sábado, 5 de outubro de 2013

Jordan & Devon

Eu nem sou um grande apologista do acto a que chamamamos casamento, seja ele entre heterossexuais ou homossexuais, a não ser por facilidades legais; prefiro o "casamento" de sentimentos e de vivências, sem a necessidade de um "papel".
Apoiei sem reservas a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, pois qualquer pessoa deve ter as mesmas oportunidades e regalias, independentemente das suas afirmações sexuais.
Tenho várias pessoas que conheço que já deram esse passo, embora ainda não tivesse ido a nenhuma cerimónia, e não o lamento, pois essas cerimónias, quando acontecem devem ser intimas.
Mas, acima de tudo, conheço e tenho uma imensa felicidade nisso, muitas pessoas de ambos os sexos que estão "casad@s" há muito tempo, numa comunhão de amor.
Mas, porque esta cerimónia que aqui mostro no vídeo é toda ela muito bonita, sendo um hino ao amor, mas também à amizade de quem a partilhou com os noivos (familiares e amigos), aqui a partilho e não posso deixar de mencionar que também eu pertenço aos felizardos que amam e são amados.
Volim te, Déjan!

27 comentários:

  1. Eu discordo de vários aspetos deste post.
    Também tenho um casal gay amigo casado, e eu estava na fila da frente a apoiá-los e a usufruir da sua partilha através de uma cerimónia, íntima para os seus próximos, que foi estupendamente bonita, simples e significativa para os dois e para todos os convidados a eles relacionados. Com isto quero dizer que um casamento não é só um papel. Mark pode vir aqui acrescentar o que ele significa em termos juridico-sociais. Vai além de direitos pragmáticos. É perfeitamete normal que muitas pessoas não se identifiquem e descartem essa hipótese. Para mim, quanto mais velho, mais é um sonho. Mas já assumi a premissa oposta, quando era mais novo e achava a burocracia do amor uma balela sem sentido.
    Se um dia fizer o meu, também será íntimo, mas não anti-social. Pais, irmãos, primos próximos e amigos da vida fazem todo o sentido numa festa de partilha e oficialização de uma relação. Aliás, muitos deles são as paredes externas de apoio de uma relação para que esta não seja um invólucro fechado e imploda sobre si própria. Com a minha primeira relação eu percebi bem isto.

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    1. Alexandre
      admito que estejamos em desacordo sobre a importância legal do casamento, e reconheço que não estou completamente dentro de todos os termos juridico-sociais do mesmo, mas é a minha opinião, baseada no facto de que aquilo que é realmente importante é o amor em primeiro lugar e depois que as pessoas se sintam bem na vivência diária uma com a outra, para o que não é essencial o casamento.
      Em tudo o resto estou de acordo contigo e no meu conceito de intimidade estão exactamente as mesmas pessoas que tu referes que estariam num teu casmento.
      Aliás é uma das coisas de que eu gosto muito neste vídeo.
      Abraço amigo.

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    2. Bom, em termos estritamente jurídicos, o casamento é um contrato. A nossa lei reconhece o casamento católico e o civil nos mesmos termos, tendo o católico automaticamente os devidos efeitos do civil, não deixando nunca de ser um contrato entre duas pessoas. É um negócio jurídico. Tem implicações sociais e à luz do direito canónico terá outro sentido, o católico, claro, o que para o Estado não tem qualquer importância.

      Será mais do que 'papel' para cada um, porque para o direito é meramente um papel passado e assinado que reproduz direitos e deveres civis. Para mim, por exemplo, não o seria. Nunca pensei em casar-me, mas a ideia não me repugna. :) Até gostaria. Habituei-me em pequeno a ver o casamento como algo entre um homem e uma mulher, logo, afastando-me imediatamente do instituto. Agora, visto que é possível, acho bonito. E há tantas modalidades e acordos que praticamente só traz prejuízos para quem quer que assim seja. É um instituto tão modernizado. LOL Não queiram saber a reforma estrutural que um decreto-lei de 1977 trouxe! Imperativos constitucionais. O nosso direito civil vinha todo ele do Estado Novo, cheio de preconceitos contra as mulheres, nomeadamente, o que era incompatível com a Lei Fundamental de 1976.

      Se me casasse, convidaria todos. Tudo ao molho e fé em Deus, salvo seja. :)

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    3. Mark
      pode ser um papel importante, mas não deixa de ser um "papel" e toda a gente entende o que eu quis dizer com esse termo.
      Isso não invalida que eu pense que mais importante que o contrato assinado por duas pessoas é a real união afectiva entre elas.
      Se formos a analisar o contrato do casamento em termos estritamente legais, podemos configurar situações que nada têm a ver com o amor, como por exemplo os casamentos de conveniência.
      Abraço amigo.

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    4. João, eu não disse que discordava de ti. LOL Acho que ou ando a fazer-me entender mal ou há pessoas que lêem depressa demais o que eu escrevo. Os meus comentários exigem uma leiturazinha mais aprofundada. :)

      Eu corroborei com o que disseste. É um papel. Ponto final. :) Mais, disse que a importância que tem depende de cada um, indo de encontro ao que escreveu o Alex. Concluindo: é um papel para o Estado; cada um dá-lhe a importância que quer.

      Tens toda a razão: o que importa são os sentimentos. Falaste - e bem - dos casamentos de conveniência, embora a lei os censure e puna. A mãe deveria pensar como tu - já vai no terceiro!

      Tenho de começar a escrever dois comentários, um 'trocado por miúdos'. Mea culpa, mea culpa! LOL

      abraços a ambos (esqueci-me de incluir no comentário anterior).

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    5. Mark
      nem eu disse que discordavas, hehehe...
      Aqui não há má interpretação do que escreveste. Apenas, e ainda bem, há complementariedade de opiniões, o que eu até agradeço.
      Abraço migo.

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  2. Um casamento é um marco na vida de cada ser humano. E todos nós enquanto humanos precisamos desses marcos. Com mais um papel ou menos um papel, isso pouco interessa. Interessa a quem o assina e ponto :D

    Abraço amigo João

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    1. Francisco
      claro, cada um sabe como deve e quer proceder.
      Abraço amigo.

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  3. Também prefiro a ligação afectiva sem assinatura de contratos, mas claro que cada um faz o que acha mais correcto...
    Abraço

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  4. Eu sou a favor do casamento entre todos os sexos, raças ou credos. Sou a favor e só assim poderia apoiar a tão longa luta do casamento gay e acho que não faz sentido apoiarmos algo em que não se acredita. Acredito também que não é necessário para um casal, recorrer a este acto social quando apenas o faz porque fica bem em sociedade. Para além da tradição que está incutido na forma como somos educados, o casamento é um passo que vem de dentro e é um querer emocional que por vezes não se explica. E pronto!

    Um grande abraço para ti, João:
    Bjnhs

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    1. Completamente de acordo com o que aqui expressas, Mz.
      Beijinho.

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  5. http://www.youtube.com/watch?v=_TBd-UCwVAY

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  6. Eu acho que tu disseste tudo! E subscrevo o que disseste! ^^
    O mais importante é o Amor e serem ambas as pessoas felizes! :)

    Abraço :3

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    1. João
      nem mais uma vírgula, indo a burcar o nome parcial do teu blog.
      Abraço amigo.

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  7. eu não sou contra, independentemente de sexo ou credo. eu também acho que é um marco e quanto mais íntimo, melhor. claro que não é preciso um papel passado no notário para validar uma relação de amor, mas se é um direito adquirido, e a custo, é gozá-lo em pleno.
    e tenho assistido no youtube a cerimónias lindas, muitos casais já com filhos. são um exemplo. mais bonito é quando são casais juntos há décadas e, finalmente, casam-se. viu-se nos EUA nestes meses. magnífico.
    bjs.

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    1. Margarida
      eu não estou contra as pessoas que se casam mesmo, acho muito bem se isso for um desejo mútuo e concordo contigo que há cerimónias lindas e outras comoventes.
      Apenas e a um nível pessoal, não o faria com a pessoa que amo, a não ser por motivos legais, embora haja outras formas de proteger e contornar essa situação, como por exemplo os desejos testamentários, que contrariamente se podem e devem fazer antes de uma pessoa estar "com os pés para a cova"...
      Beijinho.

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  8. O Edu partilha da tua convicção e consagração do Casamento, eu já sou apologista do contrato que o concretiza legalmente. Durante muito tempo tb encarava a cerimónia do casamento como um mero papel, mas nos últimos anos, a minha visão mudou...
    Na prática o casamento tem as suas vantagens, muitas mesmo. E depois, há os românticos, que, como eu, floreiam tudo o que diz respeito à cerimónia e à simbologia daquele acto. :-)
    Li na diagonal o comentário que respondeste à Margarida, olha que não tenho noção que seja simples o dar a volta à coisa...se houver uma família do outro lado contra, as coisas podem ser complicadas...mas no cerne concordo ctgo, na prática o acto do casamento é um papel, uma assinatura, um mero reconhecimento.

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    1. Ima
      interessa-me a tua opinião, é evidente, pois na tua área, como o Mark, o peso dela é mais forte.
      Mas e no que diz respeito às disposições testamentárias, eu estou ao corrente, pois eu e o Duarte fizemos testamento um ao outro, universal, por causa da nossa casa comum, que só está em nome de um. E sabemos que ascendentes e descendentes terão sempre direito a um terço dos bens independentemente do beneficiário indicado; no nosso caso, descendentes não há e ascendentes, infelizmente, da parte do Duarte também não há e apenas ainda existe (e espero que por muitos anos) a minha Mãe, mas que concordou inteiramente com o que fizémos.
      O que afastámos foi a hipótese de irmãos, sobrinhos ou mais família virem a intrometer-se no assunto.
      E claro que ambos, eu e o Duarte, sabemos bem respeitar as relações afectivas um do outro.
      É esta situação que eu penso seja salvaguardada, não sendo necessário o casamento como acto jurídico para tal efeito.
      A questão romântica é outra coisa que eu também respeito muito, mas não deixo de ser romântico, embora não concorde em casar.
      Abraço amigo.

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    2. Referes-te ao casar como sendo o acto de assinar aquele contrato, né? Compreendo-o bem...
      Mas o Casar, aquele casar que nos faz entregar devotamente o coração, a confiança e o amor, aquele casar que não precisa de papeladas, que se basta com o entrelaçar dos sentimentos...esse casar, concordamos os dois ;-) e é esse que no fundo verdadeiramente importa:-)

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    3. Claro, Ima, é isso mesmo.
      Abraço amigo.

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  9. O vídeo é tãoooooooo lindo!!! Posso roubar? :-) amei amei amei!!!

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    1. Ima
      ah pois é; porque é que julgas que o publiquei?
      Foi porque gostei muito e achei que devia ser partilhado, pelo que a tua pergunta está mais que respondida afirmativamente.
      Abraço amigo.

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  10. Este casamento não se compara ao Russo.:) Casamento, penso que além de dinheiro é tempo perdido e a comprovar o que eu e tu dizemos estão o número de divórcios. O amor não precisa de papel passado e muito gente casa-se por vários motivos que não têm a ver com o amor. Se fosse o casamento a unir as pessoas só havia amor depois de casarem, não é isso que acontece e muitas vezes o casamento acaba com o amor porque as pessoas pensam que tomaram posse da outra e aí começam os problemas. Plenamente de acordo com a tua noção de casamento. Beijinhos

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    1. Mary
      até que enfim que há alguém que me compreende perfeitamente.
      Beijinho.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!