quinta-feira, 21 de maio de 2015

Roy Lichtenstein


Roy Lichtenstein nasceu em 27 de Outubro de 1923 na cidade de Nova Iorque, numa família de classe média, e o seu pai trabalhava como corretor de imóveis.
Frequenta uma escola secundária privada em Nova Iorque, onde a arte não fazia parte das matérias educacionais.
Começa a pintar em casa e desenha por livre vontade.
Na sua adolescência desperta o interesse pelo jazz e assiste a concertos no Apollo Theater, no Harlem e em vários clubes de jazz na Rua 52, o que o leva a pintar retratos de músicos, muitas vezes tocando os seus instrumentos.
Observa Picasso em busca de inspiração.
No verão de 1939, frequenta aulas de arte no Art Students League, dirigido por Reginald Marsh, e desenha a partir de modelos ou de cenas e vistas de Nova Iorque: Coney lsland, Carnaval, Lutas de Boxe...
Conclui os estudos na escola superior, em 1940, com o sério propósito de continuar a estudar para se tornar artista. 
Devido à ênfase regional colocada pela Art Students League, Lichtenstein não sente qualquer necessidade de permanecer em Nova Iorque e ingressa na School of Fine Arts, da Ohio State University (Universidade do Estado de Ohio) uma das poucas, instituições que dá cursos e licenciaturas em belas artes.

Na Ohio State é fortemente influenciado pelo Professor Hoyt L. Sherman: "Arte trata da percepção organizada. Com ele aprendi a ver com olhos de ver". Os seus trabalhos são baseados em modelos e naturezas mortas.
.Em 1943 ingressa no Exército. Presta serviço na Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha. Desenha a natureza utilizando aguarela, lápis e carvão. 
No final da guerra muda-se da Alemanha para a França. Faz breves estudos da língua e civilização francesa na Cité Universitaire.
Volta a Ohio State University para continuar os estudos de arte dirigidos por G. I. Bill e licencia-se em Junho de 1946. 
Frequenta o programa de graduação e é contratado como instrutor.
Os seus quadros são essencialmente abstracções geométricas seguindo-se depois pinturas semi-abstractas de inspiração cubista.
Em 1949 conclui a graduação na Ohio State University, onde permanece como instrutor até 1951. 
Em 1949, casa com Isabel Wilson, mas divorcia-se em 1965. 
Participa em várias exposições colectivas na Chinese Gallery, em Nova Iorque. 
Faz a primeira exposição individual na Carlebach Gallery, em Nova Iorque. 
Nos seus trabalhos, faz referências a Frederic Remington e Charles W. Peale num estilo cubista. A sua obra torna-se gradualmente mais solta, mais expressionista.
Faz montagens de objectos fundidos e gravados em madeira, representando cavalos, cavaleiros com armaduras e índios. Os mesmos temas são utilizados na pintura que flutua entre o expressionismo e o cubismo.
Muda-se para Cleveland em 1951, onde trabalha como gráfico, projectista, decorador de montras e desenhador em folha metálica. 
Faz três exposições individuais na John Heller Gallery, Nova Iorque. 
Nascem os seus dois filhos, David Hoyt Lichtenstein e Mitchell Wilson Lichtenstein.
Lichtenstein concentra-se na pintura de temas americanos, empregando de forma exploratória o expressionismo e a abstração e pinta construções em madeira.
Em 1956, faz uma litografia humorística de uma nota de dez dólares, numa forma rectilínea, uma espécie de nota falsa: proto-Pop.
Pinta num estilo expressionista abstracto não figurativo. Ocasionalmente faz desenhos de imagens de personagens já desenhados ( Mickey, Pato Donald e outras figuras Disney).
Faz uma exposição individual em 1958 na Condon Riley Gallery, Nova Iorque. Pinturas em expressionismo abstracto.
É nomeado professor assistente, em 1960, do Douglass College, Rutgers University, Nova Jersey. 
Muda-se para Highland Park, Nova Jersey. 
Conhece Robert Watts, Claes Oldenburg, Jim Dine, Robert Whitman, Lucas Samaras e George Segal. O ambiente e os acontecimentos artísticos voltam a despertar-lhe o interesse pelas imagens proto-Pop.
Em 1961, começa as primeiras pinturas Pop: imagens e técnicas inspiradas na aparência de impressão comercial. 
Lentamente passa a desenhar de lápis para a pintura a óleo directamente sobre a tela. 
Começa a usar as imagens da publicidade que sugerem consumismo e trabalhos domésticos. 
No Outono do mesmo ano, coloca várias pinturas novas na Leo Castelli Gallery, em Nova Iorque. Algumas semanas mais tarde, vê na mesma galeria trabalhos de Andy Warhol usando também imagens da banda desenhada. (Castelli reconhece Lichtenstein como artista e rejeita Warhol.)
Em 1962, faz uma exposição individual na Leo Castelli Gallery. 
Fez parte do "The New Paintings of Common Objects" (Novas Pinturas de Objetos Comuns), no Pasadena Art Museum, a primeira exposição num museu centrada na arte Pop. Esteve também presente nos "New Realists" (Novos Realistas) exposição que teve lugar na Sidney Janis Gallery, Nova Iorque.
No ano de 1962 seus trabalhos são inspirados nos de Picasso e de Piet Mondrian.
Em 1963 participa na "Six Painteirs and the Object" (Seis pintores e o objeto) no Solomou R. Guggenheim Mascam, Nova Iorque. 
Exposições individuais na Leo Castelli Gallery; na Ileana Sonnabend Gallery, Paris, na Ferus Gallery, Los Angeles e na II Punto Galeria, em Turim. 
É concedida a Lichtenstein, a licença de um ano na Universidade de Rutgers. Muda-se de Nova Jersey para Nova Iorque.
Demite-se da Universidade de Rutgers para se dedicar exclusivamente à pintura. 
Faz numerosas exposições, entre as quais uma retrospectiva (1961-67) na Pasadena Art Museum. A exposição retrospectiva viaja por Minneapolis, Amestrerdão, Londres, Berna e Hanover. 
Casa-se com Dorothy Herzka.
Faz pinturas e esculturas em cerâmica de cabeças femininas, inspiradas na banda desenhada da adolescência. Paisagens. Pinta monumentos ou clichés de arquitectura.
Em 1966 faz pinturas modernas usando imagens dos anos trinta. 
Em 1969, passa duas semanas nos estúdios da Universal Films, em Los Angeles, como artista-residente, para fazer um filme sobre o mar para a exposição "Art and Technology" (Arte e Tecnologia) no Los Angeles County Museum of Art. 
Trabalha em Nova Iorque com Joel Freedman da Cinnamon Productions, fazendo experiências com filmes.

Faz nova exposição retrospectiva dos trabalhos (1961-1969) no Solomon E.Guggenheim Museum, a qual viaja depois para Kansas City, Seattle, Columbus e Chicago.
Expõe a "New York Painting and Sculpture: 1945-l970" (Pintura e escultura de Nova Iorque: 1945-1970) no Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.
Em 1970, muda-se para Southampton, Long Island. 
Pinta quatro grandes murais com pinceladas para a Faculdade de Medicina da Universidade de Dusseldorf.
Foi eleito para a Academia Americana de Arte e Ciência. Dois dos seus filmes sobre o mar são exibidos na "Expo'70" de Osaka, Japão.
Numerosas exposições individuais em galerias (Espelhos, Entablamentos e Tromp l'oeil) e outras obras de arte (Surrealismo, Futurismo, Expressionismo, Estúdios do Artista). 
Em 1979 executa para a escultura pública do National Eudowment for the Arts: "Mermaid", uma escultura de dez pés de altura feita em aço e betão para o Theater of the Perfoming Arts, Miami Beach, Florida.
No mesmo ano, é eleito membro da Academia Americana e Instituto das Artes e Letras.
Em 1981 faz outra exposição retrospectiva, desta vez das obras da década de 1970, organizada pelo Saint Louis Museum, que viaja pelos Estados Unidos, Europa e Japão.
Adquire em 1982 um atelier num sótão em Manhattan, além do estúdio em Southampton.
Pinta o Green Street Mural (Mural da Rua Verde) em 1983, na Leo Castelli Gallery, 142 Greene Street, Nova Iorque.
Expõe o Mural with Blue Brushstroke (Mural com Pincelada Azul) em 1986 no edifício da Equitable Life Assurance Society, em Nova Iorque.
Em 1987 exibe uma retrospectiva de desenhos no Museum of Modern Art, Nova Iorque. (Também exposta em Francfurt, em 1988.)
Participa em 1990 do "High and Low: Modern Art and Popular Culture", no Museum of Modern Art, em Nova Iorque. "One-man show" nas galerias Ernst Beyeler, em Basileia, Daniel Templon, em Paris, e Hans Strelow, em Düsseldorf.
Em 1993 faz grande exposição de retrospectiva no Solomon R. Guggenheim Museum, em Nova Iorque, tendo sido depois exibida em Los Angeles, Montreal, Munique, Hamburgo, Bruxelas e Columbus, em Ohio (terminando em 1996).
Roy Lichtensten morre a 29 de Setembro de 1997, em Nova Iorque.






















segunda-feira, 11 de maio de 2015

Maya Plisetskaya


A bailarina e coreógrafa russa , considerada uma das referências da dança do século XX,faleceu a semana passada em Munique, aos 89 anos, em consequência de um ataque cardíaco.
Maya Plisetskaya nasceu em Moscovo em 1925 no seio de uma família com ligações às artes, em particular à dança, que começou a praticar aos três anos.
Aos nove anos ingressou no Bolshoi Ballet School e aos 18 anos foi eleita primeira bailarina daquele teatro.
Considerada a criadora de algumas das inovações coreográficas e interpretativas mais importantes das últimas décadas, Maya Plisetskaya dançou durante meio século, sendo “A morte do cisne”, “Bela Adormecida” e uma versão moderna para “Bolero”, de Ravel, algumas das interpretações mais memoráveis.
Yury Grigorovich, Roland Petit e Alberto Alonso foram alguns dos coreógrafos que criaram coreografias para Maya Plisetskaya.
No dia do 70º. aniversário, em 1995, a bailarina estreou a coreografia “Ave Maya”, que Maurice Béjart criou para ela.
Oriunda de uma família judia, o pai foi morto pelo regime de Estaline em 1938 e a mãe foi enviada para trabalhos forçados no Cazaquistão, acusada de traição à União Soviética.
Nos anos 1990, Maya Plisetskaya obteve nacionalidade espanhola depois de ter dirigido o Ballet Clássico Nacional de Espanha.
Em 2005 foi distinguida com o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes de Espanha. O júri deste prémio sublinhava a importância do trabalho de Maya Plisetskaya: “Transformou a dança numa forma de poesia em movimento”.
Antes, a bailarina tinha sido directora artística do Ballet Ópera de Roma.
Em 1994 fundou o Ballet Imperial Russo.
Maya Plisetskaya vivia na Alemanha desde a década de 1990 e era casada com o compositor Rodion Shchedrin.



 "A Morte do Cisne" é um curto bailado a solo, baseado no 13º andamento, "O Cisne", da suite O Carnaval dos Animais, que o compositor francês Camille Saint-Saëns compôs em 1886. O bailado foi criado pelo coreógrafo e bailarino russo Mikhail Fokine, a pedido da bailarina, também russa, Anna Pavlova, e foi estreado em 1905.
Escolhi este vídeo, não só por ser uma das peças em que Maya mais se distinguiu, como por nele ser muito evidente um pormenor que muitas vezes é esquecido - a importância dos braços na dança, mas principalmente na dança clássica.
Claro que na dança é com os pés que é mostrado o virtuosismo dos seus intérpretes; mas a forma como os braços acompanham o movimento do corpo é fundamental.
E aqui, neste vídeo é magistral a forma como Maya Plisetskaya o faz.
Simplesmente soberbo.

domingo, 3 de maio de 2015

Cruise Patrol

E que tal uma curta de animação, muito, mesmo muito original?
Cruise Patrol from House of Secrets on Vimeo.

On a long and dusty road a routine cruise patrol takes an unexpected turn and spirals totally out of control...
Direction and edit
Bobby de Groot
Arjan van Meerten