segunda-feira, 26 de julho de 2010

" O Orgulho"


É este o título de um post que me foi recomendado (em boa hora) pela minha amiga Sairaf, e que foi escrito pelo autor do blog  O ALFAIATE  LISBOETA, tendo pedido por mail ao seu autor permissão para o transcrever aqui no meu blog, o que ele amavelmente aceitou e que mais uma vez agradeço.
Penso que um texto destes faz mais pelo combate à homofobia do que muitas acções previamente preparadas para esse fim; são testemunhos destes que precisamos para combater preconceitos e derrubar ideias perfeitamente aberrantes acerca da vida dos homossexuais e lésbicas.
Claro que o autor teve alguns comentários pouco agradáveis, como se esperaria, pese embora, houvesse mais aceitação que repúdio.
Aqui vai, com o devido respeito, o texto:


"nunca vi tantos paneleiros na minha vida". Foi assim que começou a minha passagem pela parada gay. Foi no táxi que apanhei no aeroporto que soube do evento. Pelo motorista, um madrileno de 25 anos que antes de andar nas rondas trabalhou 5 anos nas obras. Com base no meu senso-comum repleto de presunções sociológicas diria que dificilmente um português com a mesma trajectória falaria daquele evento num jeito tão natural. Sem um único travo de crítica ou escárnio. Falámos da parada da mesma forma que percorremos os caminhos das nossas selecções na África do Sul ou que trocámos números sobre a taxa de desemprego de cada um dos nossos países. Fui a Madrid visitar um amigo e curiosamente foi ele (que não é propriamente o maisgay friendly dos meus amigos) quem sugeriu que passássemos pela parada. E foi já no meio da festa que repeti com surpresa sincera "foda-se, nunca vi tantos paneleiros na minha vida". "paneleiro" é um termo feio. Primeiro na sua fónica e depois no seu sentido. Tanto assim é que o emprego mais vezes para falar de tipos que não me merecem o respeito que propriamente de tipos que se deitam com outros tipos. Mas não é sobre palavras ou glossários pessoais que me apetece falar. Até porque não planeio fazer nenhum mea culpa por não empregar os vocábulos mais precisos ou diplomaticamente correctos. É sobre a diferença, e sobre a forma como a olhamos. Parece reinar uma obsessão de identificar tudo o que se destaca daquilo que temos por regra. E de aplicar uma censura social em torno dela. Mais que uma lei ou uma proibição, a censura sobre o que quer que não ande alinhado com uma dada consciência colectiva pode ser a forma mais cruel de julgar alguém. Enquanto corríamos os inúmeros autocarros que compunham a parada ia reparando na quantidade de homens musculados, de traços viris e aparência masculina que iam revolucionando q.b. a minha visão pré-definida, limitada e um tanto ou quanto arcaica daquela que é ou deixa de ser a imagem de um gay. Não vos vou dizer que me é completamente indiferente ter ao lado um bodybuilder a olhar-me de alto abaixo como se eu fosse o seu brinquedo sexual predilecto para aquela noite mas a verdade é que não estou em condições de vos garantir que, nunca na vida, lancei olhar idêntico a uma miúda bem feita e, entre uma atitude e outra, não vejo porque raio a do matulão madrileno haverá de ser mais censurável que a minha.

Não nasci ensinado a lidar com a diferença. Devia ter uns 12 ou 13 anos quando numa manhã ia a passar junto à secretaria da minha escola. Na fila estava o único rapaz do liceu que nunca se deu ao trabalho de negar que simpatizava com moços bonitos. Lembro-me tão bem… Passei e comentei alto "as bichas na bicha". E fi-lo com a sensação que estava a proclamar o trocadilho mais sofisticado à face da terra. Acendeu-se um rastilho de esgares e risadas em torno do miúdo que já parecia lidar com colegas estúpidos como eu como se de uma inevitabilidade nos tratássemos. Não foi há muito tempo que me cruzei com ele de novo. Faltou-me coragem para o abordar e pedir desculpa por qualquer mau bocado que a minha brejeirice lhe tivesse infligido um dia mas, em verdade vos digo, sinto-me em falta com ele. A censura social consegue ser, muitas vezes, mais castradora que qualquer lei. Tenho a certeza que o número de aceleras que se gaba de fazer parte do percurso entre Lisboa e Porto ao dobro do permitido por lei vai diminuir brutalmente, não no dia em que as penas se agravaram, mas na hora em que sentirem que o indicador do seu velocímetro não merece mais a aprovação daqueles que os rodeiam. E parte do problema da intolerância sexual reside precisamente no facto de, em muitos meios tidos como sofisticados, se cultivar uma certa homofobia. Reside no aparente orgulho que parece existir entre aqueles que rejeitam qualquer diferença relativa à sua própria condição. Chego a ficar com a sensação que a homofobia é para muitos homens, uma forma de afirmação da sua própria virilidade, como se a rejeição de uma orientação sexual diferente da sua lhes assegurasse, simultaneamente, níveis olímpicos de testosterona e o reconhecimento da sua masculinidade pelos seus pares.

Para uma criança o sentimento de marginalidade é provavelmente o cenário mais aterrador que se lhe poderá desenhar. Num ambiente homofóbico, qualquer adolescente que sinta atracção física por alguém com quem partilhe o balneário arriscar-se-á a sentir isolado num mundo que não lhe parecerá ter sido desenhado à sua medida. Arriscar-se-á a sentir que, ele mesmo, não tem lugar na concepção de condição humana que lhe transmitiram e que ele próprio assimilou. É assim que imagino uma miúda que se dê conta que o seu ser a impele para uma referência corporal feminina ao invés das idealizações masculinas que o mundo em que ela se inscreve lhe impinge. E este direito, o de projectarmos os ímpetos sexuais que nos impelem sobre o género que bem entendermos deveria ser um direito inalienável, tal qual… (repito, tal qual) o direito à declaração pública dos nossos afectos. E sinceramente, dispenso grandes erudições ou reflexões académicas sobre a matéria. A resposta está no mundo físico, tangível e acessível a todos. Porque a minha orientação sexual se exprime através de uma coisa muito simples – a minha pila. Porque nem o mais bem-falante behaviorista me conseguiria convencer de que a minha sexualidade não acabaria sempre por ser comandada por ela. Porque ela nunca me deu a escolher sobre os critérios que determinam a sua erecção. Porque ela não me perguntou nunca se eu queria ou não sentir tesão por mulheres. Não escolhi gostar de peles sedosas, braços delicados ou contornos femininos. Não escolhi, na minha infância, ter amores platónicos pelas minhas primas mais velhas, sentir-me atraído por amigas mais novas lá de casa ou, já na adolescência, ter tido sonhos molhados com a filha de uns amigos de uns amigos com quem me cruzei numa festa. Não escolhi ser muito ou pouco normal aos olhos dos outros. Não escolhi gostar de mulheres. Como também não vou poder escolher pelo meu filho. Não vos vou mentir. O ideal tipo para a minha descendência não passa por ter um filho gay. Agrada-me pensar que o meu filho saia com metade das miúdas de Lisboa e tenha a outra metade a suspirar por ele. Que seja respeitado entre o seu grupo de pares, que prefira apanhar umas chapadas a virar as costas a um puto que o insulte; que seja inteligente, bonito, dotado de sentido de humor e, já agora, que não seja o puto que, invariavelmente, passa o jogo inteiro à baliza. Eu tenho direito a traçar os ideais tipo que bem entender para o meu filho. O que não me permito é amá-lo menos se ele não for nada do que eu tiver idealizado. Se for o miúdo a quem roubam recorrentemente o lanche no recreio, a quem ordenam que passe o jogo inteiro na baliza ou aquele que venha um dia a gostar de rapazes.

A parada é um fenómeno impressionante. E estava realmente impressionado com a quantidade de (supostos) “paneleiros” que estava a ver naquele dia. Vi dezenas de autocarros numa avenida que desistimos de percorrer ainda a meio. Pedi autorização para subir àquele cujo visual me agradou mais e tirei meia dúzia de fotos indiscriminadamente. E foi neste autocarro que nasceu estepost. E ainda bem que o escrevi. Porque se o fiz foi porque aquilo que me faz sentido neste blog é escrever sobre o que cada um dos meus retratos me diz, sobre o que cada um destes retratos me lembra e sobre cada um dos sítios para onde estes retratos me transportam. Porque, na verdade, o orgulho que dá o nome a estepost não é necessariamente o orgulho gay. É também o orgulho que tenho em ter escrito este post. Porque se deixar os meus amigos homofóbicos a fazer contas de cabeça é sinal que já valeu bem a pena tê-lo escrito. Porque se não tivesse tido coragem para o ter escrito aí sim… Independentemente dos meus apetites e voracidades sexuais… Se qualquer receio me tivesse impedido de escrever este post… Aí sim, aí seria um grandessíssimo paneleiro

34 comentários:

  1. Belíssimo o texto que aqui nos deixas hoje.
    A diferença é sempre uma merda para ser aceite. Sou alentejana e ainda me lembro de em mais nova, quando saía daqui, tentar de alguma forma dissimular o meu arrastado sotaque. felizmente a vida vai-nos dando sabedoria para ir acentando as nossas diferenças e principalmente as dos outros, e acima de tudo a termos orgulho nelas.
    Ps: A musica de fundo é um espanto, sou perdida pelo David Bowie ;D

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  2. Que todas as paradas, viagens de taxi, festas e jogos de futebol resultem em pensamentos e afirmações destas.

    Beijinho,

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  3. Meldevespas
    as diferenças são apenas características da nossa maneira de ser e nunca devem ser motivo de não as aceitarmos; antes pelo contrário, se fazem parte de nós, temos que as defender como algo que é mesmo nosso...
    A inclusão deste tema do David Bowie não é por acaso: queria aqui a voz deste cantor e a interpretar aquela que é porventura a canção que melhor define a sua maneira de ser.
    Beijinho.

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  4. Izzie
    seria óptimo, realmente; que fosse apenas mais um tema de conversa, sem gozos e sem ironias...
    Beijinho.

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  5. hummmm...complicado...bem complicado...e é tudo o que posso dizer, porque estes textos merecem uma daquelas boas conversas que podem durar horas...tem muito que se lhe diga... bom e mau, mas na sua génese tem uma moral positiva, por isso, de si é de louvar.cada cabeça sua sentença né?:-)

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  6. Por acaso fui ler esse texto na fonte, seguindo o link proposto pelo teu(tua) amigo(a). Li os comentários lá escritos e fiquei impressionado com alguns...
    Acho o texto muito bem escrito e sincero, se é que neste mundo virtual "sinceridade" é assim tão identificável.
    Acho muito bem este "transplante" que fizeste para o teu blog.
    Abraço

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  7. Ima
    o que eu gostei mais neste texto é a forma como ele está escrito: na primeira pessoa e aceitando que nem tudo o que o autor disse e fez ao longo da sua vida foi o mais correcto; mas concluiu que a sua visão não era perfeita e não sendo homossexual, percebeu vendo uma manifestação como o desfile gay em Madrid, que afinal ser diferente é uma normalidade.
    Para perceber bem isso é necessário ter assistido alguma vez a esse desfile em Madrid, ver a adesão popular, ver que é uma festa de toda uma cidade, ver como na Chueca, à noite, há mais gente do que na noite de Santo António em Alfama, e nessa multidão são milhares os que não são gays!!!
    Depois de assistir a isso, talvez muita gente se questione e conclua que estava errado.
    Abraço grande.

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  8. Catsone
    fizeste bem em ir à origem, pois os comentários mostram bem o mundo que rodeia o autor e também os habituais "anónimos" que muitas vezes são afinal pessoas bem conhecidas e que sob essa capa cobarde só mostram ainda mais como é desprezível a sua homofobia.
    Abraço amigo.

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  9. No início da adolescência, ser tido como paneleiro era demolidor, mesmo que me desse prazer sê-lo (ou, melhor dito, praticá-lo). Com a passagem dos anos fui percebendo melhor quem eu era de facto e reforçando a minha segurança. Também fui conhecendo não só sexualmente outros paneleiros, mais ainda ao nível cultural. Talvez tenha sido com o Gonçalo e com o seu amigo-correspondente de então Bruce LaBruce que no final do anos 80 (talvez início dos 90) o termo "queer" começou a entrar no meu vocabulário e a ter algum sentido para mim, como algo que está para além do mais vulgarizado "gay". No meu vocabulário actual, paneleiro já não significa o que significava quando eu tinha 14 ou 15 ou 16 anos e fodia com montes de rapazes. Hoje refiro-me a mim próprio e a outros como eu usando paneleiro sem qualquer carga negativa (pelo meu lado). Se alguém tentasse provocar-me ou ofender-me chamando-me paneleiro, isso só daria lugar ao esclarecimento de que efectivamente o sou. As palavras valem o que valem e será que essa não é a verdade?!... Eu acho que é! E depois?... Abraço,

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  10. Caro Luís
    é evidente que as palavras dependem muito de quem as diz e principalmente da forma como são ditas; e no que se refere às palavras normalmente conhecidas como ofensivas, isso ainda tem mais força.
    basta ver como os nossos amigos espanhóis se denominam a si próprios, quando é o caso, de "maricones" sem a mínima carga ofensiva, ao passo que nós aqui, se ouvimos falar de maricas, ficamos logo sobressaltados.
    Neste texto, esta diferente abordagem da palavra "paneleiro" parece devidamente exemplificada.
    Abraço grande para ambos.

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  11. Cá vai um especial Abraço-te, pelo blog indicado, Mto Bom...Mto Obg.


    Abraço-te

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  12. Abraço-te
    vou voltar o que já muitas vezes referi aqui: a partilha é fundamental na blogosfera.
    Abração.

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  13. Há palavras e palavras, todas elas fáceis de dizer dependendo do contexto e do modo com são pronunciadas...Há palavras que se vulgarizam outras que saem do léxico de cada um.
    "Palavras leva-as o vento" .
    Algumas palavras são meras etiquetas.
    O texto, que em boa hora reproduziste, revela a sabedoria de alguém que é honesto para consigo mesmo e que sabe trilhar com dignidade e aceitação as escolhas individuais de cada um de nós. Parabéns para o autor do texto e para ti que o trouxeste até nós!
    Abracinho

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  14. Um texto genial!
    Obrigado por divulgares.

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  15. Maria Teresa
    embora o peso das palavras tenha o seu interesse, penso que aqui, mais do que esta ou aquela palavra, o que tem verdadeiro interesse é o texto em si.
    Beijinho.

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  16. Olá X
    foi e será sempre um prazer divulgar aquilo de que gosto verdadeiramente.
    Abraço grande.

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  17. Amigo João

    Gostei muito do texto! Senti entretanto curiosidade em visitar o blog do "Alfaite" e ler os comentários sobre o texto.
    A maioria elogiosos, alguns bastante críticos, mas simultâneamente pouco racionais!
    Vivemos num mundo homofóbico, em que exitem pequenas ilhas de tolerância e excepções indiviuais de pessoas que sendo heterossexuais, são expcionalmente lúcidas.
    Se este texto tiver feito pensar melhor um homofobo que seja, já terá sido muito bom!
    Não se mudam mílénios de discriminação de um dia para o outro. Todas as ajudas e ajudas inteligentes como estas, são contudo um passo muito importante no bom sentido.
    Obrigado por fazeres esta divulgação, ela é também um magnifico contributo.
    Um abraço
    Luis

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  18. Luís
    tal como o Catsone fizeste muito bem em ler os comentários, que são como referes.
    E na pequena introdução que faço ao texto, refiro precisamente o que dizes, quando afirmo que poderá ser este texto tanto ou mais importante do que muitas manifestações contra a homofobia, por muito necessárias que estas sejam.
    Porque sempre me considerei normal e porque sempre condenei quem se quer meter dentro de um gueto de verdades absolutas (não as há), a minha contribuição para a causa LGBT tem sido a minha vida e a forma como a encaro; esta divulgação é mais um passo, apenas.
    Abraço grande.

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  19. João, veio-me à memória a "célebre" crónica (que nos levou ao conhecimento), apenas pela frase com que inicia.
    Mas depois rapidamente vi que nada tem a ver.

    Muito bem escrita esta crónica, um texto excelente.
    Concordo contigo, que este tipo de textos é mais eficaz no combate à homofobia que outra coisa qualquer.
    Por se expor e dar a sua opinião, já vi nos comentários do seu blogue o "carinho" a ignorância de algumas pessoas.
    Abraço.

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  20. Miguel
    sim o começo faria pensar nisso, mas os dois textos estão nas antípodas.
    E já agora, abençoado (pois foi um padre que o escreveu) texto esse, pois permitiu estabelecer contacto contigo e levou ao desenvolvimento de uma bela Amizade entre nós.
    Abraço grande.

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  21. Gostei muito do texto e a escolha da música não poderia ter sido outra. Parabéns aos dois. Um pela escrita e tu pela música.

    O texto dá pano para mangas...

    Forte Abraço
    Francisco

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  22. Olá Francisco
    a escolha da música foi realmente aquela que eu quis, pois adapta-se na perfeição ao texto.
    Este é brilhante, e como bem referes dá pano para mangas.
    abraço amigo.

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  23. Este texto é uma reflexão profunda ao eu do autor. Ele consegue ir buscar recordações que de certa maneira ainda lhe pesam, consegue reflectir sobre a diferença que existe e deve existir no ser humano. Nós deviamos cultivar a nossa diferença e assumi-la, só assim conseguimos ser felizes, afinal é para isso que aqui andamos. Assumir ser homossexual talvez não tivesse sido fácil há uns anos atrás e talvez não o seja hoje. A sociedade em que vivemos tende a marginalizar todos aqueles que têm ideias e gostos próprios e a moda é um exemplo disso. Eu habituei-me a viver com os meus gostos e a não seguir modas. Sempre achei que o meu corpo era único e por o ser tinha que aprender a conviver com ele, a vesti-lo e a conhece-lo sem me deixar influênciar, sem seguir padrões, sem me importar com o que os outros pensam. Agi assim sempre, em todas as situações da minha vida. Fui e sou eu. Cada um deve orgulhar-se de ser ele próprio e nunca se deve orgulhar de seguir alguém. Habituei-me a respeitar os outros como quero ser respeitada por isso respeito a homossexualidade, respeito todos os que têm gostos e opções diferentes das minhas. Afinal nós não somos produção em série e assim sendo somos diferentes, nem melhores nem piores, diferentes.
    Beijinhos

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  24. Brown Eyes
    sinto-me, como o autor do texto, muito orgulhoso; não de ser gay, mas de ser EU, exactamente nos termos que identificas no teu belo comentário.
    E sinto-me orgulhoso, como ele, por ter ao longo dos já vários anos que levo na blogosfera, encontrado pessoas excepcionais, algumas das quais (cada vez mais, um pouco devido aos jantares dos bloguistas) já tive o prazer de conhecer pessoalmente, embora isso não seja o mais importante. Importante é conhecê-los naquilo que as suas palavras reflectem sobre aquilo que são.
    E sinto que estás a ingressar nesse grupo, não pelo que escrevo, nem pelo que escreves, mas pela compreensão que ambos temos da vida, que não será exactamente vista sob os mesmos parâmetros, é óbvio, mas coincide numa visão justa da sociedade em que estamos inseridos.
    Obrigado.
    Beijinho.

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  25. Belíssimo e muito sincero este texto. Mesmo não entendendo algumas expressões ou palavras porque a lingua portuguesa daí é diferente daqui, gostei muito do que li.
    Parabéns por reproduzir.
    Vou conhecer o blog dele também.

    Ah, uma novidade;
    Você é o comentarista número 1 do meu blog ,veja o ranking lá depois.

    Abraço amigo, ótima semana.

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  26. Olá Glauco
    podes ter acesso ao blog através do link que deixei no post; basta, tirar a parte do post no link e fica o endereço do blog.
    Fico satisfeito por ter obtido a distinção de que falas, apesar de não comentar todos os teus posts, claro.
    Beijo.

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  27. Olá pinguim,
    sabia que o texto iria toca-lo, obrigado por me mencionar no seu mundo, sinto uma enorme honra, sei que não posso mudar o mundo, mas posso mostrar às pessoas que me rodeiam que podem ser pessoas melhores!!

    abraço muito apertado
    com carinho
    Sairaf

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  28. Sairaf
    como poderia não mencionar-te, se foi por teu intermédio que tive conhecimento deste texto?
    É da mais elementar justiça; só tenho que te agradecer.
    Beijinho.

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  29. É bom ver que em diversas situações palavras e atitudes destas estajam já a cair em saco roto, um espelho da ignorância e homofóbia que mais e mais se tornam inaceitáveis.

    Sempre que posso gosto de por a pensar quem as usa, sinto orgulho por quem o faz sem sequer saber que estou ali ao lado e sou gay, sinto orgulho por ver a minha mãe a virar-se contra quem abre a boca suja da homofobia.

    Ainda à muito caminho para abrir mas é bom ver a luz ao fundo do túnel ficar cada vez maior!

    Grande texto que aqui partilhas. ;)

    Abraço grande

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  30. Félix
    penso que é muito importante dar testemunho destes pequenos passos; claro que a homofobia reina, mas cada voz que a contrarie, já é uma pequena vitória.
    Abraço grande.

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  31. Olá João! Excelente texto e tens toda a razão, textos ou testemunhos como este, dão um enorme contributo para mudanças de atitudes. Hoje, a propósito de uma notícia vinda a público sobre uma possível injecção anti-filha-lésbica inventada por uma endocrinologista norte-americana, apeteceu-me sugerir que alguém se ocupasse de inventar uma vacina anti-preconceito que fosse incluída num plano de vacinação internacional da OMG!! Era uma ideia, não? :)Até me sugere um pequeno conto, rrsss. Pode ser que ainda o escreva...:)Beijinhos com saudades e boas férias!

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  32. Eva
    só acredito no que aqui dizes, porque tu o afirmas.
    Com atitudes dessas, precisamente nos antípodas daquela que aqui é transcrita envergonha todas as mães do mundo.
    Deves escrever o conto e...publicá-lo.
    Beijinho.

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  33. por acaso, já tinha dado com este texto (sigo o blogue porque tinha ouvido uma referência elogiosa ao mesmo - por causa das fotografias e dos textos). não me admiro que o tenhas achado bom, porque é uma excelente reflexão de uma visão de fora. e são precisas - e muito mais eficazes - as visões de fora para, justamente, demolir preconceitos.

    abraço

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  34. Paulo
    é precisamente a origem do texto que o enriquece, e é escrito sem concessões, não é hipócrita, nem para com ele mesmo, pois acaba por ser uma auto-critica.
    Abraço grande.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!