segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Voltar...


Voltar…
Voltar de uma viagem, de uma ansiada e tão necessária viagem, que correu muito bem até chegar o momento da despedida, que em vez de se tornar rotina, se torna cada vez mais difícil…
Voltar aqui ao meu espaço, mais cedo do que esperaria, pois eu sabia que iria voltar; nem sequer disse o contrário no meu último texto; apenas pensei que demoraria mais tempo…
E voltar, porquê? As razões da paragem não se alteraram muito, apesar de um ou outro regresso, (olá Speedy), e de um prometido regresso de um “velho” senhor dos blogs, (olá Ric).
Talvez não tenha sido suficientemente explícito e assim não totalmente compreendida a razão invocada da não reciprocidade dentro da blogo; como muitos sabem, a noção que tenho de um blog é de partilha, mas de uma partilha comunicativa e não apenas confessional. Daí o desabafo de alguma falta dessa reciprocidade, para mim tão importante, porque uma postagem só termina realmente com o diálogo dos comentários; daí eu comentar os comentários…
Eu nunca me queixei da falta deles, nem nunca pedi para ser comentado quando não há razão para tal. Queixo-me sim é de quem NUNCA comenta, não o meu blog, mas qualquer blog, apesar de gostar de ser comentado, (olá Carlos).
Durante este tempo, li tudo o que foi escrito aqui na blogo, pelas pessoas que sigo, e quantas vezes me apeteceu comentar, (parabéns, Luís e Gonçalo).
Vou voltar pois a aparecer, talvez menos vezes, talvez com alguma necessária selecção dos blogs que sigo, talvez não com tanta frequência de comentários, pois há mais vida para além da blogosfera.
Uma palavra para as muitas palavras de apoio, de incitamento a continuar, que me foram deixando, aqui e nalguns dos vossos blogs.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Time to say Good Bye

É altura de parar!
Dediquei muito de mim à blogosfera, e desde há muito tempo; assisti ao início e ao fim de muitos blogs e sempre fui acompanhando com palavras o seu dia a dia.
Agora vejo que a reciprocidade não existe mais: há blogs (não os nomeio, pois os seus autores sabem que é a eles que me dirijo, essencialmente) que nunca comentam qualquer blog, mas gostam muito de ser visitados; outros abandonaram essa prática e hoje estão no comodismo de pôr uma postagem de quando em quando e nada mais.
A blogosfera, está verdadeiramente doente e eu já não tenho paciência para isto; que me desculpem os bons amig@s que continuam a alimentar esta forma de comunicação tão interessante.
Vou parar! Definitivamente? Não sei.
Vou no sábado para Belgrado e aproveito esta “porta aberta” para ir saindo…

Zebras e Rinocerontes

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amour, acide et noix

Amour, Acideet Noix é um bailado coreografado pelo canadiano Daniel Léveillé  em 2001 e que faz parte do repertório da sua companhia Danile Léveillé Danse e é a primeira parte de uma trilogia que tem como restantes componentes “La Pudeur des icebergs” (2004) e “Crépuscule des océans (2007).
Gostaria de ter o bailado integral, cerca de uma hora, mas não o encontro na net. Se alguém souber se está editado em vídeo, e onde poderei adquiri-lo, fico desde já agradecido.

Quatro corpos entregues à dança, revelam o que se refugia atrás da pele, branca e estranha: água, músculos, respiração, energia, uma visão da vida, tão viva e consciente do outro, apesar de ou talvez por causa de uma necessidade para não estar completamente só.. Amour, acide et noix fala de solidão, mas também, e mais especificamente da infinita ternura do toque, a dureza da vida e o desejo de evitar ou escapar  destes organismos, muitas vezes tão pesados. Amour, acide et noix apresenta a nudez como a única alternativa verdadeira para a leitura do corpo, franca e livre de falsa modéstia. 
Afinal, a pele do corpo pode ser o traje da verdade. A música de Vivaldi é perfeita para acompanhar a evolução dos corpos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Justiça????????????????????????'

O PAÍS QUE TEMOS !


Face ao que aqui se relata, só há uma forma fazer justiça ( sem ser pela violência !), a justiça publica : é fazer circular o mais possível, para que se saiba quem são :

·        O psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas
·        a classe de alguns dos juízes que temos
·        a classe de alguns médicos que temos, gozando da protecção dos seus pares, através da sua Ordem profissional .

MAS ISTO É JUSTIÇA?!!
Com juízes e procuradores que são apanhados a copiar nos exames de concursos, que seria de esperar...???
Fixem-lhe bem a cara (e é pena não estarem os retratos dos juízes) e não lhe dêem a mais pequena oportunidade de exercer a sua profissão ou angariar dinheiro de qualquer outro modo.
Nesta sociedade de consumo e vaidades deverá ser um punição razoável...!!!


Abuso de grávida
Durante cinco meses, o psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas tornou-se no confidente de 'Ana', nome fictício, e acompanhou o crescimento da barriga de grávida da paciente, com 30 anos. No início de Setembro, 2009, quando estava a um mês de ser mãe, o médico violou-a na sala do seu consultório - adaptada de uma divisão do apartamento onde também vive na Foz, Porto.
 
Para que vejamos a cara desta aberração E NUNCA A ESQUEÇAMOS !!!! 
O médico psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas

Violada por recusar sexo oral
'Quando ela se levantou para ir embora, ele baixou as calças e ordenou que lhe fizesse sexo oral. Incrédula, ela tentou fugir, mas a porta estava trancada à chave. Agarrou-a por trás e baixou a roupa dela. Como estava com o pénis erecto, e ela estava já com alguma dilatação, ele violou-a ali mesmo', contou ao CM um familiar da vítima que tinha duas consultas por semana com o psiquiatra. Estava debilitada emocionalmente e tinha medo de não conseguir ser uma boa mãe.
'No final, deu-lhe um guardanapo para ela se limpar e disse-lhe que o que tinha feito era um segredo e esperava por ela na próxima semana', recordou o familiar. Apavorada, Ana entrou no carro para voltar para Vila Real, onde vive. Fez a viagem calada. Mas pelo caminho não conseguiu aguentar o silêncio. Contou à mãe e depois ao pai. A revolta invadiu ambos e decidiram levar a vítima ao hospital. Os exames que lhe foram realizados são inequívocos: foram encontrados vestígios de sémen do psiquiatra na vagina da grávida. Quinta-feira foi preso e no dia seguinte presente ao juiz. Saiu em liberdade e está apenas proibido de exercer a profissão e de sair do País.

PORMENORES
84 EUROS SEM RECIBO
Ana pagava 84 euros por cada uma das duas consultas semanais. O médico nunca passou recibo e 'pedia que pagassem em notas e só no fim do mês'.
TENTOU MASTURBÁ-LA
Durante as consultas, o psiquiatra fazia perguntas sobre a vida sexual de Ana. Tentou por duas vezes masturbá-la, mas ela recusou. Alegava ser uma técnica especial para relaxar grávidas.
DIZIA PARA IR SOZINHA
Incentivou Ana a ir só e de autocarro para o Porto para ficar a dormir na cidade.

ORDEM DOS MÉDICOS JÁ AVERIGUA
Após ter conhecimento da detenção do psiquiatra pela PJ, a Ordem dos Médicos decidiu abrir um processo disciplinar de forma a averiguar o que realmente aconteceu. No entanto, segundo o bastonário Pedro Nunes, só após a conclusão do inquérito do Ministério Público será tomada uma decisão. 'Vamos acompanhar o inquérito judicial e se no fim se provar que as acusações são verdadeiras tomaremos uma atitude', explicou ontem o bastonário ao CM.
Pedro Nunes diz que até prova em contrário o psiquiatra é inocente e salienta que vários são os médicos alvos de acusações infundadas. 'Infelizmente, nesta profissão somos acusados muitas vezes sem ter culpa. O trabalho de um médico é muito complexo', disse.
Também o Instituto de Droga e Toxicodependência, onde João Vasconcelos Vilas Boas exerce funções, garantiu que vai investigar o caso e a possibilidade de ter ocorrido alguma situação na instituição.
 Porto: Decisão judicial não implica expulsão da Ordem dos Médicos
"Teria sido justo se fosse cadeia"
O psiquiatra João Vasconcelos Vilas Boas, de 48 anos, manteve-se impávido e sereno ao ouvir, ontem, a sua condenação a cinco anos de prisão, mas com pena suspensa, por ter violado uma paciente, de 30 anos, grávida de oito meses no seu consultório, na Foz do Porto. A família da vítima está indignada. "A pena teria sido justa se ele fosse para a cadeia porque foi tudo provado em tribunal", disse ontem ao CM a mãe da vítima.

'COMO PODE UM JUIZ SOLTAR UM MONSTRO DESTES'
Dois meses após a violação, o pai de Ana ficou ainda mais revoltado após conhecer as medidas de coacção aplicadas pelo
TIC do Porto.
'Como é possível um juiz soltar um monstro destes', disse ao CM. Confiámos nele, que nos garantiu que ia curar a nossa
filha, mas afinal só se queria aproveitar dela', vincou o homem, que se diz 'desiludido e revoltado com a nossa justiça'.
A família tenta agora arranjar forças junto do bebé que nasceu três semanas antes do previsto porque Ana
estava muito abalada.
Uma hora após a violação, soube pela filha do sucedido. 'Fiquei cego e liguei-lhe para o telemóvel. Ele atendeu e ainda
teve a ousadia de me dizer que era tudo mentira. Que nada de anormal se tinha passado na consulta.
' Mas os exames feitos a Ana confirmaram o contrário.

A decisão judicial, que será alvo de recurso por parte do advogado do médico, não obriga a Ordem dos Médicos a expulsá-lo. Neste momento, o psiquiatra realiza trabalho administrativo no Instituto da Droga e da Toxicodependência em Campanhã, no Porto. O CM tentou ouvir o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, mas foi impossível saber qual a decisão tendo em conta a condenação.
Ontem, a juíza Manuela Paupério considerou que ficou 'provado que o arguido introduziu o seu pénis na boca da ofendida, agarrando-lhe a cabeça. Quando esta se levantou, o arguido agarrou-a, empurrou-a contra um sofá e, por trás, introduziu o seu pénis na vagina da ofendida, aí ejaculando'. A magistrada considerou ainda que os factos provam 'uma acção física violenta exercida pelo arguido sobre a ofendida, de modo a constrangê--la quer ao coito oral, quer à cópula'.
A juíza desvalorizou os depoimentos prestados por ilustres médicos arrolados pelo psiquiatra, sublinhando que o relato da vítima é mais consistente que o testemunho do psiquiatra, condenado a pagar 30 mil euros de indemnização.

ADVOGADO AGRIDE JORNALISTA
Artur Marques, advogado de defesa do psiquiatra, agrediu ontem a repórter fotográfica do Correio da Manhã, tendo inclusivamente rasgado a camisola da nossa fotojornalista quando tentava, à força, arrancar-lhe a máquina fotográfica. Tudo aconteceu depois da leitura da sentença, num corredor do tribunal S. João Novo, quando a irmã do médico tentou arrancar a máquina fotográfica à jornalista do CM, alegando não querer ser fotografada, apesar de se ter colocado propositadamente à frente do psiquiatra, vendo que a jornalista estava a fazer o seu trabalho. Prontamente, os agentes da PSP tentaram sanar o atrito. Mas o advogado Artur Marques, numa atitude muito agressiva e prepotente, tentou partir a máquina para apagar as fotografias. Só não o conseguiu graças à PSP.

APÓS RECURSO - EIS A DECISÃO FINAL DOS NOSSO TRIBUNAIS ....
Psiquiatra absolvido de violação de paciente grávida
12 de Maio, 2011

O Tribunal da Relação do Porto considerou que o psiquiatra João Vasconcelos Villas Boas, de 48 anos, que arrolou 14 testemunhas m sua defesa, entre elas Júlio Machado Vaz, e que continua a trabalhar no Instituto da Droga e Toxicodependência em Campanhã, no Porto e ainda no seu consultório na Foz, Porto, não cometeu o crime de violação contra uma paciente sua, grávida de 34 semanas, com 30 anos de idade, no ano de 2009, pois os actos não foram suficientemente violentos, apesar de este forçar a vítima a ter sexo com base em empurrões e puxões de cabelo.
 
Perfil do violador - Relatório diz que médico mente
Mentiroso e narcisista acima da média, e com tendência para simular uma boa imagem de si próprio além de ter uma atitude de falta de preocupação pelas consequências negativas que o seu comportamento pode ter nos outros.
É desta forma que os técnicos que avaliaram João Vasconcelos Vilas Boas definem o psiquiatra de 48 anos que está a ser julgado,
acusado de violar uma paciente grávida de oito meses, no seu consultório, no Porto.
O relatório da perícia em que foram ouvidos a família, amigos e colegas de trabalho do médico, que há três anos mantém uma relação com uma economista, sublinha que nas provas de personalidade a que foi sujeito se mostrou pouco sincero e com tendência para não reconhecer as suas falhas, evidenciando valores acima da média na análise à propensão para a mentira e narcisismo.
O arguido, que após ser confrontado com a denúncia da grávida apresentou três versões contraditórias dos factos à polícia e ao juiz de Instrução Criminal que o ouviu, é definido como uma pessoa egocêntrica e com capacidade para compreender os actos errados. Os técnicos entendem por isso que é imputável. Ao Tribunal de S. João Novo, no Porto, o médico - que tem dois filhos de 17 e 20 anos - confirmou ter tido relações sexuais com a vítima e diz estar envergonhado.
Está suspenso das funções no Instituto da Droga e Toxicodependência em Campanhã, no Porto.
 
O tribunal deu como provado os factos, que têm início com a vítima a começar a chorar na consulta e com o médico a pedir para esta se deitar na marquesa..
O psiquiatra começou então «a massajar-lhe o tórax e os seios e a roçar partes do seu corpo no corpo» da paciente, como se pode ler no acórdão. http://www.dgsi.pt/jtrp.nsf/d1d5ce625d24df5380257583004ee7d7/1c550c3ad22da86d80257886004fd6b4?OpenDocument
 
A mulher, que estava grávida e numa situação de fragilidade psicológica, levantou-se e sentou-se no sofá, tendo o médico começado a escrever uma receita. Quando voltou, aproximou-se da paciente, «exibiu-lhe o seu pénis erecto e meteu-lho na boca», agarrando-lhe os cabelos e puxando a cabeça para trás, enquanto dizia: «estou muito excitado» e «vamos, querida, vamos».
A mulher tentou fugir, mas o médico «agarrou-a, virou-a de costas, empurrou-a na direcção do sofá fazendo-a debruçar-se sobre o mesmo, baixou-lhe as calças (de grávida) e introduziu o pénis erecto na vagina, até ejacular». 

Para o colectivo de juízes, o arguido não cometeu o crime de violação, porque este implica colocar «a vítima na impossibilidade de resistir para a constranger à prática da cópula».
 Diz o acórdão que para que tal acontecesse era preciso que «a situação de impossibilidade de resistência
tivesse sido criada pelo arguido, não relevando, para a verificação deste requisito, o facto de a ofendida apresentar uma personalidade fragilizada».

O colectivo de juízes considera:
-  que o «empurrão» sofrido pela vítima por acção física do arguido não constitui «um acto de violência que atente gravemente contra a liberdade da vontade da ofendida»

e, por isso,

-- «impõe-se a absolvição do arguido,  
na medida em que a matéria de facto provada não preenche os elementos objectivos do tipo do crime de violação».

 Mas um dos três juízes, José Manuel Papão, não concorda com a absolvição e juntou ao acórdão uma declaração de voto em que considera
 «que a capacidade de resistência da assistente estava acrescida mente diminuída por estar praticamente no último mês de gravidez,
período em que se aconselha à mulher que na prática de relações sexuais observe o maior cuidado para evitar o risco da precipitação do trabalho de parto».

 

ANEXO UM COMENTÁRIO INSERIDO NUM JORNAL DE 12.MAIO.2011:
Importa-se de Repetir?
Médico absolvido de violação porque não foi muito violento
Relação do Porto absolveu psiquiatra com argumentos muito polémicos.
O Tribunal da Relação do Porto absolveu o psiquiatra João Villas Boas do crime de violação
contra uma paciente sua, grávida de 34 semanas, que estava a ter acompanhamento devido à gravidez.

Segundo a maioria de juízes, os actos sexuais dados como provados no julgamento de primeira instância não foram suficientemente violentos. Agarrar a cabeça (ou os cabelos) de uma mulher, obrigando-a a fazer sexo oral e empurrá-la contra um sofá para realizar a cópula Z

não constituíram actos susceptíveis de ser enquadrados como violentos.
Imprecaução óbvia, mesmo se populista: - e se fosse a vossa filha ou mulher?
Melhor: e se fossem vocelências a serem lixados com ph?

PARA FINALIZAR:
Como é que uma mulher grávida de 8 meses, consegue ter a mobilidade necessária para se libertar e fugir dentro do próprio consultório do violador - trancada á chave ???
E que provas é que serão necessárias para que uma violação como esta careça de:
-  MAIS VIOLÊNCIA para ser punidas por lei   ???
NÃO BASTA POR SI SÓ AO QUE A VITIMA FOI SUJEITA ?
Que merda de juízes são estes que se "balizam"nos pontos e virgulas da lei cega, surda e muda, para virem agora dizer que esta BESTA está absolvida porque o crime não foi violento !!
Devia ter-lhe dado alguma facada na barriga ?
Ou, sei lá, mata-la até, quem sabe se é isso que a lei "obriga".
Que merda de Justiça é esta e que caraças de PAIS É ESTE ???
SERÁ QUE ESTE ANORMAL É DA FAMÍLIA DE ALGUM POLITICO OU DE ALGUM JUIZ???
NÃO SERÁ DE CERTEZA DA CLASSE MÉDIA...!!!
PARA TER LEVADO COMO TESTEMUNHA O PSICÓLOGO MAIS CONHECIDA DA NOSSA PRAÇA: Júlio Machado Vaz
O TEMPO O DIRÁ !!!




">ALGUÉM SABE QUEM SÃO OS INCOMPETENTES QUE FIZERAM ESTE JULGAMENTO? NÃO ESTARÁ NA HORA DE SEREM JULGADOS POR QUEM, DE FACTO, SABE DAS LEIS QUE QUEREMOS QUE SEJAM IMPLEMENTADAS?
ALGUÉM SABE SE ELES TÊM MULHERES OU FILHAS A QUEM SE POSSA FAZER O MESMO QUE O ANORMAL AGORA ILIBADO FEZ À SENHORA GRÁVIDA DE OITO MESES?
JÁ QUE NÃO SE É PUNIDO POR ISSO...



(Recebido por mail)







"Um Homem Sem Importância"

Ontem, vi um filme de 1994, que me “encheu as medidas”.
Trata-se de “Um Homem Sem Importância” (A Man Of No Importance), de um realizador de que nunca tinha ouvido falar, Suri Krishnamma, especializado mais em séries televisivas e passado no início dos anos sessenta do século passado, em Dublin.
Como se sabe, Dublin foi o berço de um dos maiores vultos da literatura moderna, Óscar Wilde, e este filme é, de uma certa forma, ao longo da sua história, uma homenagem ao grande dramaturgo e homem de letras, que foi Wilde, e até o título tem algo a ver com uma das suas mais conhecidas obras – “A importância de se chamar Ernesto”.
Também é conhecida a outra faceta de Wilde, a sua homossexualidade e toda a tragédia que sobre ele se abateu nos últimos anos de vida.
Neste filme, o protagonista é um revisor de uma carreira de autocarros urbana, numa Dublin, muito conservadora, católica e demasiado pachorrenta. É um homem de meia idade, devotado às letras, principalmente poesia e teatro, tendo OW como grande mentor, e que é um homossexual não assumido, tendo uma paixão platónica pelo condutor do autocarro em que ambos trabalham, um atractivo jovem, a quem chama afectuosamente Bosie, o jovem amante de Wilde.
Com os habituais utentes da carreira onde trabalha, cria laços de amizade e estes, homens e mulheres de meia idade e pouca cultura gostam dos seus poemas e colaboram com ele na montagem de peças de teatro.
O nosso amigo resolve montar uma peça, mais ousada, de Wilde (obviamente), “Salomé”, desafiando assim o meio conservador em que está integrado; encontra numa nova e bonita passageira da carreira a intérprete ideal, pura aos seu olhos e a quem chama princesa.
Mas nem tudo é o que parece, nem tudo é como se quer: devido à descoberta da realidade da vida da sua “princesa” e depois de ver o seu platónico apaixonado beijar uma jovem, o protagonista resolve assumir-se como é realmente e assume a personagem real de Wilde, publicamente e sofre as naturais consequências. Acaba com uma réstia de esperança ao ver o regresso do seu Bosie, para junto de si, e ao ver o apoio dos seus amigos de sempre.
Para desempenhar este papel foi escolhido um dos grandes actores ingleses, Albert Finney, que tem aqui uma interpretação fabulosa, bem acompanhado por outros dois conhecidos nomes: Brenda Fricker e Michael Gambon.
Escolhi apresentar dois vídeos, o trailer e uma cena, para mim, a melhor do filme, em que Finney mostra o extraordinário actor que é, quando recita uma conhecida fala de Óscar Wilde ("love that dare not speak its name").

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Capas gays de discos (2)

Aqui há umas semanas publiquei um post com capas gays de discos e prometi na altura, que viria a publicar mais uma série, mas apenas de discos portugueses.
Não foi fácil a escolha, pois a oferta é muito grande, mas cheguei a uma selecção, obviamente muito subjectiva:
E este vem com um anexo, que mostra as "meninas do coro"
E para finalizar em beleza, não é uma capa de disco, mas sim uma foto que o nosso "distinto" José Cid tirou para comemorar um qualquer prémio de disco de ouro, ou platina, ou coisa do género...

domingo, 2 de outubro de 2011

Viagens - 1

Início aqui uma nova rubrica, sobre viagens.
As viagens que eu fiz, desde que me lembro e aquelas que me deixaram lembranças, quase todas boas; vai haver várias postagens, mais ou menos classificadas e vou tentar, dentro do possível, respeitar a cronologia…
Hoje vou referir-me apenas às primeiras viagens, as viagens da minha meninice, que eu fiz, sempre ou quase sempre acompanhado pelos meus Pais.
Há duas categorias de viagens desse tipo que me marcaram muito: aquelas que fiz a Lisboa, e não foram muitas; e as de todos os Verões até à Figueira da Foz, desde muito criança até ter autonomia para ter férias sozinho.
Das viagens a Lisboa, além daquelas visitas habituais ao Jardim Zoológico, ao Aquário Vasco da Gama e a alguns monumentos, recordo-me principalmente da atracção que Lisboa tinha sobre mim, com o seu movimento automóvel, a muita gente nas ruas, os ruídos e os hotéis (como eu gostava dos hotéis!)

Chegava a ficar horas à janela do quarto do hotel, na Baixa, a ver o trânsito na rua, e as pessoas. E uma vez houve que fiz aquilo que para mim foi uma aventura: estávamos hospedados no Hotel Vitória, onde hoje é o PCP, na Av.da Liberdade e os meus Pais foram depois do jantar, ver uma revista ao saudoso Teatro Avenida, mesmo ali ao lado, que seria anos mais tarde consumido pelo fogo, e eu fiquei no hotel, sem autorização para sair, claro. Mas, fiz uma coisa, para mim, extraordinária: saí, atravessei a Avenida e fui ao conhecido Café Lisboa, muito perto do Parque Mayer, ao quiosque, comprar revistas de cow-boys para ler no quarto – senti-me um herói!

Já quanto às idas para a Figueira da Foz, aconteciam sempre no dia 1 de Agosto e ia o carro a abarrotar, connosco e com coisas, pois era um mês inteiro que ali passávamos, sempre numa casa alugada, no chamado Bairro Novo, cerca do Casino.
Esses Verões foram inolvidáveis, já que eu adorava aquela praia e era a praia onde veraneava toda a família (a primalhada toda) e muitas famílias amigas. A praia, os banhos, os passeios de bicicleta alugadas ao Alves Barbosa,os jogos de máquinas automáticas no Casino Oceano, os carrinhos de choque, as saídas em grupo, já adolescente, com uma guitarra a cantar por aí, as idas ao Casino, os cafés na Caravela, os bifes à noite na Agostinha, a ida à pesca, depois apareceu o Tubarão, na marginal, com música para dançar…Enfim, fiquei sempre ligado àquela terra de que continuo a gostar muito.
E há uma outra viagem familiar que não esqueço, e que foi a minha primeira ida a Espanha, com os meus Pais e irmãos; fomos a Salamanca e Madrid. Os Preciados deixavam-me louco e a Gran Via era qualquer coisa do outro mundo.
Curiosamente, nunca mais viajei com a família, excepto uma vez, já depois da morte do meu Pai, que levei a minha Mãe comigo a passar uns dias a Madrid.

(A foto de Lisboa é de 1954 e a da Figueira da Foz é de 1950)

Esta canção de Maria Clara, é quase tão linda como a própria  Figueira. Já se não fazem canções assim.

Este texto foi enviado como participação para o tema proposto pela "Fábrica de Letras"


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