sexta-feira, 14 de março de 2014

Grant Wood

Na sequência de outros pintores americanos já mostrados neste blog, cabe hoje a vez de falar sobre um dos maiores pintores do princípio do século XX dos EUA - Grant Wood, o maior representante do regionalismo nessa Arte, possivelmente.
Artista, artesão e desenhista estadunidense nasceu no estado de Iowa, e foi responsável pela criação de trabalhos de camuflagem para o Exército durante a primeira guerra mundial.
Com a morte do pai (1901) a sua família mudou-se para Cedar Rapids, onde ele se empregou como aprendiz numa loja de metais.
Paralelamente estudou e formou -se na escola secundária Washington High School, em Cedar Rapids, e matriculou-se numa escola de arte em Mineápolis (1910).
Passou a ensinar numa escola particular (1911) e dois anos depois matriculou-se no Art Institute of Chicago para estudar esculturas em prata (1913).
Depois de servir no exército como um pintor de camuflagem, voltou novamente a Cedar Rapids para ensinar estudantes juniores, Junior High students.
Dedicou-se ao ensino e fez quatro viagens pela Europa (1920-1928), onde estudou muitos estilos de pintura, especialmente impressionismo e pós-impressionismo, frequentou a Académie Julian de Paris e foi profundamente influenciado pelo trabalho de Jan Van Eyck.
Foi escolhido (1927) para a realização de um vitral para o edifício da legião estadunidense de Cedar Rapids, Iowa e depois de procurar em Munique, Alemanha, artesãos mais experientes que colaborassem no empreendimento, o vitral foi montado na Alemanha e quando chegou à Cedar Rapids, foi recusado pelos membros da Legião.
Em represália, o artista realizou uma obra satírica, a que chamou "Doughters of Revolution"
que atingiu os seus objetivos, ou seja, causou furiosa reação entre os legionários.
Depois deste episódio, o seu estilo evoluiu para um realismo despojado e de linhas muito marcadas, sem paralelo na pintura contemporânea, influenciado pela arte gótica europeia, e tornou-se o grande proponente do regionalismo na pintura. Com "Womam with Plants"
retrato de sua mãe, teve uma reação discreta, mas com "American Gothic"
causou enorme sucesso quando exposto em Chicago (1930).
Ajudou a fundar a Stone City Art Colony (1932) próximo da sua cidade natal, para ajudar os artistas durante a Grande Depressão.
Foi nomeado professor de belas-artes da Universidade de Iowa 1934 e morreu no hospital universitário, em Iowa City, na véspera do seu aniversário, em 1942.
Depois de sua morte, os seus bens foram para sua irmã, Nan Wood Graham, a mulher retratada em American Gothic e depois da morte desta (1990), todo o seu património juntamente com os bens pessoais do irmão e várias obras de arte, tornaram-se propriedade do Figge Art Museum, em Davenport, Iowa.

São bastantes as telas de Grant Wood que aqui mostro, a começar pelo seu auto retrato
 mas mesmo assim, foi-me custoso deixar muitas de fora; é realmente um pintor que admiro sobremaneira.




































14 comentários:

  1. Maravilhosa e merecida homenagem. Admiro muito seu trabalho... por incrível que possa parecer sempre "leio" sua pinturas de outra forma, sempre vejo algo a mais, ou interpreto de forma diferente... e tudo isto escutando Joan Baez... que postagem abencoada por altíssimo bom-gosto. Um presente para um sábado de luz! Obrigado, querido!
    Ricardo

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    1. Ricardo
      nada que se compare às tuas, mas sempre vou procurando o visual com o auditivo, de uma forma que não se choquem e se possível, se complementem.
      A riqueza de se gostar verdadeiramente de pintura reside exactamente nessa capacidade de saber "ler" uma tela de uma maneira muito pessoal...
      Beijo.

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  2. Excelente post! Parabéns!
    GW também é um dos meus pintores favoritos.

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    1. João
      Grant Wood é daqueles pintores que conseguem fazer conhecer as suas telas de imediato, tal a sua originalidade e até nalguns casos, a sua especificidade rural.
      Abraço amigo.

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  3. Muito boa escolha. Reitero o que costumo dizer: o teu blogue é um oásis, querido João, um oásis no meio de um deserto seco, sequinho, cada vez mais inóspito...

    Adoro paisagens agrárias!

    um abraço.

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    1. Mark
      nem imaginas quão orgulhoso eu fico com este teu comentário, não pelo que nele está escrito, mas sim por que o escreve - tu!
      Eu modifiquei e muito o teor das minhas postagens e fico extremamente satisfeito que haja pessoas que apreciem essa modificação.
      Abraço amigo.

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  4. Olá João!
    Bela escolha.
    Eu também aprecio Grant Wood, já publiquei textos no meu blogue que ficaram muito mais enriquecidos com imagens deste pintor.

    Gostei muito das telas escolhidas e a arte nunca é demais partilhar.

    Um bem-haja para ti.
    Bom domingo.

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  5. Mz
    tentei escolher além das óbvias, claro, aquelas que mais mostram o seu "regionalismo", mas também aquelas que subjectivamente mais me agradam; apesar de muitas e como disse no texto, se pudesse punha aqui muitas mais...
    Beijinho.

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  6. não conhecia toda a sua biografia, mas já tinha visto algumas das suas pinturas na blogosfera, de que gostei. existem até várias versões de quadros seus.
    bjs e boa semana.

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  7. Margarida
    A tela "American Gothic" é um dos mais famosos e conhecidos de toda a pintura americana. Há uma foto muito interessante do casal em que ele se inspirou para as figuras representadas.
    Beijinho.

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  8. Olá João! Eu conhecia o quadro "American Gothic", mas desconhecia o seu autor e toda a sua história. Gostei bastante deste post, acompanhado de uma bela música!

    Um grande abraço e obrigado por tudo. ^^

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  9. João
    foi esse o objectivo da postagem; ainda bem que gostaste.
    Abraço amigo.

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  10. Ro
    sem qualquer sombra de dúvida.
    Abraço amigo.

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