segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Botero e Abu Ghraib









18 comentários:

  1. Não sei bem porquê, mas a estética típica do Botero não me consegue transmitir a violência e a crueldade que aqui é suposto encontrar. As curvas, as linhas suaves, os tons... não jogam com a selvajaria retratada. Ao mesmo tempo, talvez por isso, torna-se interpelante por esse contraste...

    Abraço

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  2. Não deixo de concordar contigo, embora ache que nem Botero nem ninguém conseguirá um dia pintar uma tela que retrate a selvjaria, como tu dizes, caro Maurice.
    Apenas as fotos, pese embora a sua péssima qualidade nos conseguem sugerir a terrível crueldade dos actos praticados.
    Abraço.

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  3. Por mais que se retrate, por mais que se pinte, por mais que se fale, por mais que publiquem artigos sobre esta ignomínia - nada conseguirá apagar a ideia da selvajaria que o mundo dos homens-cão consegue fazer a semelhantes que o não são.

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  4. Caro João Manuel
    o que dizes é inquestionável; mas foi a primeira vez que vi este assunto ser "trabalhado" por um pintor, e ainda por cima um pintor que já pùblicamente reclamou contra todas as tiranias; sucede que Botero, nas suas esculturas e telas dá uma visão das formas humanas pessoalìssima e é nesse contraste que apoio esta post.
    Abraço.

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  5. Vinha aqui todo lançado eis senão qd o Maurice, já disse o que eu ambicionava dizer...!!!
    Como não plagio...parafraseio:)lol

    As curvas do Botero, até me tornam a vistoria dos quadros "Compelling!"...e a selvajaria (pronto roubei uma palavra!)...quase que é relegada para um plano inferior...!!!

    Abraço:)

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  6. Amigo Hydra
    E eu não me plagio a mim próprio (sempre sou um pouco diferente da Margarida R.Pinto...), e portanto não vou repetir o que disse ao Maurice.
    Abraço.

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  7. Estas imagens e a quadra que estamos preste a iniciar, talvez sejam um bom motivo para reflectir sobre o mundo queremos deixar aos nossos filhos.

    Boa semana

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  8. Oportuno comentário, amigo Teddy.
    Abraço.

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  9. Gosto muito do Botero e, por acaso, já conhecia estas obras. A violência está lá até porque conhecemos o referencial, mas estou com o Maurice: a violência parece desvanecer-se e nada pode, de facto, transmitir o sofrimento dos torturados, se calhar nem as fotos, Pinguim.
    Um abraço

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  10. Concordo com o que foi dito acima: o traço de Botero suaviza a crueldade da realidade... mas não deixa de ser curioso ver como essa realidade é expressa por este artista.

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  11. Não há dúvida de que o mundo é, como dizia a canção 'uma paleta de cores' e cada cor seu paladar. É que eu não aprecio as linhas do Botero, nem na pintura nem na escultura, que são iguaizinhas, mas transmitem-me aqui a ideia de violência, talvez exactamente por o traço ser pouco 'pacífico' para o meu olhar.

    Se eu alguma esperei ver, em pleno séc. XXI e depois de todos os ganhos no domínio dos direitos humanos, alguma coisa que se assemelhasse! E protagonizado por quem continua a apresentar-se como o farol das liberdades.

    É cínico demais.

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  12. Amigo Paulo
    já tinha dito que concordava com o Maurice; mas as fotos, conseguem transmitir a violência, ainda tenho na memória a cara daquela tipa, que diz tudo, da mulher soldado, recordas-te?
    Abraço.

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  13. Caro Will
    eu estou mais a ver o Botero a fazer uma série de telas para uma exposição de "bears" do que sobre as torturas de Abu G., mas torna-se quase surrealista, ver as imagens de muçulmanos assim representados, gordos e redondos; apenas a sua masculinidade está presente, muitas vezes ultrajada por vestuário feminino; é nestes promenores que as telas se tornam interessantes...
    Abraço.

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  14. Tens toda a razão, querida Mar_maria, e é muito curioso que até aqui a única opinião de que se está perante imagens de violência, venha precisamente de alguém que não é grande fã de Botero...
    O "grande" baluarte desse "farol" vai-se apagar em 2008, já não falta muito; resta saber como será a América, na era pós Bush.
    Beijinhos.

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  15. apenas a sua masculinidade está presente, muitas vezes ultrajada por vestuário feminino

    A maior violência é essa, para mim, espetar a faca onde mais dói, os valores enquanto ser humano e enquanto muçulmano. Tirar-lhes a alma, como os nazis faziam aos prisioneiros nos campos de concentração. O resto vinha por acrescento, quando já sentiam que não eram nada.
    Mas os nazis eram nazis, não é?

    bjs

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  16. Tens toda a razão, minha amiga; por vezes não reparames que a ofensa e o ultraje estão em promenores que nos escapam à primeira vista.
    Beijinhos.

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  17. É realmente uma visão muito pessoal do Botero, que nos mostra os prisioneiros mulçulmanos como se fossem "bears". Tirando isso a violência está lá.
    Um abraço.

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  18. Caro P.
    já tinha feito essa "conexão" com os bears no meu comentário ao Will; há que respeitar as opções, também artísticas, e compreender a sua forma de interpretar a violência, como, de certa forma, o fez a Mar_maria.
    Abraço.

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