segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cinema e música - 5

Enrico Caruso foi um tenor italiano, considerado, inclusive pelo ilustre Luciano Pavarotti, o maior intérprete da música erudita de todos os tempos. A sua vida deu origem a um filme americano, de 1951 – “O Grande Caruso” (The Great Caruso), em que a personagem de Caruso foi interpretada pelo grande cantor lírico Mário Lanza. Como curiosidade o facto do filme ter sido proibido em Itália, sob o pretexto de que era demasiado “ficcional” a figura de Caruso.

No vídeo que aqui deixo, fica uma cena do filme, com Mário Lanza a cantar a “Avé Maria” de Gounod, uma interpretação que no dizer dos entendidos foi a melhor de todos os tempos. Neste vídeo, Lanza é acompanhado por um rapazinho, que alguém identificou o miúdo como sendo Luciano Pavarotti, o que é impossível, já que em 1951, Pavarotti tinha à volta de 15 anos e vivia em Itália. A voz que se ouve é realmente a da soprano Jacqueline May Allen.
Deixo para comparação, o vídeo do mesmo tema, desta vez interpretado por Luciano Pavarotti, em 1978.
Como curiosidade, o facto de que os últimos tempos da vida do tenor napolitano, inspiraram a célebre e magnífica canção do recentemente falecido cantor italiano Lucio Dalla, "Caruso".
 


22 comentários:

  1. Sem dúvida fantástico! :) Se bem que eu sou fã do Mario Del Monaco! :)

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    1. iLove
      tu és um apaixonado pelo canto lírico, e como tal, vou pesquisar a interpretação do Mario Del Monaco.
      Abraço amigo.

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    2. AH! E eu gosto tanto da canção "Caruso". :)

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    3. É impossível não gostar.
      Embora sendo a melhor canção de Lucio Dalla, ele era um excelente intérprete, com uma voz muito própria dele.
      Abraço amigo.

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    4. http://youtu.be/vS9vw6Azcy8 ««« dueto com a Maria Callas. Tenho vários registos de óperas em que cantavam os dois... dizem as más línguas que eles não se entendiam e que por isso, cada um queria destacar-se mais que o outro, o que dava ao público, interpretações magníficas! :D Divas...

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    5. Fascinante. Fechei os olhos e sonhei...
      Obrigado pela partilha.
      Abraço amigo.

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  2. Ah! grande Pavarotti!
    Se bem que eu sou fã do Placido Domingo! :D

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    1. João
      é tão salutar, que num género musical, ainda e infelizmente considerado elitista, surjam em dois comentários, nomes como Luciano Pavarotti, Mario Del Monaco, Placido Domingo, além dos citados e mais antigos Enrico Caruso e Mário Lanza.
      Eles cabem todos num universo de excepcionais cantores.
      Abraço amigo.

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  3. Simplesmente divinal :)

    obgado

    abraço amigo João

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    1. Caro Francisco
      registo com agrado o teu entusiasmo.
      Abraço amigo.

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  4. o canto lírico não fez, durante anos, o meu género. quanta ignorância a minha. se bem que Caruso seja incontornável. agora presto muito mais atenção à ópera. todos os estilos musicais são válidos e enriquecem (agora lembrei-me do comentário do miguel no blogue do senhor ex-embaixador :))
    bjs.

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    1. Margarida
      eu também tive que ser auto-didacta neste género musical, mas ainda bem que o fui.
      Agora sou apaixonado por ópera, que considero uma das artes mais completa, pois envolve canto, teatro, música, bailado(tanta vez) e outras coisas mais.
      Beijinho.

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  5. é engraçado, o Mario lanza foi o primeiro tenor que "conheci", através de um single que havia na casa da minha infância, e que ainda está em casa dos meus pais.

    e aproveito a companhia dos tenores para dizer que já dei a volta pelos posts antigos, e são sempre compensadoras estas visitas aos nossos passados blogueiros: recorda-se e aprende-se :)

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    1. Miguel
      também eu, sabias? Precisamente, era eu criança mesmo quando este filme passou na Covilhã, e se não estou em erro foi mesmo o primeiro filme a estrear o então fabuloso Teatro Cine (ainda hoje é bonito).
      E também tinha discos dele, em 78 rotações...
      Abraço amigo.

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  6. Frederico
    eu diria antes, excelentes vozes!
    Abraço amigo.

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  7. Todos têm excelentes vozes mas Lucio Caruso Vence. Beijinhos

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    1. Mary
      suponho que te estejas a referir ao Lúcio Dalla a interpretar o tema "Caruso". São realmente um cantor e uma música excepcionais.
      Beijinho.

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  8. Mario Lanza e Enrico Caruso foram referências musicais ouvidas pela própria voz de Luciano Pavarotti!
    E depois fui tentando informar-me. Também estive atenta a documentários. Sabes que gosto de ler, conhecer, aprender, sempre!

    Pavarotti é para mim, único. Tu sabes! Como Maria Callas (no feminino). Vozes e sentires musicais sem par.

    O tema 'Caruso'... é algo que me toca a alma, quer interpretado por Pavarotti, quer por Lucio Dalla. Aos dois prestei tributo com muita mágoa.

    Sempre bom ler-te, João.

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    1. Fragmentos
      quando Mario Lanza faleceu, era eu ainda criança, e se vi nessa altura o filme, não me ficou uma referência especial, pois nunca fui educado para ouvir e entender a chamada música erudita.
      Mais tarde e depois de começar a apreciar ópera, interessei-me por este filme e como dizes são duas importantes referências do passado.
      Nos dias de hoje, se te acompanho sem reservas na escolha de Maria Callas, já Pavarotti é sempre um grande senhor, mas muito bem acompanhado; no entanto a sua contribuição para divulgar o canto operático foi enorme.
      Quanto ao tema "Caruso", de tão belo, duvudo que alguém possa não gostar; mas aí, definitivamente vou por Lucio Dalla...
      Beijinho.

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  9. Revejo-me tanto no comentário da Margarida. Sinto que ainda estou no início da estrada - vês a ignorância de que te falava no outro post?

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    1. Coelho
      a Margarida é uma miúda encantandora e demasiado modesta para perceber na totalidade as suas imensas capacidades, nos mais variados aspectos. É super activa, como eu gosto, tem desdobrados interesses, no que respeita a Cultura e "descobriu" agora uma coisa que ela sabe há muito tempo - que escreve lindamente!
      No que respeita ao que ela afirma sobre o canto lírico, e à ópera, em particular, e que tu subscreves, é um facto igual áquele pelo qual todos passámos, mais ou menos; sem uma formação familiar que nos leve ao gosto, desde crianças por este tipo de música, tudo fica por conta daquele bocadinho de auto-didactas que todos temos.
      Eu por exemplo, quando descobri que gostava de ópera e depois de ter visto algumas das mais conhecidas, arrisquei e levei os meus Pais a verem uma récita da "Traviata" no Coliseu; o meu Pai foi contrariado, mas no final, foi dos últimos a deixar de aplaudir, com entusiasmo. Fiquei nesse dia, muito orgulhoso de mim mesmo.
      Abraço amigo.

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