quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Fotos e telas

Apresento aqui três telas famosas de outros tantos famosos pintores: Pieter Bruegel (o Velho), Rembrandt e Van Gogh, curiosamente três pintores todos originários da Holanda.
O que aqui os reúne é que nas três telas representadas há uma impressionante semelhança com três fotos contemporâneas; duas delas são fotos apenas, em que as semelhanças são evidentes, mas são puramente fortuitas.
Vejamos o caso desta foto do N.Y.Times que mostra um grupo de crianças, pertencentes aos Mullets, um clã Amish do Ohio (EUA), com os seus característicos toucados que ocultam as suas cabeças rapadas, segundo os seus ritos próprios; essas crianças divertem-se, brincando entre elas, como tantas outras.
A comparação com uma das telas pintadas por Pieter Bruegel, da sua famosa série “Children’s Games”, é naturalmente apenas sugerida, já que figurativamente são, como é óbvio, diferentes.



O mesmo sucede com a conhecida foto de Che Guevara morto, depois do seu assassinato na Bolívia, e tirado pelo fotógrafo Freddy Alberto, em Outubro de 1967.
Tem, como o precedente caso, uma flagrante semelhança com uma tela famosa de Rembrandt, intitulada “Lição de Anatomia”, pintada em 1632.

Estes dois exemplos levam-nos a pensar se não haverá, porventura, dentro dos nossos cérebros,  imagens de arte que por qualquer motivo ficaram gravadas e que, de uma forma subconsciente nos levam a “expô-las”, nestes dois casos através de fotos; isto pode parecer ridículo, mas há quem se debruce sobre estas “coincidências”.

Já o terceiro caso, é completamente diferente.

Um fotógrafo lituano, Tadao Cern, famoso por distorcer as caras das pessoas que fotografa, num processo a que ele chama (vá lá saber-se porquê) “Blow Job”, a um dado momento viu num seu amigo semelhanças faciais com o famoso pintor Van Gogh, principalmente num dos seus conhecidos auto retratos.
O processo digital que o fotógrafo usou para “transformar” a foto original na face de Van Gogh está retratado neste vídeo

24 comentários:

  1. eu acho que o amigo era mais giro antes de ficar parecido com o Vincent :)

    quanto aos dois primeiros casos, são um bom exemplo de como é a vida imita a arte, e não o contrário.

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    1. Miguel
      tu não conheceste o Vincent, anão ser em telas...
      Concordo com o que dizes, nos casos das duas outras fotos.
      Abraço amigo.

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  2. gostei muito desse processo digital, e o rapaz de fato era parecido.

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    1. Frederico
      os processos digitais são cada vez mais sofisticados e este trabalho, embora muito curioso, não é nada com os muito complexos processos em que tantos filmes, actualmente são rodados.
      Embora aceite que são tecnologias de alto valor e com desenvolvimentos nalguns casos que permitam grandes benefícios sociais, tudo isso me assusta um pouco, pois o ser humano cada vez mais é reduzido a uma simples peça de uma gigantesca máquina.
      Abraço amigo.

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  3. Fiquei espantado com a foto do Che e a tela do Rembrandt. As semelhanças são mais que muitas.
    Abraço.

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    1. Arrakis
      como te disse, esta era a postagem que tinha em preparação.
      É realmente uma "imensa" teia de coincidências entre as telas e as fotos (não só do Rembrandt e do Che).
      Também me parece que este vídeo e o que tu puseste não serão exactamente iguais; tenho que verificar, mas parece que o teu parte da tela para a foto e não da foto para a tela...
      Abraço amigo.

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  4. A arte não só imita a vida, como também a reinventa!....

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  5. Um momento mágico da minha vida, foi quando estive pela primeira vez no museu do Van Gogh em Amesterdão :)

    Abraço amigo

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    1. Francisco
      já fui várias vezes a Amsterdão e ainda não o visitei; falha minha.
      Visitei sim, outro dos melhores museus da cidade e do mundo, o Risjkesmuseum. Neste há vários quadros do Rembrandt, apesar desta tela "Lição de Anatomia" estar num outro museu, em Haia, que também visitei.
      Abraço amigo.

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  6. apenas coincidências. ou como disse o miguel, a vida imita a arte :)
    quanto ao avanço da tecnologia, é a paga desta época de desenvolvimento. um admirável mundo novo até ou se virarem contra nós, qual terminator, ou desejarem amar, como em A.I.
    bjs.

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    1. Margarida
      confesso que me assusta um pouco o futuro, nesse aspecto (o exemplo do A.I. é muito bom), mas já cá não estarei para sofrer eventuais consequências.
      Beijinho.

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  7. Nos dois primeiros casos são muitas as coincidências, e interessantes.
    No do Van Gogh parece-me que o Blow Job até seria desnecessário por o amigo já ser muito parecido, mas o trabalho final é fantástico tb.
    Abc

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    1. Sad
      o Blow Job do fotógrafo lituano não é esta aproximação de um retrato de uma outra realidade.
      É um outro tipo de experiências fotográficas em que ele disforma o rosto das pessoas e pode ser visto na página dele http://www.tadaocern.com/gallery_blowjob.html
      ou neste vídeo http://vimeo.com/43922070#
      Abraço amigo.

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  8. Exercício muito interessante, João!
    Bom fim de semana cultural:))

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    1. Olá Justine
      vai ser um fim de semana que terá pouco de Cultura; apenas a leitura, a tentativa de minimizar a demasiado extensa lista de filmes que aqui tenho para ver, e alguma música.
      Depois, também tenho que começar a preparar as coisas para a minha ida à Sérvia (parto quinta feira) e claro: há o Benfica-Braga no sábado e a grande final do Open da Austrália, em ténis, no domingo, comigo a torcer totalmente pelo Djokovic...
      Beijinho e bom fim de semana.

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  9. A arte a inspirar a vida ou a vida a imitar a arte.

    Ou a imaginação fértil do ser humano que procura explicar tudo.

    Coincidências, João - apenas e só.

    De qualquer modo interessante.

    Abraço amigo.

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    1. Sim, Pedro
      interessante e que nos faz pensar um bocado em certas coisas da vida.
      Abraço amigo.

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  10. Fiquei a pensar ... será que alguns de nós temos mesmo certas reminiscências de um passado que não vivemos? Talvez o ADN explique (hipótese louca mas quem sabe?)!
    Um assunto muito interessante para ser falado!
    Abracinho meu

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  11. Maria Teresa
    é uma hipótese a considerar.
    Curiosamente todas estas coisas me despertam a atenção, mas devo confessar que não as aprofundo por sentir um certo desconforto ao pensar demasiado nelas.
    Por medo? Por comodismo?
    Beijinho.

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  12. Seria suposto a arte imitar a vida real, contudo, a sensação que fica é a de que a vida real imita a arte. É diferente do que deveria ser, um contra-senso misterioso... :)

    Interessante o trabalho de Tadao Cern.

    abraço.

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    1. Mark
      é como dizes; é quase uma "reencarnação artística"...
      Abraço amigo.

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  13. A vida é mesmo cheia de coincidências e além disso há uma repetição constantes de factos e situações. Beijinhos

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