segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Tentações
Agora, era mais fácil e útil pôr mais uma tomada na cozinha do que um simples adaptador e ficamos com um leque de canais alargado também na cozinha.
Contactada a Zon, ficou combinada a vinda cá a casa de um técnico, hoje, segunda feira, para fazer essa instalação. Extremamente simpático e muito interessante fisicamente, pelo menos para o meu gosto: trintão, cheiinho sem ser gordo, com um começo de barriguinha prometedor, cara bonita e uma pêra muito atractiva.
Combinado o sítio por onde o fio iria passar, o senhor começou a trabalhar, para o que foi necessário afastar móveis e outras coisas. Sempre que ele se agachava para mudar a tomada, ficava à vista aquele “bocadinho” que todos conhecemos e que é o começo de algo que gostaríamos conhecer melhor. E eu não conseguia tirar os olhos “daquilo”…
Depois quando foi ao quarto onde está a instalação da net, teve que se esticar todo para descobrir que tipo de instalação era, e mais uma vez mostrou algo muito, mas mesmo muito interessante, pois subiu-se-lhe a parte de cima da roupa e ficou à mostra o umbigo e esse tal pedaço prometedor de barriguinha.
Definitivamente estava a ser muito tentador, e ainda por cima, o senhor era uma simpatia. Quando começou a colar o fio por cima da porta de comunicação da cozinha com o hall de entrada, disse-me que tinha de fechar a porta e portanto disse-me que era melhor eu entrar…
Antes que mais tentações chegassem, respondi-lhe que tinha que fazer na sala e ele que fechasse a porta.
Por vezes, custa muito, não responder a impulsos, e eu sempre fui muito bem sucedido com esses impulsos, mas hoje resisti
quinta-feira, 14 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Estado de graça
Deixo aqui um vídeo com uma cena divertida e podem aproveitar para ver outras que se inserem no vídeo também.
Há personagens fabulosos, como a Rueff a interpretar a Luciana Abreu , a Ana Bola, a esposa de Passos Coelho, Eduardo Madeira como Lula da Silva, Manuel Marques a fazer de Goucha e toda a exuberância do Monchique.
Divirtam-se...
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Avala e Smederevo
É também aí que está o monumento ao soldado desconhecido, da Sérvia.
E visitei também uma cidadezinha acerca de 50 kms de Belgrado, Smederevo, e que é muito interessante. Foi um importante centro industrial, na antiga Jugoslávia, pois aí era produzido todo o aço nacional, numa imensa fábrica, que ainda hoje existe, ao longo do Danúbio, mas que é agora de capitais americanos (...)
Tem esta cidade uma imensa fortaleza, considerada a de maior área da Europa e tem 25 torres
Tem uma magnífica Catedral
e um magnífico edifício onde está Câmara Municipal
terça-feira, 8 de março de 2011
E viva o megafone
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Um autor, uma obra , uma carta
Armistead Maupin é um escritor americano, homossexual e residente na cidade de São Francisco.
É o autor de uma série de crónicas que depois reuniu em variados livros, baseados na vida desta cidade californiana, de alguns dos seus habitantes dos dois sexos, cujas vidas se entrelaçam num imenso painel do que é “viver" em São Francisco…
Mais tarde, estas crónicas deram origem a uma série televisiva de grande aceitação, cujo nome é “Tales of The City”.
Estou a ler cronologicamente estes livros, tendo devorado os dois primeiros: “Histórias de São Francisco” e “Mais Histórias de São Francisco”, estando agora a iniciar a leitura do terceiro, de seu nome “Novas Histórias de São Francisco.
O núcleo principal das personagens é sempre o mesmo e habita um velho prédio da cidade, cuja proprietária é a figura central, Ana Madrigal (que na série televisiva é magnificamente interpretada por Olympia Dukakis)
Uma das principais personagens é um homossexual, Michael Tolliver, que embora vivendo na cidade californiana, é natural de Orlando, onde vivem os seus conservadores pais, que são perfeitamente homofóbicos e defendem as ideias da então grande inimiga dos gays, contra os quais fez uma autêntica cruzada, Anita Bryant (de quem a Isilda Pegado pretendeu ser um clone cá do burgo).
Claro que os pais de Michael não sonham sequer a orientação sexual do filho, até que ele resolve escrever uma carta à mãe, em que faz o seu “coming out”; por ser um trecho excepcional aqui o transcrevo:
“Querida Mamã
Desculpa ter demorado tanto tempo a escrever-vos. De cada vez que tento, vejo que não digo as coisas que me vão no coração. Não fazia mal se vos amasse menos do que amo, mas vocês ainda são meus pais e eu ainda sou vosso filho.
Tenho amigos que acham que sou louco, ao escrever-vos esta carta. Espero que estejam enganados. Espero que as suas dúvidas tenham sido originadas por pais que os amaram menos e confiaram menos neles do que os meus. Espero sobretudo que vejam isto como um acto de amor da minha parte, um sinal de que continuo a precisar de partilhar convosco a minha vida.
Acho que não teria escrito, se não me tivessem falado do vosso envolvimento na campanha «Queremos Defender os Nossos Filhos». Isso, mais do que qualquer outra coisa, fez-me entender claramente que tinha de dizer-vos a verdade: que o vosso próprio filho é homossexual, e que nunca precisou de ser protegido de nada a não ser da piedade ignorante e cruel de pessoas como a Anita Bryant.
Lamento, mamã. Não aquilo que sou, mas aquilo que deves estar a sentir neste momento. Eu conheço esse sentimento, pois senti-o quase a vida inteira. Repugnância, vergonha, incredulidade, rejeição derivada do medo de algo que eu sabia, já em criança, que fazia parte de mim como a cor dos meus olhos.
Não, mamã, não fui “recrutado”. Não houve nenhum homossexual maduro que tivesse sido meu mentor. Mas sabes uma coisa? Quem me dera que assim tivesse sido. Quem me dera que uma pessoa mais velha e sensata do que as pessoas de Orlando me tivesse chamado e me tivesse dito; «Tu não tens nada de mal, rapaz. Podes vir a ser médico ou professor, como outra pessoa qualquer. Não és maluco, nem doente, nem mau. Podes singrar na vida e encontrar felicidade e paz junto dos teus amigos – os mais variados amigos – que se estarão nas tintas para saber com quem te deitas. E, acima de tudo, podes amar e ser amado, sem teres de te odiar a ti próprio por isso».
Mas nunca ninguém mo disse, mamã. Tive de descobrir sozinho, com a ajuda da cidade que se tornou minha. Eu sei que podes ter dificuldade em acreditar, mas São Francisco está cheio de homens e mulheres que não medem o valor de ninguém à luz da sua sexualidade.
Não são radicais, nem tolos, mamã. São vendedores, banqueiros, senhoras idosas e pessoas normais, que nos cumprimentam e sorriem quando as encontramos no autocarro. A sua atitude não é paternalista nem piedosa. E a sua mensagem é simples: sim, és uma pessoa. Sim, gostamos de ti. Sim, também tens o direito de gostar de nós.
Sei o que deves estar a pensar neste momento. Perguntas: Que erro cometemos? Como deixámos que tal coisa acontecesse? Qual de nós dois fez dele o que é?
Não sei responder a isso, mamâ. No fundo, acho que não me interessa. Só sei uma coisa: se tu e o papá são responsáveis por aquilo que sou, então agradeço-vos de todo o coração, por ser esta a alegria e a luz da minha vida.
Não consigo dizer-vos o que é ser homossexual. Mas consigo dizer-vos aquilo que não é.
É não se esconder atrás das palavras, mamã. Palavras como família, decência e cristianismo. É não ter medo do corpo, nem dos prazeres que Deus para ele criou. É não julgar o nosso vizinho salvo se ele for grosseiro ou desagradável.
Ser homossexual ensinou-me a tolerância, a compaixão e a humildade. Mostrou-me as ilimitadas possibilidades da existência. Trouxe até mim pessoas cuja paixão, gentileza e sensibilidade foram uma constante fonte de energia.
Fez-me entrar na grande família da humanidade, mamã, e isso agrada-me. Sinto-me bem.
Não há muito mais a dizer, a não ser que continuo a ser o mesmo Michael que vocês sempre conheceram. Simplesmente agora conhecem-me melhor. Nunca fiz nada propositadamente para vos magoar, nem nunca o farei.
Por favor, não se sintam obrigados a responder-me já. Para mim é suficiente saber que já não tenho de mentir àqueles que me ensinaram o valor da verdade.
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Do vosso filho que vos ama,
Michael”.
Este post destina-se ao tema do mês de Dezembro da "Fábrica de Letras".
sexta-feira, 30 de julho de 2010
António Feio
O mundo do espectáculo, principalmente a televisão e o teatro estão de luto.
Obrigado por tanto que nos deste...
domingo, 16 de maio de 2010
"Angels in America"
Revi hoje numa autêntica maratona os seis episódios da série “Angels in America”,realizada em 2003 pelo director Mike Nichols, num argumento adaptado da sua própria obra, do dramaturgo Tony Kushner.
A acção passa-se no ano de 1985, no auge da epidemia da SIDA, na América republicana de Reagan, e gira à volta de dois personagens infectados pelo vírus, um jovem homossexual (Justin Kirk), enamorado de um judeu progressista e de um conhecido advogado (Al Pacino), influente e perfeitamente obcecado por atingir os seus fins, nem sempre os mais lícitos.
À volta destas personagens gravitam inúmeras outras personagens,algumas delas representadas pelo mesmo actor ou actriz.
Entre elas, duas enormes actrizes, Emma Thompson e Meryl Streep ( esta interpretando entre outras o papel da espia comunista executada na cadeira eléctrica Ethel Rosenberg e até um velho rabi); também Emma Thompson se desdobra em três diferentes papéis.
Um outro actor que muito me surpreendeu, pela positiva foi Jeffrey Wright, interpretando um enfermeiro gay deveras esteriotipado. Também no elenco Patrick Wilson, então no início da sua carreira, Bem Shenkman e Mary-Louise Parker.
Se nas soberbas interpretações reside grande parte do êxito da série, também o argumento salienta os problemas que a SIDA levantou naqueles tempos na comunidade homossexual, e tem acma de tudo uma feroz critica ao conservadorismo político nos EUA, mormente entre os republicanos. A vertente religiosa também é bastante mencionada, principalmente no que respeita à religião mormon.
Embora não simpatizando muito com os americanos, devo reconhecer que nenhum povo tem a capacidade de se auto criticar, como eles o fazem .
É um filme com uma temática fortemente marcada pela homossexualidade, em que não reina a hipocrisia, nem a meia palavra. É suficientemente cru e duro para ser eficaz.
Fica um extracto de imagens, embora me apetecesse pôr aqui a série toda (mais de 5 horas…)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Os Óscares
Algo mudou também na apresentação dos nomeados nas categorias de melhor desempenhos. Com uma apresentação simultânea de cinco anteriores premiados da respectiva categoria, cada um a falar directamente para um dos nomeados, ficou mais realçado o desempenho de cada um, com palavras de valorização e admiração.
A apresentação deixou de estar a cargo de alguém com vocação para apresentador e recaiu num actor, mas que senhor actor… Hugh Jackman foi para mim um dos triunfadores da noite, simplesmente fabuloso, em todos os aspectos… Quanto aos premiados, devo dizer que foram na minha opinião previsíveis, à excepção do filme em língua estrangeira que eu esperava que fosse para o filme animado israelita.
Mesmo o de Penélope Cruz eu esperava e na véspera no blog “oParaKedista”, num comentário lá deixei as minhas previsões para o melhor filme, realizador e quatro intérpretes: 100% certas!!!
“Quem quer ser bilionário” foi um indiscutível vencedor: vencer 8 das 10 nomeações, é obra, e não houve prémios de interpretação, pois é um filme “colectivo” – fabuloso! Também “Milk” foi um vencedor, pois venceu dois importantes prémios: Sean Penn, magistral e que derrotou Mickey Rourke por K.O. e o do argumento original, para Dustin Lance Black, que, como Penn, e num comovido discurso defendeu o casamento de pessoas do mesmo sexo. Bem atribuído o prémio a Kate Winslow, no seu ano de ouro; depois de 15 nomeações, mais que merecidas, Meryl Streep voltará decerto, pois ela é a maior actriz em actividade.
Mais que certo o prémio para Heath Ledger (nem sei porque havia mais 4 nomeados???).
Penélope venceu devido à curta duração do papel de Viola…
Um pouco forçado o Óscar para Jerry Lewis; pergunto: sem ser um incondicional de M.Oliveira, não teria sido justo homenagear um realizador centenário ainda activo???
Sim, é português, mas a Academia já homenageou o japonês Kurosawa e o indiano S.Ray…
Enfim, critérios…e para o ano há mais!
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Sete palmos de terra (o fim)
Em cada episódio há, de início, uma morte, e é no meio do desenrolar das actividades fúnebres desse falecimento, que se vão expondo as alegrias, os dramas e os sentimentos de cada um dos personagens, não só dos componentes da família, mas dos outros que lhes estão próximos e dos que vão aparecendo e desaparecendo.
Sem nunca cair no drama profundo, e procurando encarar a morte de uma forma o mais natural possível, as personagens vão-se definindo cada vez melhor e vão-nos mostrando, apesar de todos os problemas, laços familiares profundos.
Retrato de uma América longe das grandes metrópoles, esta série teve cinco partes (seasons), e ao longo de alguns anos ganhou variados prémios, quer como série, quer nas primorosas interpretações.
Vi há pouco aqui o vídeo promocional da 4ª. parte, de longe o mais conseguido dos vídeos promocionais, e lembrei-me de mostrar o final da série, os últimos seis minutos do último episódio da 5ª. parte, em que Claire, a filha, numa viagem de automóvel, vai mostrando o que não podia ser mostrado, por ainda não ter acontecido, principalmente os falecimentos de todos os personagens principais, incluindo o dela própria (exceptuam-se os falecimentos do pai e do irmão mais velho, que aconteceram durante o desenrolar da série).
É um vídeo excelente, comovente e que jamais será esquecido por todos, e foram muitos, os que seguiram esta magnífica série.
terça-feira, 27 de maio de 2008
"Anatomia de Grey" - 2 soldados
domingo, 11 de novembro de 2007
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Tomada de posição
Pela primeira vez, na minha vida , "voto" Santana Lopes.
É completamente inadmissível o sucedido na Sic Notícias, quer o entrevistado fosse este ou outro qualquer; é uma atitude editorial da estação televisiva de Carnaxide, ainda para mais, a não generalista, que vai contra os princípios da boa educação e mostra a subserviência à vontade popular, quando nem sequer Há motivo para aquela interrupção.
não se trata do futebol ser mais importante que a política, mas sim de dar uma importância desmesurada a uma figura endeusada pelos "media".
Se isto acontecesse na TVI, se fosse passível de acontecer, por absurdo, no "24 Horas", não era justificado, mas entendia-se um pouco melhor...Agora na SIC Notícias...
Santana Lopes mostrou, por uma vez, uma dignidade e sobriedade que só tenho que louvar.
O "desconforto" da apresentadora foi notório, embora sem culpas no caso.
Lamentável.
Este é o Portugal de hoje. Mourinho ao poder, já!!!