domingo, 28 de março de 2010

Machões!!!

Em tempos de "recolhimento" (...) e oração (ontem fui à "Catedral" e hoje, pela primeira vez ao Cristo Rei (é verdade!), nada melhor que um pouco de "bichisse" (de vez em quando até tem graça)

quinta-feira, 25 de março de 2010

A verdadeira "prenda" vem amanhã...

Infelizmente, a prenda desejada não me foi dada, não por culpa do Déjan, mas porque algo está mal equacionado na conclusão daquela última cadeira do curso, que mais uma vez não foi superada.
Conheço o Déjan suficientemente bem, para saber que tal não se deve a falta de estudo e muito menos a falta de capacidade.
O assunto será falado com calma aqui, sem estar a implicar nenhum impedimento da sua vinda amanhã, e estou certo que virá bem disposto, embora lá dentro continue a questionar o porquê do insucesso.
É a melhor altura para vir aqui, pois estará duas semanas desligado daquele pesadelo e precisa do afago que não lhe vou regatear, é claro.
Amanhã terá uma manhã bem agitada pois terá que apanhar o autocarro para o aeroporto às 5 da madrugada, para fazer o check-in para o voo até Roma, onde terá duas horas para mudar de terminal e apanhar o voo para Lisboa, onde o esperarei com um sorriso pelas 13 horas!!!
Ontem, mostrou-me dois vídeos de uma banda nova "S.A.R.S.", que está a fazer sucesso na Sérvia e de que gosto muito realmente.
A servir de boas vindas aqui deixo os dois vídeos (não só a música é boa, os vídeos também).
Welkome home, my love!

terça-feira, 23 de março de 2010

No dia de hoje

Faz hoje anos que a minha Mãe teve uma imensa alegria, pois lá pelas seis e meia da manhã, num parto normal teve o seu primeiro filho do sexo masculino, o segundo dos seus cinco filhos, hoje apenas quatro e infelizmente o mais velho.

Como o Déjan não está presente, pois só chegará na sexta feira, não posso considerar que seja um dia feliz; é apenas mais um dia.

E até a prenda mais ansiada, o êxito no seu exame, também teve que ser adiada, pois só depois de amanhã saberá o resultado, embora não lhe tenha corrido mal…mas eu já não digo nada.

Comecei com a minha Mãe e com ela termino este pequeno post: é ela nos seus lúcidos 87 anos que está de parabéns e não eu; é ela que merce ser homenageada pelo dia de hoje que recorda decerto com uma alegria imensa.

Obrigado por me teres dado a Vida, Mãe!

domingo, 21 de março de 2010

Taça da Liga

Como é que estes dois estupores acabam o jogo sem serem expulsos? O Bruno Alves então é perfeitamente maldoso; aquilo não é virilidade, é pura maldade...
Não só envergonham o clube que representam como se forem ao Mundial vão envergonhar Portugal.
Do jogo, nem vale a pena falar, falam os números.

Não resisto a complementar este post com o excelente (como sempre) cartoon de Henrique Monteiro.

Uma cena memorável

Se há filmes que me ficam na memória, um deles é certamente "Filadélfia", magistralmente interpretado por Tom Hanks, e que lhe valeu um merecido Óscar.
E além disso, acontece por vezes que recordamos um filme, não pelo seu todo, mas por uma determinada cena, daquelas que fica para sempre como uma cena lembrada por toda a gente que viu o filme; não é o caso de "Filadélfia", pois todo o filme é excelente, mas nesta película há duas cenas marcantes: uma, quando no hospital, Hanks se despede dos seus entes queridos, nomeadamente o namorado (António Banderas) e principalmente da mãe (a fabulosa Joanne Woodward). A outra, é esta que este vídeo reproduz, embora o mesmo comece um pouco antes; e se escolhi este vídeo, falado em italiano, mas legendado em inglês, foi precisamente para enquadrar a cena melhor no filme, para explicar a presença do advogado (o sempre magnífico Denzel Washington), antes da cena propriamente dita, que é a interpretação que Hanks faz da audição de Maria Callas, na ária " La mamma morta" da ópera "André Chenier".

quinta-feira, 18 de março de 2010

Gramática sexual

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.

Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.

Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.

Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.

Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.

Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisto a porta abriu-se repentinamente.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

Que loucura, meu Deus!

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

Só que, as condições eram estas:

Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.


(Recebido por mail)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uns dias no Norte

Regressei hoje de uns dias passados no Norte, que foram bons, mas não foram óptimos… Isto porque eles estavam programados para serem passados num passeio com 4 pessoas (Duarte, o seu amigo Rich, eu e o Déjan) e como já se sabe o Déjan só chega a 26…

Assim, foi-me, nalguns momentos algo penoso estar sózinho, embora tenha uma presença garantida no Norte com ele na semana santa, em Braga, mais propriamente; o JP foi de uma amabilidade extrema e convidou-nos a passar ali esses dias, pelo que durante os dias iremos percorrer alguns belos locais do Minho, mas sempre regressando para jantar e dormir em Braga, onde teremos oportunidade de assistir às solenidades próprias da época.

Agora parámos primeiro no Porto, que o Rich não conhecia e demos a habitual volta pelos sítios mais emblemáticos da cidade e acabámos no “Adão” na marginal de Gaia, embora não tivesse a companhia dos habituais amig@s do Porto, pois o Déjan não estava presente.

No dia seguinte a visita foi a Guimarães que está cada vez mais interessante e a zona histórica é linda de verdade; lá almoçámos e depois tivemos um memorável jantar em casa de um amigo de há muitos anos do Duarte, divertido e super informal; o Carlos e a Cristina foram impecáveis, e muito agradável a presença dos filhos, genro, irmã e cunhado – conversou-se, comeu-se (bem), bebeu-se (melhor) e brincou-se muito.

No dia seguinte fomos até Braga, onde se nos juntou o sobrinho do Duarte - André – e o seu amigo luso-galego António; no agradabilíssimo jantar num restaurante a que quero voltar, tivemos a companhia do JP, charmoso e excelente conversador, como sempre. Vai ser um prazer reencontrá-lo, a ele e ao P, na semana santa.

No domingo visitámos duas jóias minhotas: Viana e Ponte de Lima (aqui com uma festa inesperada) antes de rumarmos a Vigo, única e grande desilusão destes dias: a cidade alegre e bonita que eu conhecia está transformada num mono, com um “casco viejo” quase fantasma e onde o cimento impera; teria sido bem melhor não termos lá ido jantar e dormir (e gastar dinheiro, claro).

E hoje regressámos. Agora as saudade são cada vez maiores e a expectativa sobre a vinda do Déjan, superlativa; foi marcada a data do exame para 23, curiosamente o dia do meu aniversário e que bela prenda o Déjan me poderá dar: a notícia de que acabou o curso!

Ao chegar fui de imediato à Catedral da Luz, comprar bilhetes (dos poucos que restavam) para irmos ver ao vivo a constelação de estrelas do Benfica ganhar ao Braga…o Déjan vai adorar.

terça-feira, 9 de março de 2010

Le Sorelle Marinetti


Acho magnífico este trio vocal ao estilo dos anos 40: claro que as três divas são na realidade três "divos", pelo que podiam bem chamar-se "Il Divo II".
Espero que gostem tanto como eu.

Entretanto vou estar fora 4 dias, a partir de quinta feira e estarei de volta na segunda feira.

sábado, 6 de março de 2010

4º. Jantar de Bloguistas

Pelo quarto ano consecutivo e pela terceira vez com a preciosa colaboração do Paulo e do Zé (Felizes Juntos), este blog vai realizar o habitual jantar de bloguistas.

Com este primeiro post sobre o assunto, queremos, acima de tudo sinalizar a data, a fim de programarem, na medida do possível, a vossa presença. Vai ser nodia 1 de Maio, um sábado e o local será o mesmo do ano passado, o Restaurante Guilho, na Amadora, já que apreciámos muito as condições que nos proporcionaram, quer no binómio qualidade/preço, quer na disponibilidade de utilização exclusiva para nós do restaurante, o qual funcionará, como no ano anterior em regime de bufete, para assim poder haver um maior convívio entre todos os participantes.

Estão óbviamente convidados todos os bloguistas amigos des blog e do Felizes Juntos e não se põe de parte ninguém que queira participar e tenha um blog, salvo os mal intencionados, que há quase sempre…Também quem aqui comenta e no Felizes Juntos está incluído, mesmo que não possua blog. E cada um/a poderá trazer acompanhantes, como é normal.

Irão oportunamente ser dadas mais notícias, podendo de momento adiantar desde já que o preço a pagar, com tudo incluído será de 15 euros.

As inscrições poderão ser feitas tanto aqui como no blog Felizes Juntos, utilizando para isso os mails de cada um dos blogs. Para não acontecer o mesmo que o ano passado em que à última da hora, por vários motivos, faltaram vários inscritos, irá ser pedida uma “caução” de 5 euros por pessoa, no acto da confirmação da inscrição, para evitar o encarecimento do preço na altura do pagamento. A forma do pagamento será também posteriormente comunicada.

Espero que os que já estiveram voltem, e penso que todos terão razão para o fazer e que os muitos para quem a iniciativa é inédita, venham também.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Cá estarei à espera dele

Quando há tempos anunciei, entusiasmado, num post entitulado “Primavera em Berlim”, o meu próximo encontro com o Dèjan, estava muito longe de imaginar quão complicado seria esse reencontro.

Devido a problemas com a disponibilidade do meu amigo berlinense, achámos que o melhor e mais económico seria a vinda do Déjan aqui e acabaria por passar cá o meu aniversário; para ainda ser mais agradável, o meu companheiro de casa, o Duarte combinou o mesmo período para a vinda do seu namorado, Rich, americano e assim passaríamos os quatro umas belas férias com uma ida ao Norte (Porto, Guimarães, Braga , Vigo e Santiago de Compostela). Assim foram comprados os bilhetes, viajando o Déjan, dia 9 de Belgrado para Roma e no dia seguinte para Lisboa, na mesma data de chegada do Rich.

Mas o destino prega-nos partidas inesperadas, e neste caso tudo aconteceu devido ao famigerado exame final que o Déjan tenta fazer há cerca de um ano e que, contra as expectativas foi sendo adiado, tendo sido marcada a prova escrita (de que ele está dispensado) para a passada quarta feira, dia 24; comecei logo a temer que a oral fosse cair em cima da data dos voos e comecei a ficar com uma ansiedade redobrada: a normal por causa da sua vinda e a expectante sobre a sua viabilidade nas datas estabelecidas. O Déjan dizia-me que não haveria problemas, até que no final da semana começou a admitir como provável a não vinda nas datas programadas.

E ontem houve a confirmação: a Universidade avisou que as orais serão efectuadas entre 19 e 24 de Março!!! Sendo assim, a ansiedade, pelo menos da minha parte, cessou e deu lugar depois de uma rápida e natural desilusão (não haveria férias conjuntas com o Duarte e o Rich e o Déjan não passaria o meu aniversário comigo), para algo mais positivo: planear as coisa de novo e com entusiasmo! Acertámos, eu ele, novas datas posteriores às datas das orais, e ainda ontem se alteraram junto das companhias aéreas a mudança das mesmas: no que concerna à Jetway, companhia sérvia de aviação, e que não é low-cost, tudo se resolveu com um pagamento extra de 50 euros para as duas viagens, ida e volta; já no que respeita à Easy Jet (voos entre Roma e Lisboa), e por ser uma companhia low cost além de ter uma penalização de 30 euros em cada viagem , teve que se pagar a alteração do preço, que ainda é significativa – cerca de 150 euros no total; mas tudo está acertado e o Déjan vai chegar aqui a 26 de Março e regressará a 11 de Abril.

Quanto à ida ao Norte, os hotéis estão reservados e o Duarte insiste que eu vá com eles, até porque há um quarto reservado e pago; vou pois, mas não irei fazer jantar algum como estava prometido, pois o Déjan não estará presente; farei uma excepção, em Braga onde irei encontrar-me com o meu amigo Ophiu, até porque há algo a combinar com ele sobre a minha ida ao norte quando o Déjan vier: quase certo que passaremos a Páscoa na cidade dos arcebispos e em muito boa companhia; e daí visitaremos o Minho, que tanta coisa bela tem a ver. E já os planos fervilham: o Déjan vai poder assistir ao vivo a um jogo do Benfica, coisa há muito ansiada por ele, e logo que jogo vai ser: Benfica- Braga!

Enfim, espero que à terceira seja de vez, e para mim, o pior está passado: não consigo conviver com a dúvida; agor, e sem o “fantasma” das datas, o Déjan tem 15 dias para se concentrar no mais importante: passar no seu exame.

Eu cá estarei à espera dele: afinal são só mais 22 dias…

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Silêncio

A “Fábrica de Letras” seleccionou para este mês um tema que me é dificil escrever algo sobre ele.

Não tenho arte nem engenho para ficcionar uma história em que o tema seja esse e chego a invejar quem o faz com tamanha facilidade.

Pensei em, pela primeira vez, não enviar o meu contributo, o que até teria alguma lógica, pois estava a marcar o meu “silêncio”…

Mas, não sou capaz de deixar de dizer algo sobre um assunto que todos, sem excepção, vivemos ao nosso modo. Costuma dizer-se que o silêncio é de oiro, e quem sou eu para contrariar tal afirmação?. Apesar disso, convivo mal com os “silêncios”; incomoda-me de uma forma violenta. Quando surge um qualquer problema, silenciá-lo dentro de mim, e não descanso enquanto não falo no assunto, pois de outra forma sufoco. Talvez por isso não consigo compreender a palavra ódio, pois o que me fere, tem que sair, antes de se transformar numa hidra que me envolva num turbilhão de pensamentos e conjecturas nefastas. Compreendo quem assim não procede e se cale, guarde o seu silêncio e se sinta bem assim, mas não consigo fazê-lo.

Claro que por vezes necessito do meu silêncio, mas isso é diferente; é a catarse que todos necessitamos fazer de tempos em tempos e que só o silêncio permite.

E há silêncios belíssimos, quando apenas se ouve o som do mar ou o som do vento, até mesmo o som da chuva…Dos silêncios mais impressionantes que já me foi dado observar foi, sem dúvida, o som da selva, principalmente de noite, quando em operações no mato, o silêncio era imperativo: era magnifica, aquela mistura de sons de muitas espécies de animais, com o cheiro da savana e o barulho do nosso cérebro a funcionar juntamente. Foi nesses silêncios africanos que tomei decisões importantes da minha vida, principalmente aquela de me aceitar totalmente como sou…

E há o silêncio da morte; apenas posso conjurar, mas penso que na hora da morte nos envolverá um imenso silêncio, mesmo antes do silêncio definitivo.


(Escrito para a "Fábrica de Letras")