade para outras pessoas que podem não ser tão abertamente gays.
Pode ser uma pessoa conhecida (um actor, um atleta profissional), mas também uma pessoa perfeitamente desconhecida.

*Kevin Truong nasceu num campo de refugiados vietnamita, em Kuala Lumpur (Malásia), tendo a sua família emigrado para os EUA no ano seguinte ao seu nascimento.
Aí fez o Bacharelato em Economia numa Universidade e passou quatro anos a trabalhar, sem fins lucrativos, num programa de desenvolvimento para a juventude, em vários pontos dos EUA e também em Belize.

Podem ver aqui um vídeo com os primeiros 373 retratados.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Margarida...e não só...

Hoje venho falar de uma boa Amiga, que nem sequer é uma “velha” Amiga, se comparada com gente que conheço há muitos mais anos.

Estou a referir-me à Margarida, que conheci há pouco mais de 2 anos quando ela me começou a comentar este blog; como é sabido, eu procuro sempre interagir com os meus comentadores e dessa interacção com a Margarida resultou um empurrão que lhe dei e que a levou a iniciar em Janeiro de 2012 o seu blog “Mas tu és tudo e tivesse eu casa tu passarias à minha porta”, o qual é hoje já uma referência na blogo.

Passado pouco tempo dessa data, numa feliz conjugação, conheci pessoalmente a Margarida, durante um jantar em minha casa em que tive também a oportunidade de conhecer pessoalmente o João Máximo e o Luís Chainho; nem sonhava que estava além de os conhecer a estabelecer um primeiro contacto entre eles os três, que mais tarde tão bons frutos já deu…

Pois a Margarida, que depois foi minha colaboradora no último jantar dos blogs, tornou-se por meio da sua simpatia e fácil comunicação uma Amiga que hoje ocupa um lugar especial nas minhas afectividades.

Tem dois vícios terríveis e que eu tenho também: os seus gatos e os livros.

Daí ter sido tão fácil o nosso entendimento; e além de devoradora de livros, a Margarida começou a “escrevinhar” umas coisas aqui e ali, com destaque para as suas colaborações no Pixel do saudoso Eyes Sad (por onde andas tu?) e pelas suas iniciativas de escrever micro-contos relacionados com pessoas que ela conhecia da blogo, mesmo que só virtualmente.

Foi fácil chamar a atenção do João e do Luís, que nos seus tempos livres fundaram uma “coisa” que se chama “INDEX ebooks” (já lá vou) e que fez com que a Margarida publicasse o seu primeiro livro – um livro de micro contos já com o seu nome literário, Margarida Leitão e que recebeu o bonito nome de “Instantâneos: fragmentos de memória”
publicado precisamente pela INDEX.

Esse livro mereceu-me o seguinte comentário no Goodreads:

“Ler um primeiro livro de um autor que conhecemos pessoalmente e de quem somos particular amigo, nem sempre é fácil. A situação piora quando o autor, neste caso a autora, Margarida Leitão, nos privilegia com frequentes consultas sobre um texto ou outro, sobre uma história ainda de contornos não completamente definidos e nos pede uma opinião concreta e sincera. Quando sentimos que contribuímos, de uma forma indirecta, é certo, para o aparecimento dessa obra, pois demos à autora o “empurrão” decisivo para que ela se integrasse e se adaptasse com uma extrema facilidade a uma realidade tão apelativa como é a blogosfera, quando se tem sede de comunicar ideias, recordações, afectos ou anseios, a situação torna-se quase crítica… E a obra nasce, bela, definida enfim, pujante de frases bem construídas que descrevem situações reais, quase nunca ficcionadas (quando muito sonhadas), e mostram uma rara percepção do sentir de pessoas que apenas conhecemos há pouco, mas das quais captámos o essencial, ou então de imagens que nunca abandonaram a nossa mente de infância, povoada de lugares, gentes e factos determinantes da nossa formação, do nosso sentir, do nosso viver de hoje. Se há, aqui e ali, resquícios de uma hesitação, plenamente justificadas numa primeira obra construída com base em pequenas histórias que saíram de um forma pura e natural de dentro do universo da Margarida, por outro lado, encontramos desde já a maturidade adulta de alguém que sabe ter necessidade de se exprimir através da escrita, para se afirmar a si própria.”

Ora a Margarida quis-me presentear no último domingo, a propósito do meu aniversário com uma prenda especial, um vídeo (curioso que das três prendas que recebi, duas são vídeos), e um vídeo que tem tudo a ver comigo, e que é pessoalíssimo, poi ela empresta-lhe a sua voz. Aqui fica o vídeo, que também foi uma forma de ela homenagear o dia da Poesia, ocorrido dois dias antes, com o belo poema de Jorge de Sena

Obrigado, Margarida e espero ver qualquer dia uma segunda obra tua a ser editada pela INDEX.

E agora sim, vamos lá falar um pouco desta editora que como citei ali em cima nasceu por obra do João Máximo e do Luís Chainho, que e em boa hora, resolveram “dar à luz” uma editora de e-books, dirigiada a obras de temas LGBT.

E desde o seu primeiro lançamento, já há mais de dois anos, mais ou menos perto do tal jantar em minha casa, eles já publicaram vários livros, não só de autores que agora começaram a escrever para o público (além da Margarida Leitão, o Miguel Botelho e o Pedro Xavier),e das colectâneas dos contos a concurso nas três edições dos Pixel, mas também outras obras de autores importantes, com destaque para “O Corredor de Fundo” de Patricia Nell Warren e para “Inversão Sexual” de Havelock Ellis.
E têm entre mãos, tendo já publicado o primeiro volume de uma obra fundamental da literatura LGBT portuguesa – “Dicionário de Literatura Gay”.
Aqui ficam todas as obras que a INDEX já publicou:






















sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Rubens - Brueghel - Lorrain no MNAA

A colecção do Prado de paisagens flamengas e holandesas do século XVII conta com 57 inquestionáveis obras-primas de alguns dos seus principais representantes, pintores que foram responsáveis pela consolidação da paisagem como género pictórico autónomo.
As colecções reais espanholas são o núcleo original de onde provém a maoria dos quadros que compõem a exposição do Museu Nacional de Arte Antiga.
Fui ver esta exposição na boa companhia da Justine, do blog "Quarteto de Alexandria" e do João Máximo, do blog "INDEX Ebooks", o que foi um prazer acrescido, e que terminou posteriormente numa agradáve conversa no pequeno restaurante do MNAA, onde almoçámos.
Aliás, todas as fotos aqui apresentadas são da autoria do João Máximo, algumas delas das telas completas, outras de magníficos promenores.
Pessoalmente, as minhas preferências foram para os quadros de Brueghel, absolutamente magníficos.
E dou a minha preferência à primeira tela que aqui apresento, sobre o velho porto de Amsterdão, o que me levou a escolher como tema musical o intemporal "Amsterdam" de Jacques Brel.