sexta-feira, 4 de julho de 2008

"An Unusual Affair"


Jochen é um trintão, professor numa pequena cidade bávara, casado com Ina, professora na mesma escola, tem dois filhos e é feliz. A sua vida sofre no entanto uma súbita e enorme alteração, com a chegada a escola de um novo professor, Tom, jovem, atraente e que não tem problemas em assumir a sua homossexualidade; de início, Jochen sente-se confuso, mas pouco tempo depois é atraído por Tom, principalmente depois de uma concretização sexual durante uma excursão escolar e inicia aí um relacionamento afectivo com o colega. Ina não tem conhecimento de que no passado Jochen teve uma breve experiência homossexual, que se efectivou durante uns meses e que lhe deixou “marcas”, mas nota algumas modificações no comportamento do marido, nomeadamente a nível sexual. Jochen acaba por a pôr ao corrente da situação, e de repente encontra-se numa situação de escolha entre a sua vida familiar e o seu amor por Tom; e quando um aluno os observa beijando-se, é forçado a tomar opções…
É notável um diálogo, quase no final, quando Ina argumenta a favor da manutenção do casamento com a frase “só tenho uma vida” e Jochen lhe responde com a mesma frase.

No original, “Eine aussergewohnliche affare”, é uma série que foi transmitida por um canal germânico, em 2002, e cujo realizador é Maris Pffeiffer, e tem fabulosas interpretações de Hans-Werner Meyer (Jochen) e de Tatjana Blacher ( Ina).
Quem estiver interessado, há uma versão legendada em espanhol no LimeWire (Una relación poco cómun) e no no “You Tube” encontra-se o filme completo, dividido em 9 vídeos numa versão original e sem legendas, e sob o título original, em cima designado.

Apenas uma palavra para dedicar com muita compreensão e carinho este post a dois amigos muito especiais, que não necessitarei de nomear, e faço-o, não com a ideia de lhes sugerir soluções idênticas, totalmente longe disso, mas porque sentirão decerto, mais que ninguém, este drama.

40 comentários:

  1. Eu não lhe chamaria drama.
    São coisas que acontecem todos os dias entre pessoas de sexos diferentes ou não...

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  2. beeeemmmm... aos anos que já não ouvia esta música (obrigada por isso).

    E sinceramente, muito sinceramente (e não querendo ferir susceptibilidades de ninguém - peço já desculpa se isso acontecer) não sei como iria reagir se tivesse na pele da Ian. Apesar de ser muito mente aberta não sei até onde o coração me levaria.. hmmmmm..

    (digamos que este é um assunto que dá pano para mangas)

    ;)

    Beijinhos

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  3. Bom fim de semana. Estou muito atarefada...
    bjs

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  4. Tenho de ver isto, João!
    Os dilemas, tenham eles a carga que tenham, revolucionam uma vida. E há que ser muito cuidadoso quando as encruzilhadas envolvem o próximo. Só temos uma vida, é certo, tal como só temos um coração. E uma razão. A escolha passa também muito por aí...

    Um bom fim-de-semana, menino! :)

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  5. não conheço mas fiquei interessado.
    Vou investigar.
    Um abraço.

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  6. parece-me muito interessante. estes dramas acontecem até com mais frequência do que se imagina e só quem está nestes sabe o que poderá doer, custar... de facto, só temos uma vida. mas é tão complicado. conheço casos assim, daqueles que não têm blogues nem comentam. já lembrei essa frase e a de que a felicidade é o resultado dos nossos actos. mas é tão complicado. lá está, cadê as soluções milagrosas?

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  7. Caro Tong
    não estou de acordo contigo; depois de veres o filme concordarás que é um drama, como dramáticas serão certas situações; que terão solução? claro que sim, e deixarão de ser dramas!
    Abração.

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  8. Querida Marta
    não estarei muito dentro do assunto, como deves calcular, para estar a aquilatar se irias aceitar bem ou mal; a personalidade feminina é muito diferente da masculina e como se costuma dizer: "leoa ferida..."
    Mas, cada caso é um caso, e o Amor por vezes faz surpresas, mesmo nestes casos; no entanto, só depois de veres o filme poderás julgar melhor a reacção de Ina...
    Beijinhos.

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  9. Bom fim de semana também para ti, cara Jasmim; mas não deixes de ver este filme...
    Beijinhos.

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  10. Caro João Manuel
    é mesmo imperdível, acredita; o que mais valorizo neste filme é acima de tudo, a total ausência de hipocrisia de todos os personagens; como tudo, apesar de dificil, se tornaria menos dramático, pegando no comentário do Tong, se as pessoas procedessem assim...
    Abração.

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  11. Caro Paulo
    fazes tu muito bem e vais dar por bem empregue o teu tempo.
    Abraço.

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  12. Paulinho
    é realmente muito complicado, mas só para a morte não há solução; tens razão quando dizes que há muitos casos assim; muitos? muitos mais do que tu e eu conhecemos e que nunca, mesmo nunca são assumidos, nem pelo próprio. O facto do próprio assumir a sua homossexualidade, para si mesmo, já é um passo...
    Abraço.

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  13. Sem dúvida que a vida é feita de cruzamentos que exigem uma decisão. Creio que qualquer caminho que se escolha terá o seu custo.
    Obrigado pela partilha.
    Abraço

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  14. Caro Sócrates
    claro que há sempre um custo; temos é que ponderar muito bem, para que o custo seja o menor possível.
    Abraço muito amigo.

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  15. Nunca tinha ouvido falar dessa série ou filme mas depois do que li fiquei com imensa curiosidade de o ver. Já vou fazer o download para quando tiver tempo eu acompanhar este filme.
    Um grande abraço e desejo-te também um óptimo fim de semana.
    Fica bem!!

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  16. Acho que tu, Ermelindo, que estás muito longe das situações focadas neste filme, e ainda bem, poderás colher da frontalidade como as questões aqui são postas, ensinamentos preciosos; é imperioso que o vejas, por favor.
    Abraço.

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  17. mmmm deve ser um filme interessante, mas afinal, todos os dias começam e acabam relações, todos os dias há divorcios e casamentos, não é o fim do mundo, acontece, só temos uma obrigação neste mundo, seremos feliz!

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  18. História tão real e intensa!
    Engraçado como os nossos posts quase se cruzaram. Afinal, uma amiga vive uma história quase semelhante!
    Momentos delicados nos quais apenas sabemos como reagir vivendo-os. Ela, por exemplo, não odeia o marido, que tem vindo a manter uma conduta promiscua, pois é o pai das suas filhas. A intensidade das personalidades.
    Grande post!

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  19. Caro Swear
    o que está aqui em causa é algo mais do que um divórcio ou separação, que todos sabemos são muitos; mas sim, do confito interior de um homem perante uma realidade ausente/ presente - a sua homossexualidade fechada a 7 chaves e as consequências da sua tomada de consciência; tu, como eu e grande parte dos homssexuais tiveram ou têm problemas de assumir as suas características sexuais; mas aqui há uma vida familiar e feliz - já não será tão comum assim; ou antes, em muitos casos será, mas sem a coragem de enfrentar "pessoalmente" o problema, e é aí que entra o final do teu comentário, com o qual concordo: devemos é ser felizes! Mas, e a que preço?
    Abraço.

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  20. Caro Paulo
    por ter visto que havia coincidências na história, te deixei o recado para vires até aqui...parece que valeu a pena.
    Abraço.

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  21. Pronto já tenho um programa para antes de dormir.

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  22. E não dormes enquanto não acabas de ver e não te esqueças, amigo X que ver a dois é sempre melhor.
    Abraços.

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  23. será que encontro para baixar?!?! fiquei interessado.... valeu pela dica...

    Abs:-)

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  24. Espero bem que sim, amigo Binhosampa; tenta no Gay Torrent...com o título e as legendas em espanhol.

    Abraço.

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  25. Muito interessante a história, muito mesmo. Nada do outro mundo. Coisas que acontecem e não vale a pena a andar a fugir. Que cada qual seja feliz como é, o resto pouco interessa. A felicidade não consiste em estar a mostrar aos outros o que não consegue ser, mas em viver a realidade de si mesmo.
    Parabéns.
    Abraço
    Caderno da Alma

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  26. Caro Jorge
    é um prazer esta tua visita aqui ao meu "buraco"; neste post quero acima de tudo e através de um filme linear, mas muito digno, prestar a minha homenagem a todos aqueles, que penso serem muitos, só mais tarde, na sua vida se depararam com a situação de terem que se definir, primeiro perante si próprios e depois, se optarem por essa via de felicidade, perante a família e a sociedade; são passos complicados, que implicam, muitas vezes, soluções drásticas, sob pena de nunca se encontrar essa paz interna, a que chamas e bem, a felicidade.
    Volta sempre que queiras, serás sempre benvindo.
    Abraço.

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  27. Nã conheço a série que referes, irei procurar pois parece um tema interessante.
    Obrigada pelo reparo quanto ao comportamento dos gatos, mas o meu, quando chego a casa, tem comportamento de cão :))
    Abraço amigo

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  28. Amiga Justine
    Fazes muito bem em procurar ver essa série; aliás eu gostava muito de ler, posteriormente os vossos comentários, pois é diferente dizer algo de uma coisa potencialmente interessante, ou dizer algo depois de se ter uma opinião própria, é lógico.
    Beijinhos e bom domingo.

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  29. Não sou homossexual. Não tenho nada contra os homossexuais .As consequências resultantes de uma conduta homossexual assumida é que, quase sempre, são geradoras de dramas e afins.
    Tenho amigos homossexuais que lastimam os dramas que tal orientação provocou nas suas vidas.A sociedade é mesmo "cruel"...!!!
    Cada um é livre quanto à sua orientação sexual. A sexualidade "algemada" é que deve ser o maior drama.

    PS: Gostei de passar por este blogue.
    Abraço
    Paulo

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  30. Caro Paulo sempre
    é-me muito agradável ter recebido este teu comentário.
    Se me conhecesses um pouco, saberias que sempre defendi que os homossexuais, como todo o ser humano, deverão estar plenamente integrados na sociedade e ´não constituir guetos; assim, e embora não sejas único, é sempre bom ouvir vozes de pessoas de diferente orientação sexual, para melhor ponderar os pratos da balança; sê portanto benvino e espero que voltes mais vezes.
    Também já fui dar uma espreitadela ao teu blog e no teu perfil vi duas coisas curiosas, além da defenição que fazes de ti próprio: gostas do mais belo fado de Amália - "Lágrima" e pertences a um grupo ao qual pertence também um amigo ainda recente mas do qual gosto bastante, do que escreve, claro...
    Sobre o assunto do post, é um tema difícil, como são todos os que referem a integração de homossexuais numa sociedade ferozmente homofóbica, mas cada caso é um caso e eu posso considerar-me feliz por essa integração ter sido feita sem sobressaltos.
    Espero que não te importes que te tenha linkado, para poder saber o que vais dizendo, de ti e do mundo, e para quando achar oportuno, deixar uma palavra, também.
    Abraço.

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  31. E tem que ser visto...
    Beijão, querida Isa.

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  32. nçao conhecia a série, obrigado pela dica! vou buscar no youtube!
    abs

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  33. Caro amigo
    obrigado pela tua visita; gostei também do que vi no teu blog, pois é um blog diferente e necessário; por isso o linkei.
    Quanto a esta série, se não conheces, é fundamental ver.
    Abraço.

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  34. Onde é que eu já vi este filme????

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  35. Pois, como te entendo....caro Tedy.
    Abraço reforçado.

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  36. Caro Pinguim, este comentário já chega com algum atraso. É que no outro dia, quando vi o post, fui à procura no youtube e pus-me a ver o filme... Varreu-se-me. Obrigado por teres falado dele aqui.

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  37. Caro Paulo
    vem mais que a tempo, pois o meu intuito era mesmo que o filme fosse visto. Obrigado.
    Abraço.

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