sábado, 17 de outubro de 2009

"Mulligans"

De entre os últimos filmes de temática LGBT que tenho visto, venho hoje falar do filme datado do ano passado “MULLIGANS”, realizado por Chip Hale, e com argumento de Charlie David, que interpreta também o principal papel.

Trata-se não de um filme de amor, nem sequer de paixão, mas da constatação de que há pessoas que têm “problemas” consigo próprias e que guardam dentro de si, dando a ideia do que realmente não são.

Uma família canadiana vive uma vida feliz e sem problemas e tudo começa quando o filho mais velho traz consigo um colega da universidade para passar o período de férias na sua bela casa, à beira de um lago.

Esse amigo, Chase é interpretado por Charlie David, conhecido actor assumidamente gay (Dante’s Cove - A Four Letter Word), que escreveu o argumento; e está em Charlie David o único erro do filme, pois tem demasiada idade para interpretar o papel de um jovem ainda não licenciado e que acaba por despoletar uma homossexualidade sempre reprimida em Nathan, o dono da casa e feliz marido e pai daquela família; Nathan tem a defender o seu papel um actor muito bom (em todos os sentidos) e que é Dan Payne. Ele e Thea Gill, que interpreta a sua mulher são quem mais se distingue na representação.

Não há um “happy end” nem para um lado nem para o outro e as pessoas, depois dos acontecimentos vividos, seguem os seus destinos, pois como se diz no trailer, por vezes não há segundas chances.

Não sendo um filme excelente, é muito interessante pois fala num assunto importante, e de uma forma nada especulativa ou carregada de dramatismo: a importância da homossexualidade na vivência familiar.

Será um exemplo para muitos casais que vivem uma vida “feliz”, mas de mentira.

24 comentários:

  1. Há filmes que nos fazem pensar, embora para muitos não vá muito além de uma simples ficção.

    Ultimamente, estou mais para filmes de comédia! Embora não dispense outros mais.

    Beijitos!

    ResponderEliminar
  2. Gigi
    este de comédia, nada tem, mas também não é um drama de "faca e alguidar"; é um filme adulto em que pessoas adultas são postas em confronto com as suas realidades e as encaram de uma forma civilizada e correcta; apenas isso.
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  3. Oi Pinguim, como sempre, é no teu blog que encontro a fonte de boas informações sobre filmes com essas temáticas. Eu não conhecia esse filme mas conheço, pelo menos, três famílias felizes que vivem essa vida de mentira. E inclusive bem perto, de parentes próximos. Enfim, as pessoas preferem as fachadas a se arriscarem. E a vida é tão provisória, né? Abraço!

    ResponderEliminar
  4. Redneck
    quem não conhece? E se fores a sítios de "encontros" gay na Internet, isso é o que mais há.
    Eu, na minha vida feita de experiência já tive pequenas relações com homens assim, e digo-te que não quero mais; por um lado, não são nunca relações a 100% e por outro, prezo demais a instituição familiar para dar azo a situações como essa.
    E basta ir a uma qualquer área de serviço de auto estrada para encontrares homens casados e com uma sexualidade mal resolvida, em busca de um prazer efémero com um homossexual anónimo, antes de regressar ao convívio e à cama familiar...
    Abração.

    ResponderEliminar
  5. Já tinha postado sobre esse filme. Gostei bastante mas gostei ainda mais da banda sonora. O filme arranjei. Já a banda sonora... tá difícil :s
    Abraço

    ResponderEliminar
  6. Luís
    eu na altura, ainda não tinha visto o filme. Estive a rever o teu texto e comentários e desde já informo que saquei o filme com a "mula" e sem grande dificuldade.
    Quanto à música, que é boa, não tenho informação que permita obter a mesma autonomamente.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  7. Já vi o filme há uns meses. É uma temática interessante e louvo a maneira como o tema é abordado sem qualquer tipo de dramatismos, com a maior das normalidades.

    Devo, no entanto, afirmar que o filme em si está a meu ver muito mal montado. A OST é muito boa mas péssima escolha para algumas cenas em específico.
    O trabalho dos actores principais está credível. Já no que toca aos actores secundários (a mulher, o filho e outros personagens pequenos), parece-me muitas vezes que estão a ler um texto do que propriamente a encarnar uma personagem.

    Mas lá está, indo de encontro ao que pensas, o filme vale pela sua temática e a abordagem "soft" deste para contrapor um pouco o excessivo dramatismo que, infelizmente, o ronda.

    Abraços!

    ResponderEliminar
  8. Olá Mário
    ainda bem que concordas comigo no mais importante, que é a abordagem feita sem rodeios e não lamechas, de uma situação muito mais comum do que se pensa.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  9. Já vi o filme e gostei bastante.
    Abraço

    ResponderEliminar
  10. Tong
    é uma realidade bastante comum, tratada de uma forma correcta.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  11. Esse trailer compensou bem, os primeiros 85s parecem um anúncio do Pontiac Solstice! lol

    Mas parece-me interessante o filme, jºa tinha ouvido o título algures mas não sabia do que se travatava! Tenho que downl ... comprar!! lol

    Abraço

    ResponderEliminar
  12. Cada vez há mais casos assim.
    Enganam-se a eles e aos outros...
    bjos.

    ResponderEliminar
  13. Pois Félix
    acho bem que o "compres", pois vale bem a pena, e não "é caro"...
    Abração.

    ResponderEliminar
  14. Violeta
    tu não imaginas a quantidade de casos que há, semelhantes a este; muitos mais do que possas pensar...
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  15. Haverão ainda mais... as pessoas fecham-se cada vez mais em copas...
    beijinhos

    ResponderEliminar
  16. Martinha
    isso conduz à felicidade?
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  17. Há tanta gente a viver um faz-de-conta, a fingir que a vida é outra coisa...
    bjs

    ResponderEliminar
  18. Violeta
    mas nesta situação específica de pessoas que se conhecendo a si próprios como homo ou bissexuais, e mesmo assim, casam, para tapar aos olhos da sociedade as suas reais orientações sexuais, só começaram a ser verdadeiramente detectadas com o aparecimento da net, pois assim, e sob um anonimato, podem manter um relacionamento virtual, que a muitos já satisfaz, ou encetar mesmo ocasionais encontros sem nunca denunciarem a sua condição de casados; nestes casos, são duplamente "mentirosos".
    Poderia contar-te dois ou três casos que aconteceram comigo, que ficavas incrédula até que ponto se pode ir neste campo.
    Por isso, a seriedade e o encarar as situações sem concessões demasiado dramáticas, que encontramos neste filme, constitui o seu grande trunfo, na minha opinião.
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  19. Deve ser interessante. Mas irrita-me quando os actores são todos tão giros. Irrita-me sobretudo porque não entrei no filme para contracenar com eles.
    A Thea era uma das actrizes do "Queer as Folk" US. É bom ver que ainda "anda por ai".
    Abraço

    ResponderEliminar
  20. Olá X
    sobre esse aspecto, das interpretações, tens razão, a Thea esteve no "Queer as Folk" USA, e não só, também entrou no "Dante's Cove" e no "Ice Men", todos de temática LGBT.
    Mas, a beleza dos dois mais jovens actores, é de todo suplantada pelo actor que faz de Nathan, um quase quarentão Dan Payne, que me deu a volta toda - um pedaço de homem; daqueles a quem eu chamo "utópicos", pois tu pensas que todos "podem ser", menos aquele...mas era!!!!
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar
  21. Sim, o assunto toca-me de muito perto! E sei, por experiência própria, que nada é ideal.
    As pessoas são vulgares, as situações são vulgares só os desfechos são tudo menos vulgares!
    Só nas histórias de faz de conta, e mal contadas, as pessoas são todos bonitinhas, as situações todas se passam em cenários muito bonitinhos, no entanto a realidade é diferente!
    Mas que bom que trouxeste o tema à baila, dá para desmontar as pessoas.
    Abraço e espero que o tempo te passe leve, levemente ... que corra! :)

    ResponderEliminar
  22. Manel
    foste ao cerne da questão; neste filme o que é diferente é o desfecho...não se mantêm as fachadas, nem se arranja uma solução de compromisso, e chamam-se os bois pelos cornos, como é costume dizer-se.
    Aqui reside o interesse do filme.
    O tempo, passa, mas não há maneira de correr...
    Abraço grande.

    ResponderEliminar
  23. que nervos, já tentei arranjar este filme mas sai-me sempre o tiro pela culatra. ou não tem som, ou tem ficheiro corrompidos, etc. da última vez correu tudo muito bem, mas quando finalmente tentei ver o filme, era outro completamente diferente, um filme oriental.
    abraço

    ResponderEliminar
  24. Olá Miguel
    tenta aqui
    http://filmestemag.blogspot.com/2009/06/jun09_21.html
    Se tiveres algum problema, liga-me.
    Abraço amigo.

    ResponderEliminar

Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!