sábado, 15 de setembro de 2007

Ponto final

Do alto do seu púlpito, num habitual estilo de grande eloquência, alguém procurou com algumas habilidades linguísticas, pintar com as cores que achou mais próprias, uma história que não soube conduzir de forma a que se tivesse evitado a situação de ruptura a que se chegou.
Lamento que tivesse utilizado termos a meu respeito, que lhe mereceriam um pouco mais de contenção, mas enfim, cada um é como cada qual.
Se alguém não aceita licões de outras pessoas, eu também não!!! E muito menos, dadas de cima para baixo...
Posso não ser uma enciclopédia ambulante, sou até ciente das minhas muitas limitações, mas não preciso que me as apontem, sei assumi-las. Como assumo a boa educação necessária para não cair na tentação de responder à letra a certas afirmações proferidas.
Sou acusado de pretender, a qualquer custo, ter uma legião de fãs, o que demonstra cabalmente que essa pessoa nunca me conheceu realmente. O que mais me entristece, é que, com exactamente os mesmos argumentos de que sou acusado, se procure descaradamente esse mesmo fim; isso nada me preocuparia, se não fosse por esse facto atingida uma outra pessoa, de quem sou muito amigo, e que estou em risco de perder, pois essa pessoa não soube ou não quis ficar equidistante.
Não, não são lamentos, nem lamechices, são tão sòmente realidades sentidas.
Mais uma vez, e pensava eu que isso não mais aconteceria, não soube escolher um amigo; a perda é pouca, porque os verdadeiros amigos, sei quem são e onde estão.

Nota: como fundo musical a grande diva, Maria Callas, honrando os trinta anos da sua morte.

31 comentários:

  1. Com esta postagem começo a fazer associações. Não me querendo meter acho que é triste haver zangas entre pessoas que eu julgava serem amigas.
    Um abraço.

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  2. Meu caro P.
    Este é um assunto encerrado para mim; apenas me achei no direito de me defender e por isso a razão deste post. Mas como disse no título: Ponto final!
    Abraço para ti e talvez hoje te encontre no S. Jorge, pois hoje vou fazer uma maratona de 4 sessões.

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  3. "Uma ave deve voar, mesmo que o céu esteja cheio de abutres"

    Não sei do que se trata, mas percebe-se que estás magoado. Acontece, a vida nem sempre é fácil e as pessoas não raras vezes mostram facetas que em sede de conflito nunca imaginariamos. Mas força, rapaz...

    Ah, se te acusam de teres fãs, não te preocupes eu sou um deles, porque me deleito neste teu pequeno diário, sempre acompanhado de belas músicas.

    Um abraço...

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  4. Obrigado Luís
    os fãs, acredita-me, passo ao lado; os amigos, esses não e este teu comentário só vem provar o que digo no final do post: sei quem são e onde estão.
    Um forte abraço.

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  5. Foi a primeira ópera a que fui... vibrante (e ainda por cima enriquecida por Maria Callas)!

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  6. Já vi a Carmen, várias vezes, mas nunca tive o privilégio de assistir ao vivo, a nenhuma actuação da Diva.
    Espero que sempre consigas um espaçozito para dares um salto ao festival de cinema, e, claro...fiquei muito satisfeito pelo teu regresso "às lides bloggistas".
    Abraço.

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  7. querido pinguim, é com tristeza que leio este teu post... consigo ver por entre as linhas o sofrimento e desilusão que carregas... acredita quando te digo que entendo aquilo que deves estar a sentir... mas como uma vez me disseste, agora que tiraste isso do peito, estarás um pouco melhor... e no fundo, quem fica a perder é esse amigo e não tu...

    infelizmente a vida tem destas coisas e algumas vezes damos conta de que vivemos enganados durante muito tempo...

    um beijinho grande

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  8. Querida Anita
    e eu é com satisfação que leio estas tuas palavras, pois embora não busque, como me dizem, compaixão das minhas "lamúrias", sabe sempre bem confirmar, como já disse, onde estão os amigos.
    Beijoquitas afectuosas.

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  9. Ora... e por falar em amigos... aqui está mais um para te deixar um comentário.

    Faço das palavras do teu comentador Luis Galego as minhas... Legião de fãns!? Então eu faço parte dessa legião ;) Mas atenção, não é a qualquer custo €€€

    Não me custou nada ficar um fã e visitante assíduo, bastou visitar o teu espaço uma vez :D

    Por fim, o teu ponto final está feito. É tempo de mudar de linha, de mudar de assunto, arrumando definitivamente o parágrafo anterior.

    Novos posts a caminho, certo?
    ;)

    Grande abraço

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  10. Bem que gostava de ter podido assistir a todas as sessões de hoje. Dei só uma escapadinha depois do trabalho para ver o "Comme des Vouleurs" e acabo de chegar.
    Um abraço

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  11. Li o teu texto com a devida atenção,noto que estás magoado com algo...continua a ser tu mesmo,e não te preocupes com o que dizem porque os cães ladram e a caravana passa.
    Sempre com mais força sem olhar para trás,é com estas "pequeninas" pancadas que aprendemos a sutportar as maires...
    E decerto que serei mais uma fã no teu blog,pois a tua sensibilidade não fiquei indiferente.
    bom fim de semana
    bjs Zita

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  12. Meu caro João
    nem era preciso falares em duas coisas para eu saber; que eras amigo, pois claro, e que é mesmo assunto encerrado.
    Um bom fim de semana e um forte abraço.

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  13. Olá Paulo
    eu cheguei agora; foi uma maratona, vê tu, quatro sessões, que afinal foram 3, pois o filme de uma delas deu o berro e não o passaram. assim só vi curtas, mas algumas bastante boas.
    Sabes que foi curioso tentar adivinhar quem eras tu, pois pensei que estivesses lá, mas como não te conheço...foi um jogo interessante.
    Amanhã só vou ver o "Keillers Park", ás 19 e a Retrospectiva da cinematografia gay portuguesa dos anos 70, que pode ser uma boa surpresa, às 21,30.
    Se estiveres por lá e vires Zadar numa tee-shirt, não há que enganar, eheheh.
    Abraço.

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  14. Olá Zita
    obrigado pela tua visita e pelas tuas amáveis palavras.
    Dei um salto ao teu blog, que me pareceu interessante, por isso linkei-te...
    Vou ler com mais atenção e lá direi algo, quando isso se proporcionar.
    Volta sempre que queiras.
    Beijinho e bom fim de semana.

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  15. Meu querido amigo,

    lamento que tenhas que escrever estas palavras, sentir este pesar...e da minha parte, mais uma vez, digo que estou aqui, simplesmente aqui para o que precisares.
    Nestes momentos, tento agarrar-me à convicção de que são lições que temos que aprender, que nos conduzem a quem somos, seja lá quem essa pessoa for...mas entendo, e muito bem, que são cicatrizes que se criam e que permanecem, mesmo que desvaneçam com o tempo...que provocam um nó na garganta sempre que lhes tocamos...pelo menos comigo é assim.

    Termino reafirmando as palavras da Anita : quem perdeu foi esse "amigo". Perdeu uma pessoa sensível, carinhosa e com um coração enorme, na vida dele. Eu espero manté-la ;)

    Beijoquitas e um abraço bem apertado

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  16. Querido João

    Não sei o que se passa com a maioria dos demais hoje em dia, muitos deles autoproclamando-se amigos outros resultantes de "erros de cálculo", para acharem que devem e podem dizer o que quer que seja sobre outro, seja esse outro "eu" ou "tu". É impressionante as alarvidades que saiem de bocas que não esperávamos e que nos marcam e ferem. A boa educação entendo-a também a meu ver como: cada pessoa tem o seu espaço e não deve ser invadido. Ora, acho piada é quando somos nós a hipoteticamente a invadir, trata-se de intromissão, quando é o contrario, é preocupação ou diria em tom meio escolástico "repreensão". Quem te acusou não te conhece de certeza absoluta e arriscaria a dizer que é mais uma daquelas pessoas a juntar ao baralho de cartas do Noody. E porquê o Noody? Porque no mundo do noody até os macacos falam, porque no mundo do noody, é tudo feito com regua e esquadro e não há espaço para uma linha curva ou torta. A ignorância de algumas (de)mentes-captas é provada no momento em que ao invés de olharem de dentro para fora, apontarem o dedo tal qual policia sinaleiro. Mesmo desconhecendo "o que está por detrás do espelho", acham-se no pleno exercicio de direitos de opinar e moralizar. Mais ainda: de um momento para o outro e só porque são "amigos" acham que detêm o poder de julgar. Mas quem é que os elegeu como juizes? Há falta deles em tribunal, façam favor...
    Não suporto julgamentos sem conhecimentos de causa e muito menos sem auto-noção de humildade. E citando aqui um texto que já circula há séculos nas livrarias, mas que tomo o partido de adaptar: "quem nunca se olhou ao espelho, que não procure no espelho vizinho o seu reflexo"...

    E com estes meios devaneios já te deixei aqui um testamento. Mas tantas palavras que poderiam ser resumidas numa só frase: gosto muito de ti João e para mim só isso me interessa. Podes contar comigo, espero ser merecedora de tal confiança, talvez nao seja, mas estou aqui.

    um beijinho muito grande e um xi-coração ainda maior

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  17. Infelizmente, minha querida Catwoman, nem toda a gente tem esse conceito da amizade; a frieza das pessoas não consente que se estabeleçam laços, que vão um pouco mais além do que a simples e até agradável troca de comentários; para mim, as palavras que se trocam, e se são revalidadas no dia a dia, dão-me a garantia suficiente para poder chamar amigas a essas pessoas. Mas quando esse contacto vai além do virtual,ou pelo menos dos blogs, e se extrapola em mails, telefonemas, encontros reais e até acolhimento na minha própria casa, se isso não é amizade, o que é, então? E a essa amizade, aí sim, sou exigente e rigoroso, não me compadeço, não é com ideias diferentes e modos diversos de ver as coisas, que esses até são salutares, mas sim com a forma de o fazer, em que a amizade cede lugar até a alguma má fé e a uma total ausência de sentimentos que antes eram apregoados.
    Mas, como digo e repito, tudo acaba, no que a este assunto diz respeito, aqui, neste édito.
    depois é um caso arrumado apenas num cantinho da memória, para precaução de casos semelhantes.
    Um beijinho muito especial pelas tuas palavras.
    Bom domingo.

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  18. Querida Cris
    as tuas palavras, claro que me tocaram fundo, pois são reveladoras dessa amizade de que falo no comentário anterior, E, no entanto, nunca te vi; claro que além dos comentários e dos éditos, já houve alguma troca de mails, mas isso é o normal, num evoluir dum sentimento.
    Aquilo que me fez escrever este édito, de defesa, é, não o que está para trás e deu origem à ruptura, que lamento, claro, mas sim um édito publicado no final da semana, com considerações genéricas, mas tendo todas elas como ponto de partida o meu "mau comportamento", e o qual registaria com desgosto, sim, mas ao qual daria o desprezo de uma não resposta. Agora, o que não me deixa ficar calado é a grosseria de certos termos usados nos comentários escritos nesse mesmo édito, a meu respeito, a pessoas que não me conhecem de lado nenhum; devem ficar com a ideia que eu sou um ditador, um ser esquisito e de baixo nível, e isso, quando envolve esses conceitos, que eu não ousaria nunca usar, mesmo neste caso, aí, repito tenho que defender a minha rectidão, os meus princípios e os meus sentidos. Apenas e só.
    Um beijinho muito querido por tudo o que me tens dado.

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  19. No comentário anterior onde está escrito "os meus sentidos", deveria estar "os meus sentimentos". As minhas desculpas.

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  20. Agora fazem sentido duas coisas em que reparei na minha blogosfera quotidiana.
    Perguntava-me a mim mesmo e... estou esclarecido.
    Tens as tuas razões e quem não se sente...
    Mas, sabes, eu sou daqueles que dá sempre uma segunda oportunidade. Sim, eu sei, há coisas que não se fazem, não se apagam, não se esquecem. Dependendo da situação, em regra, sigo a seguinte máxima: à primeira quem quer cai, à segunda cai quem quer, à terceira cai quem é burro.

    Em todo o caso, cada um sabe de si. E se deixas um vício (a seq. de cigarros inspira-me), a verdade é que ficas mais livre.

    Um abraço. :)

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  21. João,
    permite-me passar por cima do conteúdo do édito e fazer uma referência à foto escolhida.
    Como é possível uma simples imagem/foto transmitir tanto...(?). É no mínimo interessante!

    Uma boa semana.
    Beijinho.

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  22. Estava a ler o teu post e a pensar: mais um!
    A vida é assim mesmo. Desiludimo-nos, paramos um pouco a reflectir (é inevitável) e seguimos o nosso caminho.
    Mas não vale a pena estar a pôr reticências no ponto final.
    Terminaste o post de uma forma magistral ao introduzires a voz da Callas. Foi bom ficar aqui um bocadinho a ouvi-la.
    Um beijinho

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  23. Meu caro João Manuel
    uma das coisas mais importantes deste meu post é o título, complementado pela foto.
    Compreendo bem a tua sugestão e sei-a bem intencionada, mas o que está feito e dito, está mesmo feito e dito.
    Um forte abraço de amizade.

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  24. Carla, minha boa amiga
    fiquei triplamente satisfeito com o teu comentário, primeiro porque há muito não tinha um, e um comentário teu não é um comentário qualquer; depois porque tiveste o bom senso de passar por cima do conteúdo do édito, e finalmente, porque gostaste e percebeste bem a foto; também eu.
    Um beijinho amigo.

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  25. Cara Ana
    tens toda a razão no que dizes: parar, pensar, reflectir e seguir em frente, pois a vida continua.
    Penso muitas vezes, acredita, na bonomia da vida que vais relatando, vivida em harmonia e partilhada por amigos, é muito belo isso e muito salutar; o campo deve ajudar, pois dá-nos essa lucidez que a natureza nos proporciona.
    Eu não ponho quaisquer reticências no ponto final, acredita.
    Quanto a Maria Callas, porque não pedir a sua ajuda, para com a magia da sua voz, me ajudar a desanuviar o ambiente?
    Beijinho.

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  26. Querido João,

    pelo que entendi, alguém fez o obséquio de usar um edito no seu blog para te caluniar, mais, difamar. Antes de mais a cobardia de o fazer desse modo... E depois sem ter a minima noção de postura e respeito ao próximo... Mas como muito bem disseste no que diz respeito aos teus principios e sentimentos a rectidão é premente e salta à vista e fizeste muito bem em defendê-la com todas as garras! Só acho triste que actos de cobardia seja cada vez mais frequentes... Ou os chamados "paninhos quentes"... Quem gosta de viver iludido que o faça, mas que não arraste cobardemente outros para as suas percepções erradas.

    Qualquer coisa sabes que estou aqui! E com tantas palavras aqui por ti editadas, a sensibilidade atravessa-as como o rio atravessa o leito da terra. E disso não dúvido! Até porque basta estar atento para ver/ler/sentir.

    beijinho muito grande

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  27. Querida Cris
    mais uma vez, obrigado pelas tuas palavras.
    Considero o assunto encerrado e logo irei põr um novo édito, sobre outro assunto.
    Beijoquitas.

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  28. Caro João,

    Não sei o que aconteceu... mas intuo... :)
    Não vou, obviamente, meter-me onde não sou chamado.
    Só quero deixar-te um abraço. Dos grandes!

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  29. Caro Maurice
    é mais que suficiente e eu retribuo com muito gosto.

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  30. Ai ai ai joão.... sabes que mais? Gosto de ti e os resto que se foo..... a ramagem arde mas os troncos e raizes ficam!

    abração!

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  31. Obrigado meu bom amigo
    se toda a gente fosse como tu, eu não estaria agora a lamentar opções menos felizes.
    Sei que poderei contar sempre contigo, como tu po des contar comigo, também.
    Abração serrano e muito amigo.

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